Protegida pelo chefe
aberta vagarosamente. - Você morreu? - perguntou Caio, passando sua cabeça por uma fresta. - Não, só estou com preguiça - respondi-o escondendo minha cabeça sob o edredom. - Le
ersar com você - disse cruzando os braços à frente. - Tudo bem. Está com fome? Estou indo almoçar. Ele desencostou do carro e me seguiu em silêncio até o restaurante japonês uma quadra dali. Entramos e sentamos no balcão fazendo nossos pedidos. - Então... O que está rolando? Por que você está tão tenso? - perguntei notando seus ombros rígidos e suas mãos, que se esfregavam uma na outra freneticamente com agonia. - Me meti em uma confusão ontem à noite. - O quê? - perguntei alto. - Que tipo de confusão, Caio? Você sabe que não podemos dar bobeira! - repreendi-o, sentindo meu coração disparado. - Tinha um cara no bar ontem e ele estava muito bêbado. Ele começou a gritar falando coisas emboladas e tentou agredir uma das dançarinas, e... - interrompeu abaixando a cabeça. - Você tentou defendê-la - concluí e ele assentiu envergonhado. - Não podia apenas assistir um homem louco bater em uma mulher indefesa. Você sabe disso, Laura. É algo que simplesmente não posso aceitar! - E qual foi a consequência desse ato heroico? - Ele era um policial. - Meu Deus, Caio! - Fique calma. Não fui preso, mas ele é o tipo de cara problema. Foi retirado do bar pelos seguranças e saiu me ameaçando. Estou jurado de morte e não quero pagar para ver se era só papo de bêbado, ou não. Tommy, o outro barman, me mandou tomar cuidado com ele. Por isso não fui para casa hoje de manhã. Não podia correr o risco de ele estar me seguindo e descobrir onde moramos, estaria colocando você em perigo também. - Você não pode voltar para o bar. Tem que procurar outro emprego, ele vai procurá-lo lá. É melhor pedir a conta, não podemos arriscar em nos meter em problemas, Caio. - Eu sei. Desculpe-me. - Você não teve culpa - disse segurando firme sua mão. - Foi seu instinto protegê-la, nós sabemos o quanto isso é ruim. Mas não podemos nos colocar em perigo, não depois de tudo o que passamos para chegar aqui. Depois que comemos, Caio me acompanhou de volta até a cafeteria. Nós nos despedimos e ele seguiu