A Vingança Silenciosa da Esposa Negligenciada

A Vingança Silenciosa da Esposa Negligenciada

Gavin

5.0
Comentário(s)
431
Leituras
11
Capítulo

Grávida de oito meses, as águas da enchente já batiam na porta do meu carro, aprisionando-me no meio do caos. A minha mão tremia tanto que mal conseguia segurar o telemóvel, enquanto, desesperada, tentava ligar para o meu marido, Tiago. Ele era a minha única esperança. Quando finalmente atendeu, a sua voz soou distante e, pior, irritada. "O que foi, Clara? Estou ocupado." Ele disse que não podia vir, que a sua meia-irmã, Laura, tinha torcido o tornozelo e o cão dela quase se afogara, por isso tinha de a ajudar. E, sem mais, dispensou-me e desligou, deixando-me sozinha com o medo. Abandonada naquela tempestade, o meu corpo não aguentou o choque e o terror. Perdi o nosso filho, ali, no meio do caos e da água gelada. Mas a crueldade não parou. A família dele, liderada pelo meu sogro Ricardo, ligou a culpar-me, a chamar-me dramática e egoísta, chegando a congelar as nossas contas conjuntas para me forçar a aceitar a "tragédia" em silêncio. A morte do meu bebé era uma "tragédia", mas a minha dor e o abandono de Tiago eram apenas um "circo", segundo eles. Como podiam ser tão frios? Como podiam culpar-me por algo que ele podia ter evitado? Ele escolheu a sua meia-irmã e o cão dela em vez do seu próprio filho? A sua desculpa soava a falso, mas a minha mente estava num nevoeiro de luto e descrença. Eu estava partida, mas não quebrada. A minha tristeza deu lugar a uma raiva gélida e uma determinação de aço. Eles acharam que eu seria silenciada, que a culpa me consumiria. Mas quando a minha mãe encontrou a foto, a verdade chocante veio à tona, revelando a verdadeira face daquele homem e da sua família. O Tiago não estava a "salvar" ninguém; ele estava a divertir-se. Aquela mentira custou-me o meu filho. Agora, ia custar-lhes tudo.

Introdução

Grávida de oito meses, as águas da enchente já batiam na porta do meu carro, aprisionando-me no meio do caos.

A minha mão tremia tanto que mal conseguia segurar o telemóvel, enquanto, desesperada, tentava ligar para o meu marido, Tiago.

Ele era a minha única esperança.

Quando finalmente atendeu, a sua voz soou distante e, pior, irritada.

"O que foi, Clara? Estou ocupado."

Ele disse que não podia vir, que a sua meia-irmã, Laura, tinha torcido o tornozelo e o cão dela quase se afogara, por isso tinha de a ajudar.

E, sem mais, dispensou-me e desligou, deixando-me sozinha com o medo.

Abandonada naquela tempestade, o meu corpo não aguentou o choque e o terror.

Perdi o nosso filho, ali, no meio do caos e da água gelada.

Mas a crueldade não parou.

A família dele, liderada pelo meu sogro Ricardo, ligou a culpar-me, a chamar-me dramática e egoísta, chegando a congelar as nossas contas conjuntas para me forçar a aceitar a "tragédia" em silêncio.

A morte do meu bebé era uma "tragédia", mas a minha dor e o abandono de Tiago eram apenas um "circo", segundo eles.

Como podiam ser tão frios? Como podiam culpar-me por algo que ele podia ter evitado?

Ele escolheu a sua meia-irmã e o cão dela em vez do seu próprio filho?

A sua desculpa soava a falso, mas a minha mente estava num nevoeiro de luto e descrença.

Eu estava partida, mas não quebrada.

A minha tristeza deu lugar a uma raiva gélida e uma determinação de aço.

Eles acharam que eu seria silenciada, que a culpa me consumiria.

Mas quando a minha mãe encontrou a foto, a verdade chocante veio à tona, revelando a verdadeira face daquele homem e da sua família.

O Tiago não estava a "salvar" ninguém; ele estava a divertir-se.

Aquela mentira custou-me o meu filho.

Agora, ia custar-lhes tudo.

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Para Além das Cinzas: O Nosso Amor

Para Além das Cinzas: O Nosso Amor

Moderno

5.0

No quinto aniversário de casamento. Ou, como Tiago fazia questão de lembrar, o aniversário do acidente que ceifou a sua família. Em vez de celebração, iniciava-se mais um capítulo da minha tortura insaciável. Ele, o homem que um dia amei mais que tudo, transformara-se num carrasco implacável. Fui forçada a beber noventa e nove garrafas de vinho, um símbolo macabro da minha "dívida de sangue". Confinada, isolada, humilhada, vi-o dar afetos a Clara, uma mulher escolhida pela semelhança com a Sofia de outrora. Fui submetida a uma cirurgia perigosa para doar um rim a ela, depois de um "acidente" suspeito. O nosso leal cão, Max, o último elo do nosso amor passado, foi cruelmente morto. E o cúmulo da humilhação: fui forçada a engolir as cinzas do meu querido amigo. Arrastada de joelhos, sob a vigilância fria dele, até ao cemitério para proclamar os pecados dos meus pais. A dor física não era nada comparada à exaustão da minha alma. Eu só ansiava pela paz, a paz que só a morte parecia poder oferecer. Cansada de amar, cansada de sofrer, o meu único desejo era que tudo acabasse. Num ato de desespero, atirei-me da Ponte da Arrábida, buscando o abraço gélido do Douro. Mas abri os olhos novamente. E, para meu horror e espanto, estava de volta. Um dia antes do acidente fatídico, com todas as memórias vívidas da minha tortura. O mais chocante? Tiago também se lembrava. Agora, perante esta segunda chance inesperada: escolheríamos o ódio mais uma vez, ou haveria redenção para um amor que se transformara em veneno?

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro