O Preço da Fúria: O Retorno da Esposa Rejeitada

O Preço da Fúria: O Retorno da Esposa Rejeitada

Gavin

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Capítulo

No dia do nosso aniversário de casamento, o meu marido João deu-me um presente. Eram papéis de divórcio. A assinatura dele já estava lá, preta e nítida. O seu nome parecia zombar de mim. "Assina, Lúcia. Estou farto," ele disse, com a voz desprovida de qualquer emoção. Farto desta casa, farto do teu cheiro a hospital, farto de ter de cuidar do teu pai, que estava a morrer. E então, João, o meu marido, revelou o verdadeiro motivo e culpada pela nossa ruptura: a Sofia. A mulher que ele nunca esqueceu, a ex-namorada que necessitava da sua proteção, enquanto eu, disse ele, era "forte". Aceitei a sua decisão, e apenas dois dias depois, o meu pai veio a falecer. Liguei para o João, a única pessoa que eu pensava que ainda me restava. A chamada foi para o voicemail. Ele nunca ligou de volta. No funeral do meu pai, João finalmente apareceu. Mas não veio sozinho. Ele trouxe a Sofia. Diante do caixão do meu pai, enquanto ela o abraçava possessivamente, percebi a profundidade da traição. A ironia foi cruel: o meu pai tinha-o nomeado co-beneficiário do seu seguro de vida. João, através da sua advogada, ofereceu abdicar da sua parte do dinheiro do meu pai em troca de eu não pedir pensão de alimentos. Recusei tudo. Não queria nada que viesse dele, nem indiretamente. Mas a maior revelação veio depois: encontrei cartas que a Sofia lhe tinha escrito. Lúcia, eu não era a mulher dele. Eu era o obstáculo. Como pude eu, que o amei com tudo o que tinha, ter sido tão cega a ponto de não ver a traição óbvia? Como pude eu ter permitido que fizessem de mim um escudo para se protegerem da verdade e da culpa? A raiva e a dor borbulhavam, mas não eram lágrimas. Eram o combustível para um novo tipo de vingança. Porque o que eles tiraram de mim, a justiça exigiria que pagassem, e caro. Então, mudei a minha aparência e candidatei-me a uma vaga na empresa de catering da Sofia. Eles não me reconheceram. A minha vingança não ia ser um ato impulsivo. Ia ser fria, calculada e devastadora. E eu sabia exatamente como o fazer.

Introdução

No dia do nosso aniversário de casamento, o meu marido João deu-me um presente.

Eram papéis de divórcio.

A assinatura dele já estava lá, preta e nítida. O seu nome parecia zombar de mim.

"Assina, Lúcia. Estou farto," ele disse, com a voz desprovida de qualquer emoção.

Farto desta casa, farto do teu cheiro a hospital, farto de ter de cuidar do teu pai, que estava a morrer.

E então, João, o meu marido, revelou o verdadeiro motivo e culpada pela nossa ruptura: a Sofia.

A mulher que ele nunca esqueceu, a ex-namorada que necessitava da sua proteção, enquanto eu, disse ele, era "forte".

Aceitei a sua decisão, e apenas dois dias depois, o meu pai veio a falecer.

Liguei para o João, a única pessoa que eu pensava que ainda me restava.

A chamada foi para o voicemail. Ele nunca ligou de volta.

No funeral do meu pai, João finalmente apareceu.

Mas não veio sozinho.

Ele trouxe a Sofia.

Diante do caixão do meu pai, enquanto ela o abraçava possessivamente, percebi a profundidade da traição.

A ironia foi cruel: o meu pai tinha-o nomeado co-beneficiário do seu seguro de vida.

João, através da sua advogada, ofereceu abdicar da sua parte do dinheiro do meu pai em troca de eu não pedir pensão de alimentos.

Recusei tudo. Não queria nada que viesse dele, nem indiretamente.

Mas a maior revelação veio depois: encontrei cartas que a Sofia lhe tinha escrito.

Lúcia, eu não era a mulher dele. Eu era o obstáculo.

Como pude eu, que o amei com tudo o que tinha, ter sido tão cega a ponto de não ver a traição óbvia?

Como pude eu ter permitido que fizessem de mim um escudo para se protegerem da verdade e da culpa?

A raiva e a dor borbulhavam, mas não eram lágrimas.

Eram o combustível para um novo tipo de vingança.

Porque o que eles tiraram de mim, a justiça exigiria que pagassem, e caro.

Então, mudei a minha aparência e candidatei-me a uma vaga na empresa de catering da Sofia.

Eles não me reconheceram.

A minha vingança não ia ser um ato impulsivo.

Ia ser fria, calculada e devastadora.

E eu sabia exatamente como o fazer.

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Romance

5.0

O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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