Anéis Quebrados, Alma Inteira

Anéis Quebrados, Alma Inteira

Gavin

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Clara e Leo tinham 300.000 euros, o fundo de uma vida para a entrada da casa dos seus sonhos. A vida estava planeada, o futuro parecia seguro. Mas o cheiro intenso de desinfetante no hospital anuncia uma tragédia abrupta: o pai de Clara sofre um enfarte agudo do miocárdio, e a cirurgia vital custa exatamente essa quantia. Clara liga a Leo, esperando apoio, mas a sua resposta gela-lhe o sangue: "Ele já viveu a sua vida." O dinheiro, o nosso dinheiro, já fora prometido à sua irmã para um café. Chocada, Clara vê o marido, a sogra e a cunhada transformarem-se em monstros, que a pressionam para abdicar. No próprio hospital, eles vêm cobrar-lhe, alegando que "a Sofia é sangue do nosso sangue." Como pôde o homem que ela amava ser tão cruel? Como pôde a sua própria família política dar mais valor a um sonho de café falido do que à vida do pai dela, o homem que a criou sozinho? O vazio no peito de Clara era insuportável, um abismo de traição. Seria este o fim de tudo o que ela construiu? Mas Clara não se curvaria. Com as mãos a tremer, mas o espírito inabalável, ela toma uma decisão extrema para salvar a única família verdadeira que lhe restava. Esta traição redefiniria a sua vida, levando-a a um confronto judicial que exporia a verdadeira natureza daqueles que a traíram, e forjaria a sua própria liberdade.

Introdução

Clara e Leo tinham 300.000 euros, o fundo de uma vida para a entrada da casa dos seus sonhos.

A vida estava planeada, o futuro parecia seguro.

Mas o cheiro intenso de desinfetante no hospital anuncia uma tragédia abrupta: o pai de Clara sofre um enfarte agudo do miocárdio, e a cirurgia vital custa exatamente essa quantia.

Clara liga a Leo, esperando apoio, mas a sua resposta gela-lhe o sangue: "Ele já viveu a sua vida."

O dinheiro, o nosso dinheiro, já fora prometido à sua irmã para um café.

Chocada, Clara vê o marido, a sogra e a cunhada transformarem-se em monstros, que a pressionam para abdicar.

No próprio hospital, eles vêm cobrar-lhe, alegando que "a Sofia é sangue do nosso sangue."

Como pôde o homem que ela amava ser tão cruel?

Como pôde a sua própria família política dar mais valor a um sonho de café falido do que à vida do pai dela, o homem que a criou sozinho?

O vazio no peito de Clara era insuportável, um abismo de traição.

Seria este o fim de tudo o que ela construiu?

Mas Clara não se curvaria.

Com as mãos a tremer, mas o espírito inabalável, ela toma uma decisão extrema para salvar a única família verdadeira que lhe restava.

Esta traição redefiniria a sua vida, levando-a a um confronto judicial que exporia a verdadeira natureza daqueles que a traíram, e forjaria a sua própria liberdade.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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