A Saga da Dama do Inverno: Entre Espadas e Neve" é uma envolvente narrativa que mergulha os leitores em um reino medieval de Valência, governado por doze nobres líderes. Caroline Coyle, uma jovem ágil como uma raposa e bravia como um touro, cresceu nas ruas de Valência até ser adotada pelo destemido Duque Treville Coyle. Criada para ser uma dama de bravura e habilidade militar, Milady enfrenta desafios que vão além dos campos de batalha. A trama se desenrola em meio a intrigas políticas, lealdades testadas e segredos do passado. Quando seu pai adotivo revela a verdade sobre a busca por Caroline, ligando-a a uma canção antiga e a uma tragédia familiar, ela se vê diante de escolhas que irão moldar seu destino e o destino de Valência. A neve que cobre as montanhas testemunha os dilemas de Caroline, enquanto ela luta não apenas contra inimigos visíveis, mas também contra as sombras de seu próprio passado. A busca pela verdade e a luta por justiça convergem em uma narrativa repleta de emoções, reviravoltas e uma corajosa protagonista que desafia as expectativas de seu tempo. "Entre Espadas e Neve" é uma epopeia cativante que transporta os leitores para um mundo de honra, coragem e redenção, onde a Dama do Inverno enfrenta seus demônios pessoais e os desafios de um reino em constante mudança.
Capítulo 1 A Jornada Começa
Nada melhor do que conhecer a cidade em que se vive, afinal, para sobreviver, eu tive que passar por muita coisa para ter algo para comer e uma coberta para me esquentar. No entanto, não vim aqui para contar meus feitos enquanto vivia nas ruas de Valência, apesar de ter passado por maus bocados. Tive momentos bons ao lado de alguns bons amigos, como Arando, dono de uma das melhores Tavernas de toda Valência, a Taverna dos 12 Cavaleiros, e Dalkon dedos rápidos, acho que nem preciso comentar o que Dalkon faz...
Mas não há nada mais lindo do que ver a neve cair nas montanhas de Valência, os pontos brancos preenchendo cada parte da bela montanha e se misturando com o verde das plantas e o vermelho alaranjado do entardecer. É um espetáculo de cores para quem as observa da cidade. Foi em um dia como este que conheci Duque Treville Coyle; foi o calor de sua mão na minha testa que me fez acordar daquele frio sem fim. Quando abri os olhos, só consegui enxergar aquele imenso sorriso e, quando me dei conta, já estava sendo levada na garupa de seu cavalo. Desde este dia, Lorde Treville me levou para a sua casa, afirmando que iria me criar para ser a filha de um dos Duques de Valência, que tem o braço forte para defender sua terra e seja brava para lutar ao lado dos soldados de seu exército.
Para ser sincera, não sei o que ele viu em minha pessoa, mas ele sempre conta uma história que quando estava na taverna dos 12 Cavaleiros, ouviu uma canção do Bardo Talfen, na qual contava a história de uma menina que era ágil como uma raposa, porém lutava como um touro, mas vivia vagando por ruelas e becos da cidade. Contudo, sei que uma das melhores coisas que ganhei na vida foi ter sido adotada por ele, pois além de ter aprendido a arte da luta, da leitura, da diplomacia e um pouco de etiqueta, tive alguém no qual posso chamá-lo de pai.
Sempre tive uma grande admiração pelo meu pai, pela sua dedicação e paciência, sem contar que ele sempre demonstrou que fazia o que amava. Como você deve saber, o reino de Valência possui um sistema de vassalagem, onde o reino foi dividido em 12 grandes áreas administrativas e cada uma delas é governada por um Duque ou Duquesa. Cada nobre se ocupa com algumas atividades, assim como artes, idiomas importantes, história e a formação militar. Como meu pai, o Duque Treville, possui uma paixão pela guerra, se dedicou ao máximo no militarismo, assim se tornando um dos poucos Duques que possui uma grande quantidade de homens em seu exército.
Como sempre fui uma pessoa curiosa, sempre questionava ao meu pai a respeito de sua família e ele sempre me contava histórias de guerra de seu pai, nas quais eu ficava fascinada. Mas foi quando completei 12 anos, enquanto jantávamos, que criei coragem e resolvi tirar a minha maior dúvida:
- Pai, por que o senhor me escolheu? - perguntei.
- Minha Lady - disse ele após tomar um gole de vinho - você não cansa de ouvir as histórias do seu velho...
- Não, pai - o interrompi - eu quero saber o motivo pelo qual o senhor escolheu uma mulher para aprender tudo que o senhor está me ensinando.
- Bom, acho que já está mais do que na hora de lhe contar a verdade. - colocou sua mão sobre meu ombro com aquele sorriso que me fazia sentir muito acolhida - Antes de lhe adotar, eu tive uma esposa chamada Isabely, assim como você já deve ter ouvido comentários pelos arredores. Minha querida Isabely era muito boa e amava cantarolar pela casa; fomos um casal muito feliz e nossa felicidade aumentou quando soubemos que Isabely tinha ficado grávida. Porém, como toda estação passa, a minha primavera foi embora com a primeira tempestade do inverno, após descobrir que a minha Isabely ficou doente. Na época, a tuberculose estava por toda parte e não teve piedade da minha amada. - falou com lágrimas nos olhos e, depois de uma pausa, continuou: Infelizmente, ela não resistiu ao parto, assim como a minha amada filha, a qual peguei nos braços sem vida.
- Depois que ouvi a canção do meu amigo Talfen na taverna, eu procurei maiores informações sobre a pessoa desta canção. Fiquei curioso com um trecho da canção que dizia que a jovem de cabelos avermelhados era ágil como uma raposa e brava como um touro. Algo me dizia que eu tinha que procurá-la e ao investigar mais, descobri que a jovem da canção tinha a idade da minha filha. Após descobrir essa informação, eu tinha certeza que eu tinha que ir atrás de você. - falou com aquele imenso sorriso.
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