7 CHAVES
ho que todas as suas filhas seguiram, mas a maioria delas não exerceu a profissão no fim das contas, incluindo minha mãe que largou tudo quando se casou com o meu pai.
, trabalhava muito e eu imaginava que isso era necessário, e geralmente ele compensava s
nós, de mim e do meu pai, e se dedicava fielmente a isso. Helena, seu nome, era uma mulher doce e amorosa, creio que
nhas tias que ainda eram solteiras, e minha mãe que havia se casado recentemente com meu pai, acabou permanecendo em Porto Alegre. Minha madrinha, tia Anelise, também ficou, porém ela morava com o marido, Rome
valos e além do mais, era extremamente mimado por toda a família, por ser o filho único da minha tia, após ela ter sofrido três abortos e acreditar que não poderia ter filhos. Ele havia nascido prematuro e frágil, literalmente um sobreviv
rque isso significava que passaríamos o natal na fazenda da tia Anelise, e eu não conseguia entender como alguém em sã consciência poderia gostar de viver naquele lugar, no meio do mato. Ao anoitec
pressão do meu pai que ele odiava quando isso acontecia tanto quanto eu, não posso negar que éramos muito parecidos nesse aspecto, estar
e e viajar, viver a vida sem compromissos maiores, algo admirável vindo de uma mulher naquela época, levando-se em conta que a grande maioria só tinha dois obj
a gritante, talvez por não ser tão mimado quanto o outro primo, ele também gostava de videogames, futebol, e sabia conversar sobre outras coisas que não fossem os malditos cavalos. Isso até que os dois se juntasse
proximidade com animais. Nos raros momentos em que conseguíamos brincar todos juntos, brincávamos de pique-esconde, ou contávamos hi
mo os pais dos meus primos. Aliás, essa diferença eu notava, os pais deles eram carinhosos, tio Romeu, o pai do Cris o chamava de campeão e vibrava sempre que ele mostrava ter aprendido algo novo, principalmente em relação aos cavalos, eles se abraçavam, ele o beijava, e t
ser tão ausente, mas não conseguia entender o que fazia de errado. Se eu era tão ruim assim, por que minha mãe
e diferente do que usamos hoje, mais parecia até nossos telefones sem fio atuais. Ele aparentava estar chateado com algo, estava distraído em sua ligação sozinho num quarto, talvez buscando um loca
o, teremos que suportar... - Ele dizia. Estranhei imediatamente o fato dele chamar a pessoa que estava do outro lado
ir de viagem, e passaremos um tempo juntos, só nós dois! - Nem mesmo a minha inocência de criança foi o suficiente para d
se virou para me olhar com uma cara ass
aí? - Era notável o deses
respirou fundo parecendo aliviado
ado naquele momento, aparentemente não gostou q
eus olhos pesarem, se enchendo de lágrimas. - Com quem o se
. - Não se meta onde não foi chamado e suma da
lágrima escorreu. Nesse momento sua expressão suavizou e acredito qu
tenho algumas coisas para resolver, é só is
eguia pensar em minha mãe, em como isso a machucaria. Virei as costas ignorando suas explicações e pedidos de desculpa, Roberto provavelmente im
de última geração que eu tanto queria, rapidamente me animaria de novo. Mas vi a surpresa em sua face quando ignorei seu presente, sequer abri. Ele rasgou por si só o embrulho para que eu visse o conteúdo, meus primos se juntaram empolgados, exc
quando vinha com suas falsas demonstrações de carinho, após perceber que seus presentes já não me comprariam. Percebi também, que ele mudou a forma de tratar a minha mãe, carinhoso e mais prestativo, hoje entendo que o traste queria evitar que ela acreditasse caso eu abrisse