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Eles roubaram tudo: Agora eu tomo

Eles roubaram tudo: Agora eu tomo

Autor: Gavin
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Capítulo 1 

Palavras: 2306    |    Lançado em: Hoje às 10:36

rdo, era meu salvador devoto. Depois do acidente que roubou minhas pernas,

homem que me aleijou. Minhas vitaminas de "recuperação" não eram para me

Enquanto eu sangrava no chão de mármore frio, senti um

hou para m

ca, Helena. Fiq

e deixando

anto eu, lenta e milagrosamente, aprendia a andar de

meu filho e minha confiança.

ítu

núteis, lembranças de um acidente do qual eu mal me recordava, um borrão de pneus cantando e dor lancinante. Ricardo, meu marido, tinha sido minha rocha, meu cuidador devoto, ou assim eu acredit

uma graça estranha, quase perturbadora, seu sorriso um pouco largo demais, seus olhos um pouco brilhantes demais. Havia algo nela, um brilho em seu olhar,

o enquanto Jade navegava sem esforço pela casa, me trazendo chá, organizando a

xpressar meu

Não consigo explicar, mas

mão gentil na minha test

ostos novos, meu amor. Ficar presa

ificavam a suspeita que roía minhas entranhas. E

imagem borrada lutando para ganhar foco. Uma tarde, enquanto ela estava ocupada no escritório de Ricardo, consegui manobrar minha cadeira perto o suficiente para espiar seu notebook aberto. Uma foto piscou para mim no papel de parede: uma jovem Jade sorridente, de braços dados com um homem. Minha respiração engasgou. Foi apenas um re

is uma suspeita vaga. Era uma verdade concreta e aterrorizante. Meu corpo, já uma prisão, agora parecia estar me traindo ativamente, tremendo com uma mistu

imeiro pensamento foi confrontá-los, expor a mentira que havia apodrecido por tanto tempo. Afastei-me do notebook, as rodas da minha cadeira raspando suavemente no chão polido,

um esforço monumental, cada centímetro para frente uma batalha contra meu próprio corpo falho. Assim que cheguei à po

o estava carregada de uma ansiedade frenética que eu nunca o ouv

oz escorrendo falsa preocupação. - Acabou de t

a que eu bebesse todas as noites para "recuperação

eiro de negócios de longa data de Ricardo, que costumava passar por aqui. - Manter a Helena sedada... É um jo

osnado baixo e perigoso. - Eu cobri todas as pistas. E o Horáci

inha mente, um toque de fi

parecendo genuinamente perturbado. - Por que passar

um senso arrepiante de possessivid

nidade. Horácio aleijou a Helena, sim, mas isso significava que a Jade precisava de mim. Ela estava tão perdida, tão vulnerável

lavras ricocheteavam no meu crânio, um tango macabro de traição. Minha memória voltou ao seu toque terno, suas promessas sussu

sua voz mal um sussurro. - Você tem dado se

tom. - Sempre perguntando sobre o acidente, sempre tentando recuperar a mobilidade. Tornou-se um incôm

os. A névoa em meu cérebro, o cansaço constante, o ritmo lento e agonizante da minha "recuperação" - tudo se encaixou

u o Sr. Medeiros, sua voz cheia de nojo.

corpo frágil. A Jade, por outro lado, sabe apreciar de verdade o que eu faço. Ela entende o sacrifício. - Ele fe

mo meu salvador, me via como nada mais que um inconveniente, um fardo. Todos aqueles anos, todas aquelas palavras de amor sussurradas, os beijos gent

deira raspou no chão novamente, e as vozes

unfante brincando em seus lábios. Seus olhos, aqueles olhos perturbadoramente brilhantes, en

seu olhar percorrendo minha cadeira de rodas, um escárnio to

desrespeitoso, entregue com tanto

máscara de falsa preocupação, substituindo

endo aqui fora? Você sabe que

gesto possessivo destinado aos meus olhos. Jade se inclinou para ele,

os apoios de braço da minha cadeira, meus nós dos dedos brancos, uma tentativa desesperad

é? Presa na cadeira dela, nos vendo viver. - Ela soltou uma risada pequena e zombeteira. - Deve ser difícil, saber que você é apenas um fardo, enquanto alguns de nós rea

disso, se deleitando com minha dor. Sem outra palavra, ela se virou, puxando Ricardo gentilmente para seu esc

ardo, o olhar zombeteiro de Jade, a imagem do rosto de Horácio Tavares. A mansão, antes meu santuário, era agora um túmulo de m

vem, vibrante e cheia de vida, ao lado de um Ricardo sorridente no dia do casamento. Um eco doloroso de uma vida que nunca foi real. Ele nunca me amou. Ele

sgou. Ele me drogou. Ele sabotou minha recuperação. Ele planejou isso, meticulosamente, cruelmente. Sua ambição, seu cálculo frio, sup

uiu. Não havia mais dor, apenas um vazio arrepiante. Eu tinha sido tola. Eu tinha sido fraca. Mas não mais. A Helen

im e minha família. Meus dedos se atrapalharam com o fecho, meu coração batendo com um ritmo novo e

ado em segredo. Meus dedos, enferrujados pelo desuso, discaram um número que eu não

eu irmão mais velho, Artur,

ria e desprovida da vulnerabilidade

so de você. Preciso da

ão sua voz, af

eito. Do que

paredes da mansão, cada uma agora um símbolo da minh

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