Login to Lera
icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon
O acerto de contas, querido!

O acerto de contas, querido!

Chris Angels

5.0
Comentário(s)
173
Leituras
4
Capítulo

O mundo de Mercedia Vaughan desmorona quando ela descobre que seu marido falsificou sua assinatura nos papéis do divórcio e vendeu sua casa, deixando-a sem um tostão. O desespero a leva às lágrimas na rua, onde por pouco evita ser atropelada por um carro luxuoso. O carro pertence a Blake Yates, o homem mais rico da cidade, que precisa urgentemente de uma esposa para garantir o império empresarial de sua família. Blake propõe uma aliança inesperada: um casamento de conveniência. Em troca de sua mão em casamento, ele oferece os recursos e o apoio que Mercedia precisa para recuperar o que foi roubado dela e buscar vingança contra seu ex-marido traiçoeiro, Garry. À medida que navegam na sua parceria estratégica, faíscas voam e as linhas ficam confusas. Será que a aliança deles se transformará em algo mais profundo ou a busca pela vingança os manterá separados? - É hora do acerto de contas, querido!

Capítulo 1 O golpe

- Como assim o senhor está me despejando da minha própria casa? - Mercedia perguntou, olhando para o homem em frente a ela, agora totalmente desperta.

- Eu sou o dono desta casa, portanto, ela não é sua, senhora! - O homem de cabelos grisalhos respondeu, já sem muita paciência. Ele vestia um terno um pouco grande para ele, bem como um óculos que quase engolia todo o seu rosto.

Mercedia o encarou com as mãos na cintura, sem acreditar no atrevimento do homem.

- Meu marido e eu compramos esta casa, senhor. Ano passado. E registramos tudo direitinho! - Ela insistiu, não dando importância ao fato de estar vestindo pijama e os cabelos enrolados estarem revoltos em um coque mal feito.

Ele suspirou e fez sinal para que um outro homem se aproximasse. Este, vestia um terno mais bem ajustado, os cabelos bem arrumados e um ar um tanto quanto arrogante.

- Bom dia, senhora. Eu sou Ernest Morrison, advogado. - Ele apresentou a licença profissional, pegando então um outro documento de uma pasta que levava consigo. - Aqui está uma cópia do contrato de compra e venda desta casa, bem como o Registro Legal de propriedade deste casa.

Mercedia pegou os papéis e, ao ler por alto o que diziam, pareciam confirmar o que aqueles dois estranhos afirmavam. Mas foi a assinatura dela, ao final das páginas, que fez com que ela perdesse o fôlego.

- E-eu nunca... Eu nunca assinei isso!

Ernest manteve a expressão neutra.

- Não é o que estes documentos afirmam. O seu marido, o senhor Dixon, foi quem tratou tudo conosco e, como a sua assinatura consta aí, legalmente, esta propriedade pertence ao senhor Walters.

- Eu vou ligar para o meu marido, só um momento! - Ela pediu, enquanto ia atrás do próprio celular.

Garry não estava em casa, quando ela acordou com a campainha estridente e as batidas na porta. Ele havia dito que tinha assuntos a resolver, e que ela não deveria esperar por ele, na noite anterior.

- Este número encontra-se desligado ou fora da sua área de cobertura. Após o sinal... - Mercedia desligou. Teria acontecido algo com Garry?

- Senhora? - O advogado chamou, da porta.

- Só mais um momento! Meu marido não está atendendo...

- É que tem um senhor aqui. Um mensageiro para a senhora!

Mercedia soltou o ar e voltou para a porta. Um homem de uniforme dos correios estava parado, com desinteresse, ao lado do advogado.

- Mercedia Vaughan? - Ele perguntou ao ler o envelope e Mercedia franziu o cenho. Aquele era o nome de solteira, dela.

- Hmm, sim. - Ela respondeu.

O entregador estendeu o envelope e uma prancheta com caneta.

- Assine aqui, por favor, e coloque o número do seu documento de identificação. - Mercedia podia jurar que o homem tinha um chiclete dentro da boca. Ela fez o que ele pediu e pegou o envelope. - Obrigado, bom dia.

Ela ponderou sobre abrir o envelope naquele momento ou não. Decidiu por abrir, já que poderia ser notícias sobre Garry. E ela não estava errada.

Ao abrir o envelope, ela abriu a mão e deixou que o conteúdo caísse na palma.

"Certidão de Divórcio", dizia ali.

- O quê...? - Ela perguntou e, olhou o papel logo atrás. Era o acordo de divórcio. Uma cópia, na verdade. Mais uma vez, ao final, a assinatura dela.

Mercedia levantou os olhos e tanto Ernest quanto Jerry pareciam constrangidos.

- Senhora... Senhorita... - Jerry pareceu confuso. - Eu posso ver que está passando por um momento complicado. Eu vou lhe dar o dia de hoje para sair da casa. Voltarei amanhã.

E assim, ele e o advogado se viraram para ir embora, mas este último voltou-se para Mercedia e tirou do bolso interno do paletó um cartão.

- Se precisar dos nossos serviços... - Ele falou e se apressou para ir embora, assim que Mercedia pegou o cartão, ainda meio aérea.

Divórcio, venda da casa... Ela não tinha concordado com nada daquilo!

O celular dela apitou e Mercedia viu que era uma mensagem de Garry.

GARRY: Desculpe, Mercedia, mas eu não podia mais postergar. Não me procure. Adeus.

Mercedia olhou para aquilo sem acreditar. Só podia ser uma piada. Ou Garry tinha sido raptado e obrigado a fazer aquelas coisas!

"E as suas assinaturas?" Ela se perguntou, lembrando que há um tempo, Garry estava mexendo nos documentos dela, que ficavam no cofre, afirmando que estava procurando algo e apenas verificou em todos os locais possíveis.

MERCEDIA: Garry, o que diabos é isso? Eu nunca assinei porcaria nenhuma! Volte aqui e explique isso aí direitinho!

A mensagem não foi entregue. Ele a tinha bloqueado, com certeza.

Ela se deixou sentar de qualquer jeito no sofá.

- Ele... Garry me abandonou e... - Ela piscou, começando a sentir a raiva subindo para a cabeça dela. Mercedia se levantou de uma vez. - Ele vendeu a casa e fugiu com todo o dinheiro?

O que ela faria? Mercedia se levantou e foi para o quarto.

No dia anterior, ela chegou exausta e apenas tomou banho e foi dormir, sem nem comer nada. O guarda-roupas do quarto que ela dividia com Garry tinha dois lados: o dele e o dela.

Abrindo o lado dele, ela viu que algumas peças não estavam ali, porém, Garry havia deixado a maioria das coisas dele.

- É claro, se ele estava cheio da grana! - Ela deu um soco no armário.

Mercedia foi ao Registro verificar sobre a casa e, ao chegar lá, de fato, o imóvel já não pertencia mais a ela.

Garry quase não tinha contribuído com a compra, pois ficou desempregado e Mercedia foi quem acabou custeando praticamente tudo. Ele a convenceu a vender o pequeno negócio da família dela, que herdou após a morte do pai, e, ao verificar a conta conjunta deles, notou que não havia praticamente dinheiro nenhum ali. Ele havia levado tudo.

"Meu Deus, o que eu vou fazer?" Ela começou a chorar.

Todo o amor que ela havia dado a Garry. Ela deu tudo a ele! E, agora, ele a havia deixado sem nada.

"Mentira, não é? Ele me deixou cem dólares!"

Mercedia não notou que o sinal estava vermelho e continuou andando.

O som da buzina a despertou, assustando-a assim que ela viu o quão próximo o carro estava dela. Mercedia caiu e fechou os olhos, pronta para ser atropelada.

Não houve impacto. Ela ouviu então o bater de uma porta e abriu um dos olhos, mas o que viu foi uma calça social, bem como sapatos muito bem engraxados, perto dela.

- Senhorita! - Um homem disse e ela olhou para cima com o que parecia ser um motorista. - A senhorita se machucou?

Ela engoliu em seco e negou com a cabeça. Uma das mãos dela havia ralado, mas não era nada grave. Não era nada comparado ao que Garry havia feito a ela.

- Estou bem, obrigada. - Ela respondeu, pegando a bolsa que tinha caído e limpando a sujeira da rua de suas próprias roupas. - Desculpe ter entrado assim na frente.

O som de porta batendo novamente e, quando Mercedia olhou, era um homem alto, de postura impecável e olhar escuro marcante. Ele andava como um rei.

O homem a olhou de cima a baixo, como se a analisasse e Mercedia quis perguntar se ele tinha algum problema, porém, lembrou-se de que estava paupérrima e não estava em condições de arranjar briga com alguém como ele, que claramente tinha dinheiro e exalava poder.

- Qual seu nome? Casada? - Ele perguntou e olhou no próprio celular.

- Que tipo de pergunta é essa?! Não vou dar esse tipo de informação a um estranho!

Ela já estava na calçada e o carro, com o pisca-alerta ligado.

O homem estendeu a mão.

- Eu sou Blake Yates. Solteiro. - O celular dele voltou a vibrar e as sobrancelhas grossas do homem se franziram ao olhar a tela. - Se a senhorita for solteira, tenho uma proposta.

Mercedia não apertou a mão dele, mas sim cruzou os braços na frente do peito. Ele recolheu a mão e suspirou.

- Qual seu nome? Vamos, eu não tenho muito tempo!

Ela balançou a cabeça e deu alguns passos para longe.

- Você é maluco... Não preciso disso, hoje. Não mesmo!

Mercedia se virou para ir embora.

- Se casar comigo, juro que resolvo qualquer problema que você tenha! - Mercedia se virou, olhando-o com mais convicção de que ele tinha uns parafusos a menos. - Me diga o seu nome e eu vou verificar se você serve. Se sim, aceite o acordo e prometo que não se arrependerá!

Continuar lendo

Outros livros de Chris Angels

Ver Mais

Você deve gostar

Casamento relâmpago com um bilionário

Casamento relâmpago com um bilionário

Romance

5.0

Rhonda amava muito seu namorado. Mesmo que ele não trabalhasse há vários anos, ela não hesitava em sustentá-lo financeiramente. Ela até o mimava, para que ele não se sentisse deprimido. E o que ele fez para retribuir o amor? Ele a traiu com a amiga dela! Com o coração partido, ela aproveitou uma oportunidade e se casou com um estranho. Eliam, seu marido, era um homem tradicional. Ele prometeu que ele seria o responsável por todas as contas da casa e que ela não precisaria se preocupar com nada. No início, Rhonda pensou que ele só estava se gabando e que sua vida seria um inferno. Porém, ela descobriu que Eliam era um marido gentil, compreensivo e até um pouco pegajoso. Ele a ajudou não só nas tarefas domésticas, mas também na carreira. Não demorou muito para que eles começassem a se apoiar como um casal apaixonado. À primeira vista, Eliam parecia um homem comum, mas sempre que Rhonda estava em apuros, ele sabia como resolver perfeitamente os problemas dela. Por isso, ela não pôde deixar de perguntar como ele poderia possuir tanto conhecimento sobre diferentes áreas, mas ele sempre ignorou essa pergunta. Em pouco tempo, Rhonda alcançou o auge de sua carreira com a ajuda dele. A vida estava indo tranquilamente até que, um dia, ela viu uma revista de negócios global. O homem na capa se parecia muito com seu marido! O que isso significava! Eles eram gêmeos? Ou ele estava escondendo um grande segredo dela todo esse tempo?

Capítulo
Ler agora
Baixar livro