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A babá do CEO Arrogante

A babá do CEO Arrogante

Taty Costa

5.0
Comentário(s)
166
Leituras
5
Capítulo

Ele é arrogante e acha que todos devem estar ao seu dispor, acostumado a sempre ouvir sim das mulheres, Fábio Diniz acha que nunca, ninguém vai fazê-lo mudar. Dono de uma editora famosa, Fábio vê no trabalho um escape perfeito de sua vida solitária. Até que por acidente ele conhece Gabriela Castilho, uma jovem estudante que batalha para realizar seu sonho de se formar em gastronomia. Por coincidência Gabriela é contratada para ser babá da filha de Fábio e se mostrará um desafio para ele. Gabriela se recusa a dizer até mesmo seu nome, no mesmo momento em que rouba o coração do CEO. Um romance se desenha entre receitas, risadas e muita emoção. Segredos do passado serão revelados e a babá do CEO arrogante terá que enfrentar seus medos se quiser ser feliz ao lado dele.

Capítulo 1 Encontro com o CEO arrogante

Lutar sozinho é difícil, mas com talento e uma pitada de esforço, tudo é possível. Gabriela pensava assim, depois de todas as adversidades, pensava que seu esforço um dia seria recompensado e sua paixão pela cozinha faria dela alguém feliz!

- Magnífico!

- Para! Você fala isso porque é meu irmão, devem servir molhos excelentes no refeitório da sua empresa. - Disse Gabriela.

- Que nada mana, é cada coisa insossa que servem naquele lugar. - Respondeu Gustavo. - Bom, agora eu tenho que ir! Se meu chefe chegar antes de mim estou frito.

Ele deu um beijo no rosto da irmã e saiu. Passou como um furacão na sala, esqueceu que tinha algumas obras que levou para revisar, as deixou no sofá.

Gabriela se arrumou e pretendia ir para a faculdade, olhou a sala e viu o amontoado de papéis em cima do sofá.

- Ai Gustavo, de novo? - Ela reclamou sozinha.

Ela pegou os papéis e colocou no carro. Chegou no enorme prédio no centro da cidade em minutos, estacionou quase na porta.

- Moça não pode parar aí! - Disse um segurança.

- Eu só preciso entregar isso ao meu irmão, é urgente, prometo que não levo 10 minutos.

Gabriela ia falando e andando para dentro da empresa. Ela pegou o elevador até o último andar, viu a recepção ampla e Gustavo na mesa de entrada, atrás dele uma porta de madeira envernizada enorme.

- Mana, você leu meus pensamentos, já ia te ligar.

- Ai Gu, assim não dá! Vou correr já estou atrasada e parei em local proibido.

Gabriela desceu no mesmo elevador, passou correndo pela recepção e encontrou uma Land Rover preta a impedindo de sair.

- E agora como saio daqui? - Ela parou e coçou a cabeça.

Com o segurança havia um homem de terno preto, ele gesticulava parecia nervoso.

- Como pôde parar seu caso na minha vaga?

Gabriela estava de costa olhando algo no próprio carro. Se virou e viu aquele homem alto com cabelos preto penteado. Ela tremeu e respirou fundo, achou o homem incrivelmente lindo, mas não deixaria ser ofendida.

- Bom dia para você também! Se o dono desse outro carro sair eu posso tirar o meu e liberar sua vaga.

- É incrível como as pessoas não respeitam nada, pode ao menos se desculpar!

- Eu?... Me desculpar pelo o que?

- Pra começar...

- Vai tirar a droga do carro ou não?!

Fábio nunca era interrompido, as pessoas sempre o temiam, por isso quando ele falava sempre estavam de cabeça baixa. Gabriela ao contrário, se aproximou e o encarava, ele respirou fundo e acabou inalando seu perfume. Que delícia de perfume... ele pensou.

- Mas é muito petulante mesmo, ainda me interrompe, sabe com quem está falando?

Gabriela deu uma risada debochada que na verdade o agradou. - Não faço a mínima ideia.

Ele sorriu, o atrevimento dela era por isso, não sabia que se tratava do presidente do Grupo Diniz.

- Qual seu nome garota?

- Petulante. - Ela disse rindo. - Tire seu carro para que eu possa tirar o meu e acabamos com essa discussão sem fundamento senhor arrogante.

Fábio entrou no carro bufando e deu espaço para Gabriela sair. Ela tirou o carro rindo e seguiu seu caminho.

Fábio estacionou e subiu para o escritório.

- Bom dia senhor Diniz! - Disse Gustavo.

- Você acredita que uma louca ficou batendo boca comigo no estacionamento, estou possesso.

- Quem era essa mulher?

- Não sei, ela não quis dizer o nome. Mas deixa pra lá, onde estão aquelas obras que pedi que revisasse?

- Estão aqui senhor! - Gustavo agradeceu mentalmente a irmã por trazer os papéis que ele havia esquecido em casa.

Fábio pegou o pacote e entrou para o escritório.

Enquanto isso Gabriela estava na faculdade, chegou atrasada.

- Gabi, você já perdeu duas aulas, o que aconteceu? - Perguntou Estela, uma das poucas pessoas que com quem ela conversava.

- Um idiota fechou meu carro no trabalho do meu irmão e ainda queria dizer que eu estava errada.

- Hummm, seu irmão não trabalha naquela empresa chique do centro?

- Sim, no grupo Diniz.

- Era que carro?

- Uma Land Rover preta.

- O dono era bonito?

- O que tinha de bonito, tinha de arrogante... Tá realmente um gato o homem, quase perdi o ar quando ele chegou bem perto de mim, mas aí ele abriu a boca e estragou tudo.

Elas riram da situação.

Depois da faculdade Gabriela foi pra casa, estava testando uma nova receita, adorava comida apimentada, e passava as tardes livres cozinhando.

Estava limpando a cozinha quando o irmão ligou.

- Gabi, tá ocupada?

- Não, estava limpando a cozinha. Sabe que hoje vim sem carro e minha carona já foi, pode vir me buscar?

- Mas está folgado mesmo, né? Chego em 20 minutos.

Gabriela dirigiu até a empresa e parou em uma vaga de visitante, não queria outra confusão.

Gabriela entrou no elevador e parou para amarrar o sapato, nesse momento alguém também entrou e a porta fechou, quando ela se levantou a luz apagou, antes mesmo de virar de frente. Ela se encostou no fundo do elevador.

Fábio xingou todos os palavrões possíveis mentalmente, ele já havia saido, mas esqueceu o celular e resolveu voltar para pegar.

- Senhorita, pode pegar seu telefone e chamar ajuda? Não estou com o meu. - Fábio disse, apesar das palavras educadas o tom era ríspido.

- Estou sem meu telefone... - Gabriela sentia o ar faltar, nunca gostou de lugares fechados, estar presa com um desconhecido era mais que sufocante. Fábio deu um soco na porta de raiva e ela pulou com susto.

- Senhorita, está passando bem? - Ele tentou se aproximar dela, mas não sabia bem onde estava, deu poucos passos, encontrou o braço de Gabriela e segurou o braço dela.

- O que está fazendo?

- Só queria me aproximar e te acalmar, percebi que está nervosa.

Ainda segurando o braço de Gabriela se aproximou um pouco mais, respirou fundo e sentiu o perfume de Gabriela.

- Senhorita, já nos conhecemos?

- Acho que não...

Fábio riu, apesar da voz assustada era a petulante de hoje de manhã, porem ele acreditava que ela não o reconheceu. Se aproximou um pouco mais, colocou os braços um de cada lado dela, como não estava encostando ela não percebeu, sabia que estava perto, então não se mexia por precaução.

- O que está acontecendo? Hoje de manhã estava bem mais falante.

- Ai merda, o senhor arrogante!

- Saberei seu nome senhorita petulante?

- Não mesmo... Pode continuar me chamando de petulante.

Nesse momento o elevador balançou e Gabriela se viu agarrada ao terno de Fábio. Ela não sabia que ele estava tão perto, agradeceu a escuridão, pois agora estava morrendo de vergonha.

- Tem medo do escuro, senhorita petulante?

- Não, mas lugares fechados me deixam sem ar.

- Entendo, se quiser podemos fazer algo para distrair a mente.

- O que está me sugerindo? Não pense que vamos fazer algo?

Fábio riu novamente. - Penso primeiro que poderíamos manter o dialogo, depois, que já pode me soltar.

Gabriela ficou vermelha, não tinha percebido que ainda segurava Fábio. Ela abaixou as mãos e se encostou na parede do elevador novamente.

- Uma pergunta, que perfume é esse? - Ele disse e colocou o nariz no pescoço dela. - Realmente inebriante.

Gabriela continuava em silencio, sentia faltar o ar e o coração acelerado. A respiração dela se tornou quase ofegante.

- Vou perguntar de novo, está bem?

- Me sinto sem ar...

- Acho que posso ter ajudar nisso.

Fábio a puxou para si com um dos braços e com o outro segurou a cabeça de Gabriela, a tomou em um beijo intenso, carregado de desejo, como ele se atreve a tanto? Ficaram se beijando por alguns minutos e pararam quando perceberam que a luz voltou e o elevador estava se movendo.

- Finalmente! - Disse Gabriela.

- Pensei que estava gostando. - Fábio disse com um sorriso travesso.

Gabriela sorriu, mas não quis admitir que gostou do beijo. O elevador parou e ela olhou em volta antes mesmo de sair, não viu o irmão, então apertou o térreo.

- Não vai sair do elevador? - Ele perguntou.

- Boa noite, senhor arrogante!

- Boa noite, senhorita petulante.

A porta do elevador fechou e Gabriela esperou chegar no térreo pedindo a Deus para o elevador não parar novamente. Próximo ao carro o irmão já estava esperando por ela.

- Onde estava mana? Estou aqui faz um tempo.

- Eu fiquei presa no elevador, tive que esperar, nem com meu celular estava pra pedir ajuda.

- Tudo bem, vamos que eu estou morto de cansado.

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