Prisioneira do Passado

Prisioneira do Passado

Gavin

5.0
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Capítulo

O médico entregou-me o relatório da paternidade, os seus olhos cheios de pena. "Sinto muito, Sra. Sofia. O feto não tem relação biológica com o seu marido, o Sr. Miguel." Naquele instante, o mundo desabou sobre mim. Mal sabia eu que o homem com quem estive casada por cinco anos, o Miguel, havia feito o teste de paternidade sem me dizer uma palavra. E o pesadelo estava apenas a começar. Quando o pai biológico do bebé, um ex-namorado do meu passado tumultuado, Leo, reapareceu, a minha vida virou um inferno. Ele soube do aborto e usou a minha traição, e a suposta paternidade do bebé, para me chantagear. Ele ameaçou contar tudo ao Miguel e arruinar a minha reputação. Fui forçada a mudar-me para a casa dele, transformando-me na sua prisioneira pessoal. Viver com Leo era uma tortura constante, ele controlava cada passo meu, cada conversa, até o meu telemóvel. Ele não me tocou fisicamente, mas a sua presença era uma violação, um lembrete constante do meu erro e da sua doentia obsessão. A que ponto de desespero uma mulher chega quando se vê encurralada entre um passado sombrio e um presente infernal? Como posso escapar de um homem que me prende cruelmente, chantagem após chantagem, usando a minha vida como um jogo de vingança? Não havia escolha. Tive de encontrar uma saída, mesmo que tivesse de usar as minhas próprias mãos para derrubar o meu algoz.

Introdução

O médico entregou-me o relatório da paternidade, os seus olhos cheios de pena.

"Sinto muito, Sra. Sofia. O feto não tem relação biológica com o seu marido, o Sr. Miguel."

Naquele instante, o mundo desabou sobre mim.

Mal sabia eu que o homem com quem estive casada por cinco anos, o Miguel, havia feito o teste de paternidade sem me dizer uma palavra.

E o pesadelo estava apenas a começar.

Quando o pai biológico do bebé, um ex-namorado do meu passado tumultuado, Leo, reapareceu, a minha vida virou um inferno.

Ele soube do aborto e usou a minha traição, e a suposta paternidade do bebé, para me chantagear.

Ele ameaçou contar tudo ao Miguel e arruinar a minha reputação.

Fui forçada a mudar-me para a casa dele, transformando-me na sua prisioneira pessoal.

Viver com Leo era uma tortura constante, ele controlava cada passo meu, cada conversa, até o meu telemóvel.

Ele não me tocou fisicamente, mas a sua presença era uma violação, um lembrete constante do meu erro e da sua doentia obsessão.

A que ponto de desespero uma mulher chega quando se vê encurralada entre um passado sombrio e um presente infernal?

Como posso escapar de um homem que me prende cruelmente, chantagem após chantagem, usando a minha vida como um jogo de vingança?

Não havia escolha.

Tive de encontrar uma saída, mesmo que tivesse de usar as minhas próprias mãos para derrubar o meu algoz.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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