A Estrela Que Ele Deixou Sangrando
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o homem que não podia ter: o brilhante e frio cirurgião Dr. Heitor Magalhães. Minha b
com a voz escorrendo triunfo presunçoso, anunciou o noivado
ra uma performance calculada, orquestrada por Kaila. "Eu fiz o que você pediu, Kaila", ele sussu
a distorcida dela de que eu mesma o havia provocado. Ele a escolheu, de novo e de novo, chegando a me deixar sangrando em uma
ômodo. Um descarte conveniente.
deiro com um homem gentil chamado Caio. Mas, assim que encontrei minha paz, um fantasma do passado reapareceu, seus olhos
ítu
s intermináveis. Me chamavam de impiedosa, de diva, de uma força da natureza. Na tela, eu era glamorosa, espirituosa e inquebrável. Fora da tela, eu era tudo isso também. Ou assim eles
estabelecer. Diziam que eu era ambiciosa demais, de espírito livre demais. A verdade? Eu tinha pavor de uma conexão
gência como um fantasma, calmo e preciso. Seus olhos escuros, geralmente frios e analíticos, continham um brilho de algo, um indício de fogos profundos e ocultos. Ele era brilhante, todos sabiam dis
s, até uma ou duas declarações públicas. Ele sempre recusava, educadamente, distantemente. Sua indiferença era um muro, liso e impenetrável. I
a clínica particular mais próxima. Não foi surpresa quando Heitor Magalhães entrou na sala de exames, seu rosto uma máscara de neutra
pegou meu prontuário, os olhos percorrendo-o, sem se demorar em mim. "O
s movimentos eram eficientes, focados. Ele me suturou com uma precisão quase
omem que pode me tocar assim e não receber uma medida protetiva." Deixei meu
a calor, nenhum brilho de diversão. Apenas um olhar plano e inabalável. "Senhorita Cordeiro, este é um pro
Só tentando descontrair, Dr. Magalhães. Não é todo dia que uma atriz
respondeu, cortando o fio com um estalo. "Você tem uma alta tolerância à dor. Já notei
uma centelha de esperança se acendendo
todos os meus pacientes, Senhorita Cordeiro." Suas palavras foram um instrumento contundente, esmagando qu
inha mãe. Dona Lúcia. O nome dela piscou na tela, um lembrestridente, carregada de uma acusação que estava sempre logo abaixo da superfície. "S
do meu nariz. "Mãe, eu estou...
mais como a Kaila? Calma, sensata, focada em algo real, não nessa sua farsa vulgar de
contas, lembra? Ao contrário da Kaila, eu realmente tenho que tra
a. Sempre foi. Depois do seu avô... depois de tudo, ela precisava de estabilidade. Todos
enta a garota sensível por baixo. Quando ele morreu, tudo mudou. Minha mãe, linda mas frágil, desmoronou. Ela se cas
rnou-se a sombra devotada de Kaila. Cada capricho de Kaila era satisfeito, cada suposta ofensa contra ela era recebida c
ha. Fui arrastada para o escritório, meu padrasto levantando a mão. Minha mãe ficou parada, em silêncio, seus olhos cheios não de preocupação por mim, mas de uma estranha e vazia indiferen
e vocês mesmo." Os anos que se seguiram foram brutais. Servindo mesas, lutando por testes, dormindo no sofá de amigo
u dizia a
beça. Ele tinha sido gentil, seus dedos afastando meu cabelo da testa. "Cuidado, Senhorita Cordeiro", ele murmurou, sua voz mais suave do que eu já tinha ouvido. "Você é valiosa demais para ser tão descuidada." Ele depois
ê está sequer ouvindo? Isso é importante! Heitor Magalhães, o Dr. Magalhães, ele está
Heitor Magalhães. Noivo. Da Kaila. A agu