O meu filho, Leo, completou três anos hoje. Preparei o seu bolo preferido, mas ele não o quis. Em vez disso, apontou para a televisão e perguntou com aquela voz inocente: "Mãe, porque é que o pai não vem para o meu aniversário?" Na tela, o meu marido Miguel, o "Jogador Mais Valioso", sorria, cercado pela sua agente Sofia, que o olhava com admiração. Liguei-lhe, esperando uma palavra, um mínimo de atenção. Mas a sua voz transbordava impaciência: "Estou ocupado. O que se passa? Não posso sair a meio da cerimónia de prémios!" Ele desligou, sem me dar tempo de responder, enquanto a Sofia o apressava no fundo. Minutos depois, a mensagem da minha sogra chegou: "Ana, o que se passa com o Miguel? A Sofia disse que o perturbaste antes do discurso dele!" "Sensata?" perguntei-me, a tremer. Há três anos que eu sou a esposa 'sensata', a 'compreensiva', que desistiu de tudo pela sua carreira e família. Mas o que recebi em troca foi apenas indiferença e acusações. Miguel, preso na sua bolha de fama e ego, esqueceu-se que tinha uma família à espera. "O pai está sempre ocupado," murmurou o Leo, os seus olhos cheios de desilusão. "Mais importante do que eu?" ele perguntou, as lágrimas a inundarem o seu rosto inocente. Naquele instante, o meu coração partiu-se em mil pedaços, mas uma decisão tomou forma. Ele precisava de um pai presente, não de um herói na televisão. Peguei no telemóvel e enviei a mensagem que mudaria as nossas vidas. "Miguel, vamos divorciar-nos." Ele riu, furioso: "Estás louca? O Leo precisa de um pai!" Sim, mas de um pai que se lembre do seu aniversário. E eu, Ana, estava de volta. Estava pronta para lutar por nós.
O meu filho, Leo, completou três anos hoje.
Preparei o seu bolo preferido, mas ele não o quis.
Em vez disso, apontou para a televisão e perguntou com aquela voz inocente: "Mãe, porque é que o pai não vem para o meu aniversário?"
Na tela, o meu marido Miguel, o "Jogador Mais Valioso", sorria, cercado pela sua agente Sofia, que o olhava com admiração.
Liguei-lhe, esperando uma palavra, um mínimo de atenção.
Mas a sua voz transbordava impaciência: "Estou ocupado. O que se passa? Não posso sair a meio da cerimónia de prémios!"
Ele desligou, sem me dar tempo de responder, enquanto a Sofia o apressava no fundo.
Minutos depois, a mensagem da minha sogra chegou: "Ana, o que se passa com o Miguel? A Sofia disse que o perturbaste antes do discurso dele!"
"Sensata?" perguntei-me, a tremer.
Há três anos que eu sou a esposa 'sensata', a 'compreensiva', que desistiu de tudo pela sua carreira e família.
Mas o que recebi em troca foi apenas indiferença e acusações.
Miguel, preso na sua bolha de fama e ego, esqueceu-se que tinha uma família à espera.
"O pai está sempre ocupado," murmurou o Leo, os seus olhos cheios de desilusão.
"Mais importante do que eu?" ele perguntou, as lágrimas a inundarem o seu rosto inocente.
Naquele instante, o meu coração partiu-se em mil pedaços, mas uma decisão tomou forma.
Ele precisava de um pai presente, não de um herói na televisão.
Peguei no telemóvel e enviei a mensagem que mudaria as nossas vidas.
"Miguel, vamos divorciar-nos."
Ele riu, furioso: "Estás louca? O Leo precisa de um pai!"
Sim, mas de um pai que se lembre do seu aniversário.
E eu, Ana, estava de volta. Estava pronta para lutar por nós.
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