Chamas da vingança oculta
nto estranho agitava-se dentro dela naquele lugar, uma sensação de desconforto que parecia repelir sua presença ali. Enquanto absorvia os detalhes, uma das mãos discretamente pression
época em que sua espécie era marginalizada, temida e perseguida. A cada passo, uma tensão se acumulava, mesclada com a determinação de enfrentar o desconhecido e o inquietante ambiente que, para tantos, representava santidade e paz. Enquanto avançava pelas sombras projetadas pelos pilares, Lilith sentia a presença dos espíritos ancestrais, uma conexão com o passado que a impulsionava a continuar, apesar
fugaz percorreu a espinha da jovem, um resquício de incerteza pairando no ar. A bruxa, de semblante sereno e penetrantes olhos, soltou um suspiro, desmentindo, ao menos naquele instante, uma das tantas fábulas tecidas sobre sua presença. Ela começou a seguir os passos da anciã, movendo-se com uma elegância sutil entre os bancos da igreja. Ae a têxtil, evocando memórias da prática de Ada, embora este se destacasse pela sua complexidade em relação aos mais singelos que a mentora empregava. A presença de uma cruz próxima ao altar não escapou à percepção da jovem. Era um elemento estudado minuciosamente por ela. As velas, es
nte suas anotações no caderno de observações. Era um conhecimento de quatro anos, um poder que a acompanhava desde então, embora as limitações desse dom ainda permanecessem envoltas em mistério. Lilith não passava ao largo da consciência de que o epicentro desse poder residia em seu colar, um elemento tão intrínseco à sua ess
a jovem foi impelido violentamente contra a mesa. A aparição súbita e o gesto brusco da figura desconhecida criaram um momento de tensão no ambiente carregado de mistério. A bruxa, surpreendida pela presença inesperada e pela ação incisiva, tentou
emplo incólume, sem ser c
ava de seus lábios, uma adaga fria e ameaçadora pressionava o pescoço da jovem indefesa. Os olhos azuis da moça desviaram-se rapidamente para a figura etérea de sua mentora, cuja presença se manifestava diante dela mais uma vez. Um
ntuá
endes dizer,
de Deus foi o homem criado." A morte pelo olhar de Deus é um dos maiores pecados, se v
za, subitamente se intensificou, tornando-se uma incandescente extensão de sua própria raiva. O homem que ousara enfrentá-la sentiu o braseiro abrasador, queimando-lhe a mão e forçando-o a soltar a arma. Lilith recuou, seu olhar ainda fixo no adversário,
to. Olhos cor de mel, penetrantes, lançavam uma intensidade que desafiava até mesmo a aura de poder que Lilith emanava. Contudo, não foi a estatura ou a presen
e dessas artima
um templo que profeta. - A ruiva falava com um certo s
a muito esper
sou mais que es
acelerada. Seus olhos retornaram aos do homem que se auto proclamava puro, um misterioso enigma aos olhos da jovem. Era como se um imã atraísse seu olhar, sentindo o pingente que pendia de seu pescoço tornar-se mais quente à medida que ela demorava no contato visual com aqueles olhos amendoados. Contudo, o homem parecia devolver o olhar com desdém, um desdém impregnad
s terras sagradas. -Procla
mejava estar presente, pois este
palavras! - O homem, como se em um sermão sobre as chama
as afiadas, padre. Para alguém que se autodeclara servo de D
breve, mas algo o deteve. Seus olhos, antes repletos de ira, desviaram-se para a figura de Jesus posicionada próxima ao altar. O olhar da divindade parecia transcender o tempo e penetrar na alma do sacerdote. Um rosnado de frustração escapou de seus lábios. Ele não poderia cometer tal atrocidade sob o olhar do Filho de Deus. A presença sagrada ali presente, mesmo diante da figura que e
vina recairá sobre vo
omens como o senhor, que se proclamam santos, mas foram
u semblante, embora marcado pelo ferimento causado pela flecha, exibia uma resolução inabalável, um testemunho vivo de sua persistência e resistência. A ruiva conhecia cada história, cada alma que fora julgada por aqueles que proferiam sentenças em nome do div
nuir. Seu olhar desafiador atravessava a postura do homem que, por um momento, parecia incerto sobre como agir diante da coragem manifesta naquela mulher. O sorriso que se formou nos lábios da bruxa era carregado de sarcasmo, u
dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros'", continuou a voz, carregada de convicção. A ress
e nos abismos do inferno. - Um m