Vingança Dança: Um Amor Perdido

Vingança Dança: Um Amor Perdido

Gavin

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Capítulo

O cheiro de fumaça queimava minhas narinas, e os gritos enchiam o ar. Pedro, com sua voz desesperada, tentou me arrastar para longe da oficina de arte em chamas, não para me salvar, mas para que pudesse entrar e resgatar Sofia. Na minha vida passada, eu o impedi desesperadamente, me jogando em sua frente, e fui esmagada por uma viga em chamas. Aquele ato de amor custou-me minhas pernas, meu futuro como dançarina de samba e uma vida inteira de miséria em uma cadeira de rodas. Pedro me odiava, me culpava pela "morte" de Sofia, e meus pais, cegos por favoritismo, me jogavam aos lobos para proteger a imagem da família. "Você só merece o inferno, Maria Eduarda," ele sussurrava, um veneno que bebi por anos. Mas desta vez, algo dentro de mim estava diferente. Frio. Duro. Inquebrável. Abri os olhos. A dor e a escuridão daquela primeira vida inundaram minha mente em um flash, e eu soube: não era um despertar normal; eu estava de volta ao dia do incêndio. Percebi a farsa de Pedro, sua obsessão por Sofia, e o fato de que ele nunca me amou de verdade. Ele ama a ideia de ser o herói de Sofia. Então, com um sorriso gelado, minhas mãos relaxaram. Eu o soltei. "Vá", eu disse, calma e clara, enquanto Pedro corria para as chamas, sem olhar para trás. Ele ainda não sabia, mas seu inferno estava apenas começando, e eu seria a roteirista.

Introdução

O cheiro de fumaça queimava minhas narinas, e os gritos enchiam o ar.

Pedro, com sua voz desesperada, tentou me arrastar para longe da oficina de arte em chamas, não para me salvar, mas para que pudesse entrar e resgatar Sofia.

Na minha vida passada, eu o impedi desesperadamente, me jogando em sua frente, e fui esmagada por uma viga em chamas.

Aquele ato de amor custou-me minhas pernas, meu futuro como dançarina de samba e uma vida inteira de miséria em uma cadeira de rodas.

Pedro me odiava, me culpava pela "morte" de Sofia, e meus pais, cegos por favoritismo, me jogavam aos lobos para proteger a imagem da família.

"Você só merece o inferno, Maria Eduarda," ele sussurrava, um veneno que bebi por anos.

Mas desta vez, algo dentro de mim estava diferente. Frio. Duro. Inquebrável.

Abri os olhos.

A dor e a escuridão daquela primeira vida inundaram minha mente em um flash, e eu soube: não era um despertar normal; eu estava de volta ao dia do incêndio.

Percebi a farsa de Pedro, sua obsessão por Sofia, e o fato de que ele nunca me amou de verdade.

Ele ama a ideia de ser o herói de Sofia.

Então, com um sorriso gelado, minhas mãos relaxaram.

Eu o soltei.

"Vá", eu disse, calma e clara, enquanto Pedro corria para as chamas, sem olhar para trás.

Ele ainda não sabia, mas seu inferno estava apenas começando, e eu seria a roteirista.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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