Ele Me Perdeu: As Consequências de Suas Escolhas

Ele Me Perdeu: As Consequências de Suas Escolhas

Gavin

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Capítulo

O cheiro a desinfetante ainda me sufocava no hospital. Acabara de perder o nosso bebé. O Pedro estava ali, a descascar uma maçã, calmo e sem emoção. Ele não mencionou o bebé. Perguntei-lhe porque não atendeu o telefone quando eu sangrava em casa. A resposta dele apunhalou-me. "Eu estava ocupado. A Sofia caiu e magoou o joelho. Levei-a ao hospital." Sofia, a sua "boa amiga", precisava dele mais do que a sua esposa a ter um aborto sozinha? Uma raiva fria gelou o meu corpo. Ele admitiu saber da perda do bebé, mas disse que "ainda éramos jovens e podíamos ter outros" . Como se este bebé não importasse. Como se a minha dor não existisse. Poucos minutos depois, a minha sogra entrou no quarto. Em vez de consolo, ela me atacou impiedosamente. "Que inútil. Nem para segurar um bebé serves." O Pedro permaneceu em silêncio. Nem uma palavra em minha defesa. O meu coração estilhaçou-se. A dor era insuportável, mas a minha voz saiu firme. "Pedro, vamos divorciar-nos." Ele riu, chamando-me de irracional e dramática. Como pude amar um homem tão cego e cruel? Como pudemos chegar a isto? Será que esta era a minha única saída? Decidi. Ele pagaria pelo seu abandono e pelas suas mentiras. Eu iria reconstruir a minha vida, custasse o que custasse.

Introdução

O cheiro a desinfetante ainda me sufocava no hospital.

Acabara de perder o nosso bebé.

O Pedro estava ali, a descascar uma maçã, calmo e sem emoção.

Ele não mencionou o bebé.

Perguntei-lhe porque não atendeu o telefone quando eu sangrava em casa.

A resposta dele apunhalou-me.

"Eu estava ocupado. A Sofia caiu e magoou o joelho. Levei-a ao hospital."

Sofia, a sua "boa amiga", precisava dele mais do que a sua esposa a ter um aborto sozinha?

Uma raiva fria gelou o meu corpo.

Ele admitiu saber da perda do bebé, mas disse que "ainda éramos jovens e podíamos ter outros" .

Como se este bebé não importasse. Como se a minha dor não existisse.

Poucos minutos depois, a minha sogra entrou no quarto.

Em vez de consolo, ela me atacou impiedosamente.

"Que inútil. Nem para segurar um bebé serves."

O Pedro permaneceu em silêncio. Nem uma palavra em minha defesa. O meu coração estilhaçou-se.

A dor era insuportável, mas a minha voz saiu firme.

"Pedro, vamos divorciar-nos."

Ele riu, chamando-me de irracional e dramática.

Como pude amar um homem tão cego e cruel?

Como pudemos chegar a isto?

Será que esta era a minha única saída?

Decidi. Ele pagaria pelo seu abandono e pelas suas mentiras.

Eu iria reconstruir a minha vida, custasse o que custasse.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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