Divórcio no Cemitério: A Vingança Silenciosa

Divórcio no Cemitério: A Vingança Silenciosa

Gavin

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Capítulo

A chamada do hospital chegou às oito da noite. O médico disse que meu pai teve um ataque cardíaco súbito e estava em estado crítico. Minha única esperança? Meu marido, Leo. O melhor cirurgião cardíaco da cidade. Liguei para ele, desesperada, as mãos tremendo tanto que mal conseguia marcar. Finalmente, na quinta tentativa, ele atendeu. Sua voz estava baixa, e ao fundo, ouvi a chorosa voz da sua irmã, Sofia. "O que foi, Clara? Estou no meio de uma coisa importante", ele sussurrou. Ele se recusou a vir. Priorizou o "ataque de pânico" da irmã, devido a um noivado desfeito. A vida do meu pai contra o drama superficial da Sofia. Eu esperei. Uma, duas, três horas na sala de espera. Às onze e meia, a luz da sala de cirurgia apagou-se. Meu pai tinha morrido. Leo chegou uma hora depois, impecável, como se viesse de uma festa. Ele tentou me consolar, com desculpas esfarrapadas sobre a "situação terrível" da irmã. Minha sogra ligou, manipuladora, dizendo que Leo se sentia "culpado" e que "família vem primeiro". A irmã dele mandou uma mensagem cheia de "culpa" forjada. Eu não chorei. Só senti um silêncio profundo e gelado. Aquele homem que eu amava, que jurou vidas salvar, escolheu o drama da irmã em vez da vida do meu pai. Como pude ser tão cega? Como a dor de um noivado desfeito pôde ser mais importante que um coração parando de bater? A família perfeita deles, com seus sorrisos doces, na verdade era um clã fechado, com lealdade apenas a si mesmos. O mundo que eu conhecia desabou, revelando uma verdade cruel. Mas meu pai, mesmo depois de se ir, me deu a força. Sua carta, um testamento de amor e um alerta, me lembrava: "Não deixes ninguém diminuir a tua luz." "Se alguma vez sentires que estás a desaparecer na sombra de outra pessoa, vai-te embora." Naquele momento, decidi. Não haveria "nós". Não haveria "casa". Eu o faria pagar. Eu me salvaria. O divórcio seria apenas o começo da minha vingança silenciosa no cemitério.

Introdução

A chamada do hospital chegou às oito da noite.

O médico disse que meu pai teve um ataque cardíaco súbito e estava em estado crítico.

Minha única esperança? Meu marido, Leo. O melhor cirurgião cardíaco da cidade.

Liguei para ele, desesperada, as mãos tremendo tanto que mal conseguia marcar.

Finalmente, na quinta tentativa, ele atendeu.

Sua voz estava baixa, e ao fundo, ouvi a chorosa voz da sua irmã, Sofia.

"O que foi, Clara? Estou no meio de uma coisa importante", ele sussurrou.

Ele se recusou a vir. Priorizou o "ataque de pânico" da irmã, devido a um noivado desfeito.

A vida do meu pai contra o drama superficial da Sofia.

Eu esperei. Uma, duas, três horas na sala de espera.

Às onze e meia, a luz da sala de cirurgia apagou-se.

Meu pai tinha morrido.

Leo chegou uma hora depois, impecável, como se viesse de uma festa.

Ele tentou me consolar, com desculpas esfarrapadas sobre a "situação terrível" da irmã.

Minha sogra ligou, manipuladora, dizendo que Leo se sentia "culpado" e que "família vem primeiro".

A irmã dele mandou uma mensagem cheia de "culpa" forjada.

Eu não chorei. Só senti um silêncio profundo e gelado.

Aquele homem que eu amava, que jurou vidas salvar, escolheu o drama da irmã em vez da vida do meu pai.

Como pude ser tão cega? Como a dor de um noivado desfeito pôde ser mais importante que um coração parando de bater?

A família perfeita deles, com seus sorrisos doces, na verdade era um clã fechado, com lealdade apenas a si mesmos.

O mundo que eu conhecia desabou, revelando uma verdade cruel.

Mas meu pai, mesmo depois de se ir, me deu a força.

Sua carta, um testamento de amor e um alerta, me lembrava: "Não deixes ninguém diminuir a tua luz."

"Se alguma vez sentires que estás a desaparecer na sombra de outra pessoa, vai-te embora."

Naquele momento, decidi.

Não haveria "nós". Não haveria "casa".

Eu o faria pagar. Eu me salvaria.

O divórcio seria apenas o começo da minha vingança silenciosa no cemitério.

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Romance

5.0

O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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