A Mulher Esquecida

A Mulher Esquecida

Gavin

5.0
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Capítulo

A festa de gala borbulhava, copos tilintavam e sorrisos falsos adornavam os lábios, mas para Sofia, esposa do magnata da construção Ricardo, tudo era um borrão distante e abafado. Seus olhos fixavam-se em Patrícia, a "musa inspiradora" de seu marido, cujo abraço possessivo em público era um golpe em seu já combalido coração. Todos os olhos estavam neles, e não nela. Naquela noite fatídica, no estacionamento subterrâneo, o terror se instalou quando homens mascarados os cercaram. "O dinheiro ou sua esposa", rosnou um deles. Sofia olhava para Ricardo, um fio tênue de esperança em seu peito partido, afinal, era sua esposa, mãe de sua filha. Mas a decisão dele foi brutal e instantânea: "Levem-na!", ele gritou, empurrando-a para os sequestradores, priorizando Patrícia e seu filho ilegítimo. Abandonada por um ano em um porão úmido, Sofia sobreviveu a torturas físicas e psicológicas. "Seu marido disse que você não vale o resgate", zombavam seus captores. A esperança deu lugar a uma raiva fria e uma sede inabalável de viver. Quando a oportunidade surgiu e ela escapou, o que encontrou não foi um lar em luto, mas uma festa, o batizado do segundo filho de Ricardo com Patrícia, e sua própria filha, Clara, de seis anos, trancada em um canil sujo no escuro. A inocência quebrada de Clara, os hematomas em seu corpo frágil e a confissão "A tia Patrícia disse que o papai não gosta de meninas más", foram a fagulha final. Naquele instante, a esposa submissa morreu. Emergiu uma mãe, sem nada a perder, com uma única certeza avassaladora: ela destruiria Ricardo.

Introdução

A festa de gala borbulhava, copos tilintavam e sorrisos falsos adornavam os lábios, mas para Sofia, esposa do magnata da construção Ricardo, tudo era um borrão distante e abafado.

Seus olhos fixavam-se em Patrícia, a "musa inspiradora" de seu marido, cujo abraço possessivo em público era um golpe em seu já combalido coração. Todos os olhos estavam neles, e não nela.

Naquela noite fatídica, no estacionamento subterrâneo, o terror se instalou quando homens mascarados os cercaram. "O dinheiro ou sua esposa", rosnou um deles.

Sofia olhava para Ricardo, um fio tênue de esperança em seu peito partido, afinal, era sua esposa, mãe de sua filha.

Mas a decisão dele foi brutal e instantânea: "Levem-na!", ele gritou, empurrando-a para os sequestradores, priorizando Patrícia e seu filho ilegítimo.

Abandonada por um ano em um porão úmido, Sofia sobreviveu a torturas físicas e psicológicas. "Seu marido disse que você não vale o resgate", zombavam seus captores.

A esperança deu lugar a uma raiva fria e uma sede inabalável de viver.

Quando a oportunidade surgiu e ela escapou, o que encontrou não foi um lar em luto, mas uma festa, o batizado do segundo filho de Ricardo com Patrícia, e sua própria filha, Clara, de seis anos, trancada em um canil sujo no escuro.

A inocência quebrada de Clara, os hematomas em seu corpo frágil e a confissão "A tia Patrícia disse que o papai não gosta de meninas más", foram a fagulha final.

Naquele instante, a esposa submissa morreu.

Emergiu uma mãe, sem nada a perder, com uma única certeza avassaladora: ela destruiria Ricardo.

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