O Cheiro do Engano

O Cheiro do Engano

Gavin

5.0
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Capítulo

O cheiro de charuto e perfume barato nunca deveria estar junto, mas naquele dia, Ricardo o sentiu no ar do seu pequeno apartamento. Parado à porta, sacola de compras na mão, ele viu Juliana, sua noiva, nos braços de Gustavo, o filho arrogante de um magnata. A sacola caiu, as laranjas rolaram, e Juliana se virou, não com culpa, mas irritação: "Ricardo? O que você está fazendo aqui tão cedo?" Gustavo riu, puxando-a para mais perto, enquanto Ricardo sentia o chão sumir sob seus pés. "Não seja dramático, Ricardo," ela disse, antes de soltar a bomba: "Eu e Gustavo estamos juntos." Aquela revelação, que já era um soco no estômago, se transformou em humilhação pública quando a família dela-mãe, pai, irmão-saiu do quarto, revelando uma emboscada. Eles não só esperavam que Ricardo aceitasse a traição, mas que se casasse com Juliana para encobrir o caso, garantindo a "aliança poderosa" com Gustavo. "Vocês querem que eu seja um 'chifrudo' de fachada?" ele cuspiu, sentindo a dignidade ser pisoteada. Sônia, sua pseudo-sogra, prometeu fortuna, mas Ricardo viu apenas a ambição fria nos olhos de Juliana e a lembrança de todos os seus sacrifícios por eles se transformou em raiva. Ele foi usado como um peão, um investimento, e agora, um obstáculo. Mas o Ricardo ingênuo havia morrido naquele jardim. "Não," ele disse, a voz firme, "Eu não vou fazer parte dessa sua sujeira." Eles o subestimaram. Ele não tinha mais nada a perder. No entanto, a humilhação escalou: Gustavo, com um cruel sorriso, atacou o velho jardineiro André, uma das poucas pessoas que Ricardo estimava. Ao tentar defender André, Ricardo foi espancado pelos seguranças de Gustavo, e Juliana, com um chicote nas mãos, adicionou mais golpes na sua pele já marcada. "Você vai se casar com Juliana. Você vai sorrir para as câmeras. E você vai ficar quieto enquanto eu faço o que eu quiser com ela," Gustavo sibilou. Mas enquanto a dor o abatia, uma nova chama se acendeu: a busca pela verdade de quem realmente era, e uma promessa silenciosa de vingança. Ele não seria um peão. Ele seria um jogador.

Introdução

O cheiro de charuto e perfume barato nunca deveria estar junto, mas naquele dia, Ricardo o sentiu no ar do seu pequeno apartamento.

Parado à porta, sacola de compras na mão, ele viu Juliana, sua noiva, nos braços de Gustavo, o filho arrogante de um magnata.

A sacola caiu, as laranjas rolaram, e Juliana se virou, não com culpa, mas irritação: "Ricardo? O que você está fazendo aqui tão cedo?"

Gustavo riu, puxando-a para mais perto, enquanto Ricardo sentia o chão sumir sob seus pés.

"Não seja dramático, Ricardo," ela disse, antes de soltar a bomba: "Eu e Gustavo estamos juntos."

Aquela revelação, que já era um soco no estômago, se transformou em humilhação pública quando a família dela-mãe, pai, irmão-saiu do quarto, revelando uma emboscada.

Eles não só esperavam que Ricardo aceitasse a traição, mas que se casasse com Juliana para encobrir o caso, garantindo a "aliança poderosa" com Gustavo.

"Vocês querem que eu seja um 'chifrudo' de fachada?" ele cuspiu, sentindo a dignidade ser pisoteada.

Sônia, sua pseudo-sogra, prometeu fortuna, mas Ricardo viu apenas a ambição fria nos olhos de Juliana e a lembrança de todos os seus sacrifícios por eles se transformou em raiva.

Ele foi usado como um peão, um investimento, e agora, um obstáculo.

Mas o Ricardo ingênuo havia morrido naquele jardim.

"Não," ele disse, a voz firme, "Eu não vou fazer parte dessa sua sujeira."

Eles o subestimaram.

Ele não tinha mais nada a perder.

No entanto, a humilhação escalou: Gustavo, com um cruel sorriso, atacou o velho jardineiro André, uma das poucas pessoas que Ricardo estimava.

Ao tentar defender André, Ricardo foi espancado pelos seguranças de Gustavo, e Juliana, com um chicote nas mãos, adicionou mais golpes na sua pele já marcada.

"Você vai se casar com Juliana. Você vai sorrir para as câmeras. E você vai ficar quieto enquanto eu faço o que eu quiser com ela," Gustavo sibilou.

Mas enquanto a dor o abatia, uma nova chama se acendeu: a busca pela verdade de quem realmente era, e uma promessa silenciosa de vingança.

Ele não seria um peão.

Ele seria um jogador.

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Oito anos de casamento. No dia do nosso aniversário, Pedro Silva me presenteou com novecentas e noventa e nove rosas vermelhas, quase sufocando a sala com seu perfume. Qualquer outra mulher choraria de emoção, mas meu coração estava frio como uma pedra de gelo, afinal, eu acabara de receber alta do hospital após uma cirurgia. Disquei o número dele e uma jovem atendeu, a voz de Ana, sua secretária, chorosa e acusatória: "Dona Silva... me desculpe... foi tudo culpa minha." Ao fundo, a voz de Pedro, terna e consoladora: "Não chore, não foi culpa sua. Fique tranquila, eu resolvo." Minutos depois, ele finalmente atendeu, mas sua voz era fria, desprovida de qualquer afeto: "O que você quer?" Foi então que a bomba explodiu: "Pedro, vamos nos divorciar." Ele não hesitou, apenas respondeu com uma indiferença cortante: "Como você deseja." E desligou. Naquela noite, o cheiro de álcool caro e o perfume feminino de Ana impregnavam seu terno. Ele se sentou ao meu lado, oferecendo uma bolsa de grife como um suborno por sua ausência. Eu o confrontei diretamente: "Você está tendo um caso com a Ana?" Ele negou, desdenhando da minha desconfiança, me acusando de ser amarga, de afastar até nosso filho. A humilhação de ter sido impedida de buscar João na escola por sua ordem, porque "eu faria uma cena", ainda ardia. Ele se inflamou em raiva, gritando que eu não sabia "ser a esposa de Pedro Silva", que eu o envergonhava. Em meio à fúria dele, uma clareza fria me atingiu: não havia mais dor, apenas um vazio profundo. Então, com a voz mais calma e firme que consegui reunir, revelei a verdade que o mergulhou no mais absoluto silêncio: "Eu tive um aborto espontâneo hoje."

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