JUSTIÇA
ualquer momento. Os relâmpagos traziam luz a escuridão de um mosteiro ao norte da Turquia, na região de provinciana de Trab
ar os ossos, sentia os primeiros sinais de contração. O bebê estava prestes a nascer, e novamente ela estava sozinha naquele lugar. O
ela. Mariah e Piedade, eram elas que se encarregariam do parto e do destino daquele bebê. Se fosse um menino seria facilmente
abafavam os gritos de dor daquela menina de apenas dezessete anos, que foi e
faminta e aos gritos, que eram contidos pelo som da tempestade. A pequena abocanhando os seios da mãe, e os sugavam
se não fosse mãe, e como não tinha aonde ficar, as regras do mosteiro eram claras, a criança teria de partir imediatamente. Ao se despedir da criança com beijo, envolveu
do mosteiro e dificuldade do parto, fizeram com que ela perdesse muito sangue, a febre,
poderia ser contido tão longe e sem recursos suficientes para salvar a vida daquela menina.
família para ter seu bebê era um ato de resistência, contra dogmas tão arcaicos e ultrapassados. Embora possuísse a cons
uanto a jovem permaneceu algumas semanas internada. Dias depois, quando finalmente acordou, teve de enfrentar sua tri
jovem morreu em vida, o choro foi inevitável, seria seca e estéril pelo
separada abruptamente de seu bebê, embora soubesse o que teria de fazer, nunca, nada e n
o quarto do hospital. O dia estava nublado e uma garoa fina caía na cidade. Era como se o céu e sol estivessem
, o vento frio soprava sobre os seus cabelos, depois de muito tempo sentiu a liberdade tocar e
ento. Havia perdido a família, o primeiro amor, e o seu bebê. E o que mais doía é que ela havia perdid
lhe foram arrancadas. Reconstruir seria impossível, quem a aceitaria como mulher? Quem daria a el
ostas para o seu sofrimento, não se importando com sua inútil vida.