Destinos Cruzados Pelo Engano

Destinos Cruzados Pelo Engano

Gavin

5.0
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11
Capítulo

O cheiro de verniz e madeira antiga é o meu porto seguro, o ritmo da minha vida simples e feliz ao lado dos meus pais adotivos, Roberto e Lúcia. Até que um carro preto luxuoso parou em frente à minha modesta oficina, e uma mulher elegante desceu. Ela olhou para mim de cima a baixo, seus olhos arregalados por algo que eu não entendia. "Eu sou sua mãe. Sua mãe biológica," ela disse, e meu mundo, embora não parasse, nunca mais seria o mesmo. Com a maior calma do mundo, voltei a limpar o meu armário. "A senhora deve estar enganada," eu falei, com a voz firme. "Minha mãe está lá em cima, preparando o almoço." Mas a vulnerabilidade palpável em seu rosto me confirmou que aquilo não era uma piada de mau gosto. Ela me trouxe para uma vida que, supostamente, deveria ter sido minha, mas que me parecia fria e estranha. João, meu pai biológico, me olhou como uma mercadoria e me deu uma ordem: "Seu nome agora será Mariana Albuquerque Martins. Espero que saiba se comportar e não nos envergonhe." "Meu nome é Maria," respondi com calma, mantendo seu olhar. Naquela casa de aparências, a humilhação veio em forma de presentes desiguais: um colar de diamantes para Clara, a filha que João mimava, e uma pulseira barata para mim. Clara, com um sorriso venenoso, me ofereceu o colar dela: "Oh, a sua é tão... simples. Combina com você." Eu peguei a pulseira, senti a qualidade, ou a falta dela, e mostrei a João o quão patético ele era ao tentar me depreciar. "Esta pulseira," eu disse, "é banhada a prata. E de má qualidade... Vale uns cinquenta reais, talvez cem... Eu sei do que estou falando. É o meu trabalho." A primeira batalha havia sido vencida, mas a guerra estava apenas começando. E eu, Maria, estava pronta para lutar por cada pedacinho da minha verdade.

Introdução

O cheiro de verniz e madeira antiga é o meu porto seguro, o ritmo da minha vida simples e feliz ao lado dos meus pais adotivos, Roberto e Lúcia.

Até que um carro preto luxuoso parou em frente à minha modesta oficina, e uma mulher elegante desceu.

Ela olhou para mim de cima a baixo, seus olhos arregalados por algo que eu não entendia.

"Eu sou sua mãe. Sua mãe biológica," ela disse, e meu mundo, embora não parasse, nunca mais seria o mesmo.

Com a maior calma do mundo, voltei a limpar o meu armário.

"A senhora deve estar enganada," eu falei, com a voz firme. "Minha mãe está lá em cima, preparando o almoço."

Mas a vulnerabilidade palpável em seu rosto me confirmou que aquilo não era uma piada de mau gosto.

Ela me trouxe para uma vida que, supostamente, deveria ter sido minha, mas que me parecia fria e estranha.

João, meu pai biológico, me olhou como uma mercadoria e me deu uma ordem: "Seu nome agora será Mariana Albuquerque Martins. Espero que saiba se comportar e não nos envergonhe."

"Meu nome é Maria," respondi com calma, mantendo seu olhar.

Naquela casa de aparências, a humilhação veio em forma de presentes desiguais: um colar de diamantes para Clara, a filha que João mimava, e uma pulseira barata para mim.

Clara, com um sorriso venenoso, me ofereceu o colar dela: "Oh, a sua é tão... simples. Combina com você."

Eu peguei a pulseira, senti a qualidade, ou a falta dela, e mostrei a João o quão patético ele era ao tentar me depreciar.

"Esta pulseira," eu disse, "é banhada a prata. E de má qualidade... Vale uns cinquenta reais, talvez cem... Eu sei do que estou falando. É o meu trabalho."

A primeira batalha havia sido vencida, mas a guerra estava apenas começando.

E eu, Maria, estava pronta para lutar por cada pedacinho da minha verdade.

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Romance

5.0

O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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