UMA DOCE VINGANÇA
disso passavam se arrastando, justamente para me torturar a cada nova semana que iniciava. Depois de comprar e pagar pelos poucos materiai
u queria que as horas voassem. Eu tinha esperado muito tempo para a próxima madruga
ra me preparar para essa madrugada. Encarei o parabrisa, ao longe era possível ver os últimos raios de sol iluminando as nuvens e sumindo vagarosamente no horiz
isso olhando para o céu. Como se ela pudesse me escutar, eu precisava acabar com isso, tinha a sensação de que a história
undo e girei a chave na ignição, não tinha mais como adiar o sofrimento de voltar para o vazio daquela casa. Das poucas coisas que eu ainda gostava de fazer, dirigir era
inal mudar para verde quando uma mão feminina acenou para os carros pedindo calma. Uma mulher atravessou com a filha e o marido, ambos vestiam roupas casuais de passeio e carregavam cestas d
coração pareceu bombear fogo nas minhas veias. Eu precisava encontrá-lo, encontrar alguém que ele ama
ele era eu, era como se me viesse com minha mulher e minha filha atravessando a rua, rindo normalmente, vivendo normalmente, sendo feliz... Essa versão de mim morreu
da da Lagoa Rodrigo de Freitas em vários cômodos e uma parede de vidro temperado na sala de estar. A
sozi
astanho-avermelhado e segui para a cozinha a fim de deixar as sacolas de compras na bancada. Eu só as guardaria no dia seguinte, um sorri
rona na sala. Havia uma almofada despedaçada em cima de
a deixado sozinha era completamente minha. Pensei que conseguiria me sentar quando terminei de li
m lado para o outro. Holly era um nome horrível, mas havia s
esteve aqui, alisando esses pêlos enquanto sua gargalhada angelical e infantil enchia a casa. Peguei um porta retrato e me arrastei para o quarto
com sorte eu teria o corpo de Ivan para dar um fim merecido ou quem sabe o de alguém que ele amasse para fazer com que ele entendesse um pouco do que vivi. Erg
éu. Seu cabelo descia em fios castanho dourado pelos ombros. Ela era espe
do o colchão nas laterais da minha cabeça. Queria me desculp
sido real. Que ela tinha realmente gritado por mim e que não fiz nada para impedir que ela não sofresse, pensar em Lisa tentando protegê-la enquanto também er
i ao quarto, ignorei tanto quanto pude mas minha mãe era
e nada quan
coisa? – Empurrei as
ha almoçado com ela e meu pai no intervalo do trabalho, a
Be
undo, de tudo. No tempo em que não estivesse depressivo estava pensando em formas de me vingar, fazer justiça. - Fez
. – Abaixei
nda deve
ho amanhã. – T
ir de ressaca ou com sono. – Eu suspirei, sentindo que havia muito mais do que a distância nos s
última quarta f
ase sete dias e foram vocês que me aco
garantir ainda, ma
é mais, meu fi
quase duas da manhã quando vesti o casaco e a calça, todos os acessórios na cor preta, luvas, máscaras e tudo que
nos, hoje começaria a infringir um pouco do infe
sar por ruas estreitas em um certo ponto, já que o local não era em uma rua p
as não havia sido rápido o bastante. Um baque surdo soou no para-choque do carro e alguma cois
foi abaixar imediatamente para verificar sua respiração. Lenta, mas ainda estava ali, ela usava
al tocar na vítima. Com o celular em mãos voltei a me abaixar ao lado da
os cabelos longos e es
r acordou em um rompante, se assustando ao me ver. Ela ergueu o t
rmeza. - Está maluca? Sofreu um acidente, não devia
o em águas paradisíacas dos lugares mais lindos do mundo. Eles me fitaram
mulher apertou o tecido entre os dedos com uma força descomunal. Ta
s antes que algum som saísse a mulher perdeu o