A Gaiola Dourada Partida

A Gaiola Dourada Partida

Gavin

5.0
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Capítulo

O telefone tocou, quebrando o silêncio que eu tinha finalmente encontrado. Pensei que a minha fuga daquela gaiola dourada, o meu casamento arranjado, me tinha concedido a liberdade. Mas era Pedro, o meu marido, exigindo que eu voltasse para casa. A minha família, os mesmos que me venderam, começaram a implorar, a manipular. Diziam que o meu pai, o homem que me sacrificou por dinheiro, estava a morrer. Que ele precisava de mim. Por um breve instante, achei que tinha escapado. Consegui um trabalho simples, uma vida anónima numa nova cidade. Mas a paz foi brutalmente quebrada. O meu meio-irmão apareceu, depois a minha madrasta, e então Pedro. Ele não pediu, ele ameaçou. E, numa noite de terror, ele invadiu o meu quarto de hotel e arrastou-me de volta à força. Fui lançada de novo para a minha prisão, com a porta trancada por fora. Como puderam eles fazer isto? Como puderam exigir tanto, depois de me terem roubado tudo? Quando o meu pai moribundo me pediu perdão, as suas palavras não foram as últimas que ele diria. As minhas seriam. Eu não o perdoaria. Enquanto todos choravam a sua morte, eu tinha um segredo guardado. Uma gravação. Não só da sua confissão, mas também das ameaças do meu marido. Preparei-me para a batalha final. E desta vez, não haveria regresso.

Introdução

O telefone tocou, quebrando o silêncio que eu tinha finalmente encontrado.

Pensei que a minha fuga daquela gaiola dourada, o meu casamento arranjado, me tinha concedido a liberdade.

Mas era Pedro, o meu marido, exigindo que eu voltasse para casa.

A minha família, os mesmos que me venderam, começaram a implorar, a manipular.

Diziam que o meu pai, o homem que me sacrificou por dinheiro, estava a morrer.

Que ele precisava de mim.

Por um breve instante, achei que tinha escapado.

Consegui um trabalho simples, uma vida anónima numa nova cidade.

Mas a paz foi brutalmente quebrada.

O meu meio-irmão apareceu, depois a minha madrasta, e então Pedro.

Ele não pediu, ele ameaçou.

E, numa noite de terror, ele invadiu o meu quarto de hotel e arrastou-me de volta à força.

Fui lançada de novo para a minha prisão, com a porta trancada por fora.

Como puderam eles fazer isto?

Como puderam exigir tanto, depois de me terem roubado tudo?

Quando o meu pai moribundo me pediu perdão, as suas palavras não foram as últimas que ele diria.

As minhas seriam.

Eu não o perdoaria.

Enquanto todos choravam a sua morte, eu tinha um segredo guardado.

Uma gravação.

Não só da sua confissão, mas também das ameaças do meu marido.

Preparei-me para a batalha final.

E desta vez, não haveria regresso.

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