Destino Quebrado

Destino Quebrado

Gavin

5.0
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Capítulo

O telefone tocou, cortando o silêncio pesado da minha casa humilde. Era o hospital, informando que meu filho, Felipe, havia sofrido um acidente fatal enquanto fazia entregas. Minha mão tremia ao ligar para Sofia, minha esposa, a mãe de Felipe, buscando consolo no caos, mas ela recusou minha chamada, ocupada demais com seus "bicos" . Finalmente, ela atendeu, impaciente, e ao ouvir sobre Felipe, sua única preocupação foi: "Ele se meteu em encrenca de novo? Não tenho dinheiro para fiança." Foi um golpe mais doloroso que a própria tragédia. Minha companheira de vinte anos, a mulher com quem dividi suores e sonhos, estava em algum lugar celebrando, distante e fria, enquanto nosso filho jazia sem vida. No funeral, ela não apareceu; vi seu carro de luxo, o motorista Marcos e o filho dele, Lucas, passando pela entrada, e o pneu esmagando a única rosa vermelha que deixei para meu filho, num doloroso símbolo de sua indiferença. A dor da perda mesclou-se à amargura quando, entre os pertences de Felipe, encontrei o dossiê da verdade: extratos bancários de uma conta secreta com milhares de reais, fotos de Sofia, Marcos e Lucas sorrindo em praias e restaurantes caros, e a carta de aceitação de Felipe para a universidade, com bolsa integral. Meu filho, que sonhava em ser engenheiro, estava se matando em trabalhos extras para sustentar a farsa dela, para comprar para ela presentes que ela nunca precisou, enquanto ela financiava a vida de luxo de outra família. Com a raiva e dor me consumindo, descobri que eu também estava doente, com poucos meses de vida. Sofia apareceu com papéis de divórcio, revelando que meu dinheiro estava bancando o luxo dela, e que o filho dela, Lucas, era o culpado pelo acidente de Felipe. Eu podia aceitar o destino, mas não a hipocrisia; eu não morreria para purificar a consciência dela. Minha vingança seria viver em seu inferno particular, sem mim, sem nosso filho, mas com a culpa eterna corroendo sua alma.

Introdução

O telefone tocou, cortando o silêncio pesado da minha casa humilde.

Era o hospital, informando que meu filho, Felipe, havia sofrido um acidente fatal enquanto fazia entregas.

Minha mão tremia ao ligar para Sofia, minha esposa, a mãe de Felipe, buscando consolo no caos, mas ela recusou minha chamada, ocupada demais com seus "bicos" .

Finalmente, ela atendeu, impaciente, e ao ouvir sobre Felipe, sua única preocupação foi: "Ele se meteu em encrenca de novo? Não tenho dinheiro para fiança." Foi um golpe mais doloroso que a própria tragédia.

Minha companheira de vinte anos, a mulher com quem dividi suores e sonhos, estava em algum lugar celebrando, distante e fria, enquanto nosso filho jazia sem vida.

No funeral, ela não apareceu; vi seu carro de luxo, o motorista Marcos e o filho dele, Lucas, passando pela entrada, e o pneu esmagando a única rosa vermelha que deixei para meu filho, num doloroso símbolo de sua indiferença.

A dor da perda mesclou-se à amargura quando, entre os pertences de Felipe, encontrei o dossiê da verdade: extratos bancários de uma conta secreta com milhares de reais, fotos de Sofia, Marcos e Lucas sorrindo em praias e restaurantes caros, e a carta de aceitação de Felipe para a universidade, com bolsa integral.

Meu filho, que sonhava em ser engenheiro, estava se matando em trabalhos extras para sustentar a farsa dela, para comprar para ela presentes que ela nunca precisou, enquanto ela financiava a vida de luxo de outra família.

Com a raiva e dor me consumindo, descobri que eu também estava doente, com poucos meses de vida.

Sofia apareceu com papéis de divórcio, revelando que meu dinheiro estava bancando o luxo dela, e que o filho dela, Lucas, era o culpado pelo acidente de Felipe.

Eu podia aceitar o destino, mas não a hipocrisia; eu não morreria para purificar a consciência dela.

Minha vingança seria viver em seu inferno particular, sem mim, sem nosso filho, mas com a culpa eterna corroendo sua alma.

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Romance

5.0

O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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