Durante a visita para ajudar sua irmã com os preparativos do casamento Batriz conhece um charmooso desconhecido que a encanta . Sem saber que são de famílias rivais eles começam um flerte. Será que eles irám conseguir viver este romance apesar de suas famílias.
Capítulo 1 Prólogo
A suspeita que Miguel
Velásquez havia morrido em um incêndio provocado pela família Gusmão agitou toda
a cidade de Poço dos Milagres , embora não houvesse provas que realmente incriminasse
os Gusmão, principalmente os irmãos Álvaro
e Heitor, todos na cidade conheciam as desavenças que acompanhavam as 2 famílias
durante os anos.
Duas famílias ambiciosas que tinham seus negócios prósperos
e ligações políticas que faziam com que para alguns eles fossem os verdadeiros governadores
do estado, sempre fazendo com que as regras fossem alteradas a favor de seus interesses.
- Como assim delegado , aquele maldito está me acusando do assassinato do irmão?
Que provas Ramon Velásquez tem que eu comecei ou mandei começar
aquele incêndio? – Álvaro perguntou batendo na mesa com raiva e olhando feio para
o delegado.
-Álvaro... Senhor Gusmão não estou dizendo que ninguém acusou
você ou sua família, mas a cidade é pequena
as pessoas geralmente tentam achar respostas e tendem a ser as mais fáceis.- O delegado
devia a família Gusmão mas também tinha dividas com os Velásquez ele não podia interferir
ou se comprometer com nenhum dos lados nesse momento. - E ainda mais pelo fato da empregada também
ter morrido e ainda por cima grávida, meu Deus todos ficaram chocados e tentando
entender o que ocorreu ali.
Naquele momento Álvaro
lembrou de Julieta, a empregada que havia morrido no incêndio, antes de se casar
eles haviam sido namorados, mas Lídia, sua esposa, havia engravidado e então eles
tiveram que casar as presas. Ele ainda tinha lembranças dos momentos que passaram
juntos , por um momento a tristeza e a melancolia
tomaram conta dele o que o fez esquecer de tudo. Seus pensamentos se voltaram para
ela e para a filha que ela havia deixado, a pobre menina sozinha no mundo.
O delegado o chamou de volta a realidade e os pensamentos foram
esquecidos.
- Você precisa estar preparado para as investigações, o laudo
da perícia ainda não saiu mais dependendo do resultado não serei eu quem terminarei
esse caso. É provável que seja um delegado da capital ou até uma equipe inteira
vinda de lá.
- Eu não tenho o que temer César nem minha família, nossas mãos estão limpas.- Álvaro disse enquanto
levava o delegado até a porta.
- Eu realmente espero que
o amigo esteja falando a verdade, eu sinceramente espero.
O delegado vai embora pensando se havia agido certo, vir a casa
de um suspeito em plena luz do dia e com varias testemunhas aquilo podia custar seu emprego, e se Ramon Velásquez
soubesse lhe custaria a vida.
No outro lado da cidade Ramon e a família ainda estavam no processo
do luto pensando em como tudo aquilo. A viúva estava muitíssimo abalada e sentia
que tudo aquilo lhe fazia ainda mais mal.
- Eu vou embora Ramon acho que é o melhor a ser feito.- Cecilia
falou depois de uma crise de choro.
- Bem você tem que ficar até o final das investigações. Não quer
saber o que realmente aconteceu com o seu marido?
-Sim, mas eu não quero
continuar aqui tudo me lembra ele . Acho que será melhor para mim e para o meu filho.
E Max adoro os meus pais vai ficar bem melhor na capital conosco.
- Bem eu concordo minha cunhada . Mas não deixe de nos visitar
e traga o menino ,ok? – Ramon não era homem de se lamentar ,para ele seria melhor
que a cunhada fosse embora pelo menos não teria que ver ela chorando pelos cantos.
- Outra coisa Ramon ,
o que você vai fazer com a menina? Bem a mãe dela sempre foi uma funcionária exemplar, e Marina ainda é uma criança precisa de um lar.-
Cecília falou olhando para o corredor de onde podia se ouvir os passos da criança.
- Eu vou tomar conta dela ,e uma boa menina, minha esposa gosta
bastante dela e quando nos tivermos nossos filhos ela será uma ótima irmã mais velha.
As investigações duraram quase 1 mês e a conclusão dos peritos
foi que o incêndio foi acidental causado por uma vela que tinha caído. Para qualquer
uma das famílias seria fácil manipular um laudo pericial e todos sabiam daquilo,
e se os Velásquez haviam aceitado aquele laudo ninguém poderia dizer que seria mentira.