Noite de prazer- 1ª. Edição
rta não pode amamentar. - Se eu não estivesse com a mão ocupada, iria acertar uma bala na sua cabeça, idiota. - O soldado se encolheu. - Ache a mãe. Senão, quero um peito que produza le
ão precisaria de mais nada disso, porque depois de quarenta e uma semanas e dois dias de gestação, em um parto normal, eu dei à luz a minha escuridão. Sem bebê e sozinha no mundo, era assim que me sentia. Meus pais, de quem me afastei por conta da depressão de ter que passar o momento mais feliz da minha vida chorando, não sabiam notícias de mim há um tempo. Tirei férias do serviço no mês passado e estava pronta para lidar com a licença-maternidade, que nunca aconteceria. Eu me sentia oca, no útero e no coração. Mais lágrimas escorreram dos meus olhos e eu só queria segurar minha bebê mais uma vez. Tomando-a em meus braços por apenas alguns segundos, os médicos a tiraram de mim e a mantiveram estável para a minha decisão final. Minha Gabrielle não tinha salvação, mas poderia se manter viva dentro de outro bebê. Entreguei minha filha sem vida para um procedimento médico, apenas para que minha raiva por Ricardo aumentasse ainda mais. Era tudo culpa dele. Eu compraria uma arma e atiraria em sua cabeça. Não! Amarraria seus braços e pernas, depois cortaria seu pau junto com o saco, com uma faca de serra cega. Os pensamentos sádicos estavam seguindo um caminho sem volta, cada um mais terrível que o outro. Eu não estava preocupada em ser julgada, o idiota pagaria por todo o mal que me causou. Ninguém sabia da minha dor. Um aborto já era dolorido demais, perder uma gestação no meio do processo, mais ainda. Ter todo o procedimento do part
isso? - perguntei, controlada. - Diga sim. Você será paga e terá uma criança para tomar do leite que será desperdiçado nas suas tetas caso não aceite. - Vai se foder. De tanto que chorei, eu devo estar seca. - Fechei os olhos em busca de controle. - Não, está vazando aí. - Tocou meu seio e avancei nele, irritada pelo toque indevido. Percebi a aproximação de outros homens enquanto minhas mãos, sem força, apertavam seu pescoço. O tal Douglas me encarava sem empatia, o típico olhar de um criminoso que não se ar