A Promessa Quebrada

A Promessa Quebrada

Gavin

5.0
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Capítulo

Na noite em que fui nomeada melhor designer do ano, o meu marido, Pedro, não apareceu. Em vez disso, ele estava a celebrar o aniversário da sua ex-namorada, Sofia, que publicou uma foto deles abraçados, com a legenda "Obrigada, meu amor, por estares sempre aqui para mim". Enquanto eu segurava o meu troféu pesado, ele atendeu o meu telefonema, misturado com risos, impaciente e frio, e desligou-me na cara. Pouco depois, uma mensagem anónima confirmou o meu pior medo: "Não sabes? O pai da Sofia tem cancro terminal. O Pedro prometeu cuidar dela para sempre." Senti o meu mundo desmoronar-se, percebendo que a sua promessa de "amigo" era, na verdade, uma dedicação vitalícia, e eu, a sua esposa, era apenas um estorvo. Quando ele finalmente chegou a casa, depois da meia-noite, eu já tinha a mala feita. "Pedro, vamos divorciar-nos." As suas ações gritaram a verdade que ele negava: eu era sempre a segunda opção. Recusou-se a assinar os papéis, e a minha sogra, Ana, e o meu sogro, Tiago, tentaram interceder, pintando-o como uma vítima. Até a minha própria mãe, numa ligação rara e cheia de críticas, disse que eu estava a cometer um erro e que eu ficaria 'presa' como ela. Mas o divórcio não era um erro; era a minha libertação. Depois de anos a lutar sozinha por um casamento onde nunca fui prioridade, e enfrentando a hipocrisia de todos, percebi que não se pode lutar sozinho. "Não estou a deitar fora [cinco anos da minha vida]. Estou a recuperá-los." Foi nesse momento, sentindo-me completamente sozinha, que decidi que tinha de ser o suficiente. E por isso, levei-o a tribunal.

Introdução

Na noite em que fui nomeada melhor designer do ano, o meu marido, Pedro, não apareceu.

Em vez disso, ele estava a celebrar o aniversário da sua ex-namorada, Sofia, que publicou uma foto deles abraçados, com a legenda "Obrigada, meu amor, por estares sempre aqui para mim".

Enquanto eu segurava o meu troféu pesado, ele atendeu o meu telefonema, misturado com risos, impaciente e frio, e desligou-me na cara.

Pouco depois, uma mensagem anónima confirmou o meu pior medo: "Não sabes? O pai da Sofia tem cancro terminal. O Pedro prometeu cuidar dela para sempre."

Senti o meu mundo desmoronar-se, percebendo que a sua promessa de "amigo" era, na verdade, uma dedicação vitalícia, e eu, a sua esposa, era apenas um estorvo.

Quando ele finalmente chegou a casa, depois da meia-noite, eu já tinha a mala feita.

"Pedro, vamos divorciar-nos."

As suas ações gritaram a verdade que ele negava: eu era sempre a segunda opção.

Recusou-se a assinar os papéis, e a minha sogra, Ana, e o meu sogro, Tiago, tentaram interceder, pintando-o como uma vítima.

Até a minha própria mãe, numa ligação rara e cheia de críticas, disse que eu estava a cometer um erro e que eu ficaria 'presa' como ela.

Mas o divórcio não era um erro; era a minha libertação.

Depois de anos a lutar sozinha por um casamento onde nunca fui prioridade, e enfrentando a hipocrisia de todos, percebi que não se pode lutar sozinho.

"Não estou a deitar fora [cinco anos da minha vida]. Estou a recuperá-los."

Foi nesse momento, sentindo-me completamente sozinha, que decidi que tinha de ser o suficiente.

E por isso, levei-o a tribunal.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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