Noite de prazer- 1ª. Edição
O que vocês têm na cabeça? Onde está a mãe dela? - Morta e você seguirá o mesmo caminho se não calar a boca - Leonel rosnou e me aproximei dele com irritação. - Não me teste, Sari
descesse. Merda, senti que tinha vazado. Sabendo que não teria muito tempo, lidando com pessoas que mandavam e desmandavam na cidade e no submundo dela, aceitei minha sentença, mas não antes de mostrar como me sentira. - Ela está mamando - falei branda para o leão raivoso que se aproximava. A arma estava na mão e foi guardada assim que ele se agachou para apreciar a cena. - Depois, você pode me matar, mas, por favor, me deixe ter esse momento. Apenas uma vez. - Eu deveria fazer pior. - Faça então. - Tenho outros planos, Atrevida. - Alisou o cabelo da bebê e suspirou. - Você ainda é útil. Continue assim. - Ele se levantou. - Mas fuja com minha filha novamente, eu abrirei uma exceção e a matarei, mesmo estando indefesa. Todos saíram da sala, observei a porta arrombada e suspirei. Voltei minha atenção para Emanuelle e cantarolei mais algumas estrofes da canção de ninar. Dois ou três meses ela devia ter. Ainda mamava no peito quando foi tirada da mãe, ela era tão vítima de outros idiotas quanto eu. - Vou cuidar de você, meu amor - prometi, mesmo que tivesse descumprido essa promessa com Gabrielle. - Sua irmã não sobreviveu, mas você será mais forte do que todos nós. Seus olhinhos se fecharam e as sucções diminuíram. Percebi que, enquanto ela mamava em um peito, o outro escorria leite e acabei nos lambuzando. Ninguém falava sobre essa parte do pós-parto e estava sendo acalentador ter uma companhia. Comecei a sentir dores abdominais, nas costas e na bunda, por estar sentada daquele jeito. As lágrimas escorreram dos meus olhos quando não tive forças para me levantar. O monstro da vingança foi alimentado mais uma vez, Ricardo teria de lidar com minha raiva e associação com o homem que ele odiava. Leonel De Leon era rival da família C