Quando o Amor Vira Cinzas: A Ascensão de Ana

Quando o Amor Vira Cinzas: A Ascensão de Ana

Gavin

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Capítulo

Quando acordei no hospital, apenas o bip do monitor cardíaco quebrava o silêncio. A dor da perda do meu bebé era insuportável. Peguei no telemóvel para ligar ao Pedro, mas o Instagram revelou a verdade: Uma foto da cunhada Sofia, radiante, com um novo cão, agradecendo ao meu marido por tê-lo ido buscar. O post? De oito horas antes. A hora exata em que eu estava a sangrar na ambulância. Liguei-lhe, a voz quebrada: "Pedro, perdemos o bebé." Houve um silêncio, seguido da pergunta: "Mas e tu? Estás bem, certo?" A voz da Sofia ecoou ao fundo: "Pedro! Esqueceste-te da comida especial do Floco! Volta aqui!" Ele tinha-me abandonado na pior hora da minha vida, para ir buscar um cão para a irmã. A minha sogra e a Sofia apareceram no hospital, mas sem compaixão. "Estás a ser dramática. Perder um bebé acontece. A Sofia é que é sensível, este stress não lhe faz bem." Eles trataram-me como uma estranha, uma inconveniente. Como pude amar alguém tão frio, tão cego pelo amor pela irmã e pela família de origem? Aquele homem que jurou amar-me e proteger-me não existia. A raiva substituiu a dor. Naquele momento, enquanto eles tentavam continuar a pintar-me como a vilã, prometi a mim mesma que eles iriam pagar por cada lágrima. Não me iam quebrar. Eu ia reconstruir a minha vida, e eles iriam assistir à minha ascensão. Começaria pelo divórcio.

Introdução

Quando acordei no hospital, apenas o bip do monitor cardíaco quebrava o silêncio.

A dor da perda do meu bebé era insuportável.

Peguei no telemóvel para ligar ao Pedro, mas o Instagram revelou a verdade:

Uma foto da cunhada Sofia, radiante, com um novo cão, agradecendo ao meu marido por tê-lo ido buscar.

O post? De oito horas antes.

A hora exata em que eu estava a sangrar na ambulância.

Liguei-lhe, a voz quebrada: "Pedro, perdemos o bebé."

Houve um silêncio, seguido da pergunta: "Mas e tu? Estás bem, certo?"

A voz da Sofia ecoou ao fundo: "Pedro! Esqueceste-te da comida especial do Floco! Volta aqui!"

Ele tinha-me abandonado na pior hora da minha vida, para ir buscar um cão para a irmã.

A minha sogra e a Sofia apareceram no hospital, mas sem compaixão.

"Estás a ser dramática. Perder um bebé acontece. A Sofia é que é sensível, este stress não lhe faz bem."

Eles trataram-me como uma estranha, uma inconveniente.

Como pude amar alguém tão frio, tão cego pelo amor pela irmã e pela família de origem?

Aquele homem que jurou amar-me e proteger-me não existia.

A raiva substituiu a dor.

Naquele momento, enquanto eles tentavam continuar a pintar-me como a vilã, prometi a mim mesma que eles iriam pagar por cada lágrima.

Não me iam quebrar.

Eu ia reconstruir a minha vida, e eles iriam assistir à minha ascensão.

Começaria pelo divórcio.

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Romance

5.0

Meu maior arrependimento nesta vida foi amar Ricardo Almeida, meu padrinho e o melhor amigo dos meus pais. Ele me acolheu quando fiquei órfã aos dez anos e prometeu me proteger, ser como uma filha. Eu o amava secretamente, o via como meu porto seguro. Cheguei a doar parte do meu fígado para salvá-lo de um acidente terrível. Mas um beijo meu, dado em um impulso adolescente enquanto me recuperava da cirurgia, mudou tudo. Seus olhos, antes quentes, tornaram-se frios como gelo, e suas palavras raras e cortantes. Então, Laura Bastos, sua noiva, surgiu, uma "dama de porcelana", mas seus rins falharam e eu era a única compatível. Ele, novamente, me pressionou para doar. Eu recusei, meu corpo ainda exausto da doação anterior. Laura morreu. E a vingança de Ricardo foi um pesadelo indizível. Ele expôs meu diário íntimo, me drogou, permitiu que outros homens me violassem, chamando-me de "suja" com nojo. Por fim, em um acesso de fúria cega, ele me esfaqueou, e eu morri em seus braços. Meu último suspiro foi um lamento silencioso. A dor lancinante da facada, a humilhação pública e a traição... tudo tão vívido. Como pude ser tão tola? Como o homem que jurei amar pôde ser tão cruel? Abri os olhos. O cheiro de antisséptico invadiu minhas narinas. A luz fluorescente do hospital feria minha vista. E lá estava ele, Ricardo, ao lado da minha cama, repetindo o mesmo pedido com a voz que me amaldiçoou: "Laura precisa de você. Por favor, salve a vida dela." Eu renasci. Voltei ao momento crucial. Desta vez, aquele amor idiota estava morto e enterrado. Minha liberdade seria minha única moeda de troca.

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