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Meu irmão [E.P] Livro I - O Proibido

Meu irmão [E.P] Livro I - O Proibido

ghighiperes

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2
Capítulo

Evan e Elisa sempre foram bom irmão inseparáveis, mas quando o amor que sentia um pelo outro passar dos limites, eles são obrigados a se manter longe, o que não será nada fácil, principalmente para Elisa que ainda estar agarrada aos acontecimentos do passado.

Capítulo 1 De volta ao lar

E L I S A B E T H N A R R A N D O

Era definitivo, eu voltaria para minha casa e não podia esconder minha alegria, veria minha mãe, minha avó, e claro, ele também, a pessoa a qual desde meus quatorze anos escondo um sentimento proibido. Estou do lado de fora da Kindred Souls Centre que mais parecia uma enorme igreja. Segundo a madre Destiny uma escola cristã deve andar junto com a igreja. Ao meu lado está a irmã Dulce, estávamos esperando minha mãe vir me buscar. Olho para a mulher de um metro e cinquenta, gordinha, pele branca e olhos castanhos.

— Estar demorando, você não acha? — Já perdi a conta quantas vezes olhei para o portão de entrada

— Querida — Ela rir. — Acabamos de chegar.

— Desculpe, estou ansiosa demais. — Me equilíbrio nos calcanhares. — Eu definitivamente estou voltando para casa, fazer faculdade e ver todos os dias a minha família, não só finais de semana. — Sorrio nervosa.

Não exatamente todos os finais de semana.

— Eu entendo querida. — Ela acariciou meu meu braço.

Desvio meu olhar quando vejo um carro se aproximando. Era ela, era minha mãe. Irmã Dulce olha na mesma direção que a minha.

— Que Deus te abençoe, te guarde e te oriente pelos caminhos certos. Amém! — Ela faz o sinal da cruz e me abaixo para deixá-la beijar minha testa.

— Amém! — Sorrio para ela.

— Querida!! — Mamãe desce do carro e caminha até mim. Ela estava diferente que até parecia meses que não a via. Pintou o cabelo de loiro e fez um corte estilo bob. — Irmã! — Ela sorrir em cumprimento para irmã Dulce. — Vamos querida? — Volta sua atenção para mim. — Agora é definitivamente. — Ela me abraça.

Olho para dentro do carro.

— Cadê a vovó? O Evan?

— Vai ser surpresa, por isso não vieram. — Ela abre a porta do carona para mim. — Vamos?

Olho para irmã Dulce. Seguro sua mão.

— Vou sentir muito falta de todos vocês, se tive uma boa educação foi graças a vocês. — Eu a abraço. — Adeus!

Entro no carro e mamãe fecha a porta. A observo dar a volta e entrar no banco do motorista, logo saímos dali. Olho para trás, vendo a escola que mais parecia uma igreja e irmã Dulce ficando para trás. A real verdade era que eu estava com um certo medo do mundo, o que ele estará reservando para mim? Meus secretos sentimentos por Evan, eles passariam a ser mais forte agora que terei que conviver com ele até me tornar uma mulher independente? Suspiro. Eu tenho muito medo.

— Querida? Está muito quieta, no que está pensando?

— Eu esperava por esse momento, só não me sinto preparada. — Ela me olha rapidamente. — No internato as irmãs ensinaram isso tão bem e eu sentia que estava preparada, mas agora passando por essa situação, eu não estou.

— Querida, você vai ficar bem, o mundo às vezes é cruel, mas você terá experiências incríveis. E agora que vai começar a faculdade de direito...

Direito, não é o que eu queria, mas mamãe, sempre deixou claro que todas as mulheres da parte de sua família são advogadas e que não deixaria eu quebrar essa tradição. Eu sorrir para ela. O carro chegou pela alameda que levava para a entrega principal da casa. Mamãe estacionou, saiu do carro e abriu a porta para mim.

— De volta ao lar querida.

Entramos em casa e logo no hall de entrada vejo Nanda, elegante como sempre. Ela usava uma blusa branca com um blazer cinza combinando com a saia até o meio dos joelhos e um salto preto, seus cabelo castanho estava preso em um coque com franjão perfeitamente feito e a maquiagem que usava destacava seus olhos verdes.

— Olá Nanda! — A abraço.

Nanda estava a muito tempo nessa casa, me viu crescer, era como se ela fosse minha segunda mãe. Seus abraços eram sempre apertados e demorados.

— Olá querida. É ótimo tê-la de volta! — Saímos do abraço.

— É bom estar de volta definitivamente. — Sorrio.

— Onde está minha mãe e meu filho?

— Mamãe nos interrompe.

— Sra. Julie, eles estão na sala de visitas.

— Obrigada Nanda.

Atravessamos a grande sala e caminhamos para a sala de visitas. E lá estavam eles. Mas minha atenção está apenas nele. Seu cabelo estava bagunçados deixando-o cair nos olhos. Aqueles olhos, escuros e profundos, eram tão penetrantes. Ele usava uma blusa preta, calça jeans apertada e sapato social. Sua barba estava por fazer. Mas sua feição, parece que não teve uma ótima noite, mas mesmo assim ele era uma visão do paraíso, e era meu irmão também. Ele não estava bem, o que tinha acontecido?

— É só ressaca — Diz ele se levantando e vindo até mim. Ele me abraça, mas não sentir sentimento algum naquele abraço. — Foi por você. — Ele sussurra. — Não tenho certeza se estou feliz em ter que te ver todos os dias, pirralha. — Se afasta e força a sorrir.

Ele estava diferente, falava diferente e não estava feliz com a minha volta, logo ele. O que tinha acontecido com o Evan de antes? Minha feição cai, mas sou obrigada a sorrir quando vovó se aproxima me prendendo em um abraço.

— Vovó! — Retribuo seu abraço.

— Julie não me disse que buscaria você, eu teria ido junto. — Ela apoia suas mãos em meus ombros. — A cada dia que se passar, você ficar mais linda — Sorri e beija minha testa.

Evan me encara, atentamente. O que passa na cabeça nele? Evan sempre foi um mistério para mim. Vovó me puxa pelo antebraço fazendo-me sentar ao seu lado no sofá.

— Espero que ainda mantenha sua crença, eu iria adorar ter alguém para ir a missa comigo. Querida você pode pegar essa caixinha pra mim? — Vovó aponta para a mesa atrás da minha mãe.

Mamãe faz o que ela pede.

— Guardei especialmente para você.— Ela abre a caixinha.

Era um terço.

— É lindo, vó! — Ela me entrega o terço.

— Vamos deixar a Elisa tomar um banho e descansar. — Mamãe sugere. — Vai querida.

Me levanto do sofá e caminho para o piso superior. Eu realmente queria tomar um banho. Entro no meu quarto. Está impecável. Caminho até minha escrivaninha e me sento na cadeira. Penduro o terço no espelho. Fito a garota pálida de cabelos castanhos e olhos verdes grandes demais para o rosto que me devolve o olhar. Você consegue ficar longe dele, Elisa. Mordo meu lábio inferior prendendo meu fios longos em um coque mal feito. Se ele estar naquele estado foi por minha causa? Depois de tanto tempo, ele ainda lembra?

Me levanto e me olho de cima a baixo pelo meu reflexo analisando meu uniforme, saia box plissada em água-marinha penduradas até as panturrilhas. Combina com a meia regular e sapatos pretos coloridos e âmbar também água-marinha camisas de mangas compridas, que geralmente são colocadas suavemente nas saias e cobertas com um casaco moderado. Uma gravata que fica bem no meio da minha jaqueta, muitas vezes meio abotoadas, e é pontilhada nas mesmas cores. A jaqueta foi deixada simples e sem decoração. Fico feliz que não precisarei mais usar esse uniforme. Me distraio do meu reflexo quando ouço a porta sendo aberta.

Era ele.

Sinto meu coração bater mais forte e minhas pernas ficarem amolecidas. Estávamos a sós. Ele deu uma rápida observada do lado de fora antes de fechar a porta atrás dele. Engoli em seco. O que ele queria dessa vez?

— Só quero conversar com você. — Ele se aproxima.

Eu não consigo me mover.

— O que aconteceu, a sua volta definitiva e agora que vamos estudar na mesma universidade, mesmo corredor. Isso é estranho.

— Foi você que...

— Sim eu sei, Elisa, e eu não estava no meu melhor estado...

— Como não está agora. Aqui no meu quarto, trazendo aquele momento á tona, o que você acha que vou fazer? Espalhar por toda a universidade que eu... — Aperto os olhos e ainda ele estar lá. — As aulas ainda nem começaram.

— Não podemos deixar isso acontecer novamente, Elisa, apesar de que...

— Fizemos algo muito errado, mas foi muito significativo pra mim. — Desvio o olhar, mas logo o olho de novo.

Ele apenas me olha e dar meia volta para sair do quarto.

— O que você quis dizer que foi por mim que se embebedou ontem?

Ele para com a mão na maçaneta.

— Eu não consigo pensar ou olhar pra você e não lembrar o que aconteceu, nem mesmo muito bêbado. — Abre a porta e a fecha no mesmo instante.

Me apoio na cadeira da penteadeira ainda olhando para o lugar onde ele esteve. Sinto vontade de chorar. Apesar de ter me confessado várias e várias vezes sobre o mesmo assunto, sinto que não fui perdoada. Eu precisava de um banho, agora. Ligo as torneiras da banheira. Tiro meu uniforme e entro na banheira, meu corpo se arrepia com o toque na água. Relaxo meu corpo da banheira. Esse era um dos privilégios que eu não tinha no internato, uma banheira e nem ficar por muito tempo no banho.

Fecho meus olhos. Evan. Posso sentir sua mão acaricia meu rosto e depois adentrando meus fios castanhos. A verdade é que eu não me arrependo do que aconteceu.

— Elisabeth? Elisabeth? — Era Nanda. Ela bateu na porta fazendo-me sobressaltar. — Sua mãe mandou avisar para não se atrasar pro jantar.

— Okay, Nanda.

Me levanto da banheira e pego duas toalhas. Ponho uma na cabeça fazendo um turbante e seco-me às pressas. Mamãe odeia que alguém se atrasse para o jantar, sempre discutia com o papai por conta disso. Uma pena que se separaram. Passei pela porta do banheiro e Nanda ainda estava lá, sentada na cadeira da minha penteadeira educadamente com as pernas cruzadas. Ela se levanta.

— Vem, senta aqui. — Ela puxa a cadeira um pouco mais para trás.

Me sento na cadeira.

A observo pelo espelho tirar a toalha da minha cabeça. Pego a escova e entrego para ela, que começa a pentear meu cabelo com cuidado.

— Eu sempre gostei de fazer isso pra você. — Ela sorrir.

Às vezes eu imaginava Nanda sendo minha mãe, ela é tão carinhosa, diferente da minha verdadeira mãe. Nos destruímos de nossos reflexos quando a porta se abriu. Era minha mãe.

— Ainda estar assim? — Fechou a porta do quarto. — Okay, Nanda, não precisa mais fazer isso, Elisa já sabe pentear os próprios cabelos. — Se aproximou e pegou a escova das mãos de Nanda.

— Mãe!! Nanda sempre penteou meus cabelos, por que não agora?

As mulheres se encararam.

— Não tem problema Elisa. — Nanda sorrir. — É melhor que vá se vestir. — Disse e caminhou para fora do quarto.

Olho para mamãe com reprovação.

Entro no meu closet, pego uma roupa qualquer — Um vestido branco acima dos joelhos — E me visto depressa. Ela nunca foi exatamente carinho comigo e agora vem com seus ataques de ciúmes com Nanda. Saio do closet e ainda ela estar lá, olhando minhas coisas sobre a penteadeira.

— Vamos? — Chamo sua atenção.

— Não vai secar o cabelo? Vem. — Ela indica a cadeira para eu sentar.

Me sento. A observo pegar o secador, ligar na tomada e por no jato morno. Encaro mamãe pelo espelho e por um instante lembro de Evan, tinham os mesmo olhos. Já sinto falta do Evan de antes, sorridente, que sempre me protegia e ciumento, esse Evan está apenas mais misterioso e distante.

— Prontinho. — Mamãe diz. — Agora vamos jantar. — Ela se afasta.

Me levanto da cadeira. Tudo estar tão diferente nesta casa. O que eu perdi? Caminhamos para a sala de jantar e apenas Evan estava sentado a mesa. Me sento na cadeira ao lado de dele e por um segundo estamos nos olhando.

Eu me sentia segura, exatamente onde gostaria de estar. Ao lado dele.

— Elisa? — Saio dos meus desvaneios.

Olho para quem me chamou.

— Sim? — Me ajeito sobre a cadeira ao perceber o que tinha acontecido.

Como vou me controlar?

— Sua comida, a empregada quer servir. — Diz mamãe.

Olho para Deise, que apenas sorrir.

— Desculpe. — A deixo me servir. — Cadê a vovó?

— Não estar se sentindo bem hoje. — Disse mamãe. — Desejou boa noite.

De repente Evan se levanta.

— Querido, onde vai?

— Já terminei, vou sair com Sebastian. — Joga o guardanapo em cima da mesa. — Boa noite!

Eu o observo até desaparecer do meu campo de vista.

— Evan está estranho ultimamente, eu achei que ele fosse adorar a ideia de você voltar pra casa, mas parece que não ficou muito feliz.

E não ficou, mamãe.

Olho para ela e finjo não me importar com o que acabará de dizer. Como minha comida sem apetite.

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