Traição Sob a Chuva

Traição Sob a Chuva

Gavin

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Capítulo

Grávida de nove meses e presa num túnel inundado, com a água a subir rapidamente, liguei ao meu marido, Tiago, a implorar ajuda. Ele era a minha única esperança. Mas a sua voz ríspida e as suas palavras cortaram-me mais do que o frio da água: estava a caminho da casa da sua "melhor amiga", Clara, para salvar o cão dela. Desligou-me na cara. Resgatada pelos bombeiros, acordei no hospital para ouvir as palavras que me gelaram o sangue: "o bebé não sobreviveu". O meu mundo desabou. E Tiago? Ao chegar, a sua única preocupação era o "caos" que enfrentara com Clara, culpando-me e acusando-me de ser "dramática". A sua mãe, Amélia, apoiou-o, defendendo a "pobre da Clara". Mas o golpe final veio quando fui a casa buscar as minhas coisas: encontrei os sapatos vermelhos de Clara, o seu batom, o seu champô na nossa casa de banho. E depois, a revelação pelo meu advogado: ele tinha esvaziado a nossa conta conjunta, transferindo o dinheiro para Clara há meses. Não era um erro; era uma traição planeada, financiada com o dinheiro que poupávamos para o nosso filho. A dor da perda do meu filho era sufocante, mas o nojo e a raiva pela traição contínua dele, pela indiferença total da sua família, e a forma como me culparam consumiram-me. Como foi possível ele escolher o cão de outra mulher em vez do próprio filho? Como puderam culpar-me por algo que ele provocou? A minha barriga vazia ecoava o vazio na minha alma, mas ali, uma fúria gélida começou a crescer. Eu não ia aceitar a vitimização e o controlo deles. Decidi que era o fim. E quando a minha mãe revelou um segredo obscuro do pai de Tiago – que ele tinha arruinado o meu próprio pai para construir o seu império – percebi que esta não era apenas a minha liberdade, era justiça. Eu não queria mais nada deles. Mas agora, já não ia ser rápido e limpo. Agora, ia ser justo.

Introdução

Grávida de nove meses e presa num túnel inundado, com a água a subir rapidamente, liguei ao meu marido, Tiago, a implorar ajuda. Ele era a minha única esperança.

Mas a sua voz ríspida e as suas palavras cortaram-me mais do que o frio da água: estava a caminho da casa da sua "melhor amiga", Clara, para salvar o cão dela. Desligou-me na cara.

Resgatada pelos bombeiros, acordei no hospital para ouvir as palavras que me gelaram o sangue: "o bebé não sobreviveu". O meu mundo desabou. E Tiago? Ao chegar, a sua única preocupação era o "caos" que enfrentara com Clara, culpando-me e acusando-me de ser "dramática". A sua mãe, Amélia, apoiou-o, defendendo a "pobre da Clara".

Mas o golpe final veio quando fui a casa buscar as minhas coisas: encontrei os sapatos vermelhos de Clara, o seu batom, o seu champô na nossa casa de banho. E depois, a revelação pelo meu advogado: ele tinha esvaziado a nossa conta conjunta, transferindo o dinheiro para Clara há meses. Não era um erro; era uma traição planeada, financiada com o dinheiro que poupávamos para o nosso filho.

A dor da perda do meu filho era sufocante, mas o nojo e a raiva pela traição contínua dele, pela indiferença total da sua família, e a forma como me culparam consumiram-me. Como foi possível ele escolher o cão de outra mulher em vez do próprio filho? Como puderam culpar-me por algo que ele provocou? A minha barriga vazia ecoava o vazio na minha alma, mas ali, uma fúria gélida começou a crescer.

Eu não ia aceitar a vitimização e o controlo deles. Decidi que era o fim. E quando a minha mãe revelou um segredo obscuro do pai de Tiago – que ele tinha arruinado o meu próprio pai para construir o seu império – percebi que esta não era apenas a minha liberdade, era justiça. Eu não queria mais nada deles. Mas agora, já não ia ser rápido e limpo. Agora, ia ser justo.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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