7 CHAVES
a comer, e ela já até parecia mais animada. Depois nós viajamos para passar as festas de final de ano em Brasília, o que eu achava fa
a, meu pai me ligou na tentativa de dar os parabéns, mas me recusei a perder tempo em atendê-lo. Eu estava feli
ara seguir. Mamãe jamais descontou suas frustrações e problemas em nós, em mim ou na minha irmãzinha que crescia dentro dela, eu estava ansi
uma boa pessoa, sempre me tratou com muito carinho e praticamente todo final de semana nós almoçávamos com ela. Mas depois que meus pais se separaram, n
der qualquer nervosismo, mas dessa vez não estávamos a sós, ela sabia que estava perto e ti
epois mamãe voltou para casa com ela, uma linda menina, de pele bem clara, quase não tinha cabelo e os poucos fios que apareciam eram loiros, cor de ouro, como o da minha mãe e de todas as minhas tias. Me
anto a isso não havia muito que eu pudesse fazer. Minha irmã chorava muito, aquilo nunca parava, eu já estava irritado e desejando poder se
ndo suficiente. - Minha
deira, minha pobre irmã bebeu como se estivesse a dias sem comer, e de fato parecia
não parecia nada bem. Às vezes eu tinha que acompanhá-la nas consultas da Fernanda,
gava de tal forma que minha irmã chorava e ela não ouvia, não acordava. Em um desses dias, eu peguei minha irmã do berço, já não
e intensificou e então me dei conta do que eu tinha feito. Eu chorei junto com ela e me desesperei, dei água para tentar esfriar sua boquinha, Fernanda bebeu e
ia enchido até a borda. De repente minha irmã começou a gemer, resmungar, e me lembrei que minha mãe a fazia arrotar, repeti o mesmo que ela fazia, a peguei de pé no meu colo e dei tapinhas em suas costas até que ela
ocar tudo no lugar, o macacão cheio de botões me custou um pouco mais de raciocínio, eu só lembrava que mamãe sempre dizia para tomar cuidado com a cabecinha, sempre apoiar a cabecinha, isso com certeza eu estava f
da mamãe procurando pela minha irmã, até que ela
eu cuidei dela. - F
ndo por um momento, como se não
ado. - Eu pensei que minha mãe me daria uma bronca, mas ela
mou um remédio ontem, acho que dor
rdar, mas ela estava com fome e também precisava trocar a fr
raçou novamente
ande irmão, fez tudo pe
se importou por eu não ter ido para a escola, mais parec
reparar o leite e trocar a fralda dela, assim eu
riu acarician
preocupe
ão dormia. Mamãe passava noites em claro perambulando pelo apartamento, mas minha irmã nunca mais chorou sozinha, acredito que era esse o me
máximo que eu podia fazer, mas seu sono era leve e curto, qualquer choramingo e ela já estava de pé, assustada. Eu
ados, então peguei carona com um colega de turma que morava perto do meu prédio e a mãe dele me deixou na portaria. Subi tranquilo e ainda no corredor pude ouvir o choro da minha irmã, me de
guém respondia. Eu expliquei para eles o que provavelmente havia acontecido e fui até o quarto da mamãe, de onde vinha o choro, minha irmã estava no berç
chão, seus olhos semicerrados, a pele pálida e os lábios arroxeados.
acompanharam entraram e pude ob
a gritou. - Uma ambulância, so
ela primeira vez que ela não respirava mais. Quando minha ficha caiu, me debrucei sobre seu peito buscando o som do seu coração e não encontrá-lo me fez