Sem Raiva, Sem Pena: Vazio

Sem Raiva, Sem Pena: Vazio

Gavin

5.0
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Capítulo

Meu pai armou para que eu me casasse com Pedro Costa, o herdeiro da fazenda vizinha. Eu o amava, um amor ingênuo de adolescente, e a tola em mim acreditava que, um dia, ele me amaria também. Mas Pedro, um homem frio e calculista, aceitou o casamento arranjado apenas para evitar um escândalo, e logo depois, partiu para a Europa, vivendo sua vida como se eu e nossa fazenda não existíssemos. Três anos de espera solitária, três anos criando sozinha nossa filha, Clara, alimentando a ilusão de que o retorno dele mudaria tudo. Até que, um dia, recebi o vídeo. Pedro, o "marido ausente", na Europa, não estava sozinho; o sorriso charmoso que nunca me dedicou era todo para Beatriz, sua ex-namorada, e para Ana, a filha dela. Ele não tinha aversão a germes; ele tinha aversão a mim, à nossa filha. A farsa desmoronou, e a dor me sufocou. Mas o que seria do meu coração ao ver meu marido trazer sua amante e a filha dela para a minha casa, a casa da nossa filha? Como se não bastasse, Pedro a tratava como sua própria filha, enquanto Clara, nossa Clara, era completamente ignorada, invisível aos olhos dele. A crueldade atingiu o ápice quando Ana, mimada, destruiu um desenho de Clara e Pedro, em vez de repreendê-la, se virou para mim e disse: "Ana é só uma criança. Não seja tão dramática, Sofia." A raiva me consumiu, e eu o confrontei, minha voz tremendo: "Pedro, quem é a sua filha? É a Clara ou a Ana?" Com um sorriso desdenhoso, ele respondeu: "Você realmente precisa perguntar?" Aquela insinuação, a negação de nossa filha na frente de todos, pulverizou o que restava do meu coração. Eu era uma tola por ter acreditado em contos de fadas. Peguei Clara nos braços, e, com os olhos secos e a voz firme, declarei: "Eu quero o divórcio." Mas ele riu, zombando da minha dor, acreditando que eu era fraca demais para deixá-lo. Ele não fazia ideia da mulher que ele acabara de criar. Naquela noite, a mesma Beatriz que provocava meu marido em vídeo, me mandou uma mensagem: "Ele me disse ontem à noite que o casamento de vocês foi o maior erro da vida dele. Ele só está esperando o momento certo para se livrar de você." A dúvida se dissipou. Finalmente, eu estava livre. Livre para cortar meus laços, mudar minha aparência, e, com a ajuda de meu pai, sumir do mapa, levando a única pessoa que importava de sua vida, para sempre.

Introdução

Meu pai armou para que eu me casasse com Pedro Costa, o herdeiro da fazenda vizinha.

Eu o amava, um amor ingênuo de adolescente, e a tola em mim acreditava que, um dia, ele me amaria também.

Mas Pedro, um homem frio e calculista, aceitou o casamento arranjado apenas para evitar um escândalo, e logo depois, partiu para a Europa, vivendo sua vida como se eu e nossa fazenda não existíssemos.

Três anos de espera solitária, três anos criando sozinha nossa filha, Clara, alimentando a ilusão de que o retorno dele mudaria tudo.

Até que, um dia, recebi o vídeo.

Pedro, o "marido ausente", na Europa, não estava sozinho; o sorriso charmoso que nunca me dedicou era todo para Beatriz, sua ex-namorada, e para Ana, a filha dela.

Ele não tinha aversão a germes; ele tinha aversão a mim, à nossa filha.

A farsa desmoronou, e a dor me sufocou.

Mas o que seria do meu coração ao ver meu marido trazer sua amante e a filha dela para a minha casa, a casa da nossa filha?

Como se não bastasse, Pedro a tratava como sua própria filha, enquanto Clara, nossa Clara, era completamente ignorada, invisível aos olhos dele.

A crueldade atingiu o ápice quando Ana, mimada, destruiu um desenho de Clara e Pedro, em vez de repreendê-la, se virou para mim e disse: "Ana é só uma criança. Não seja tão dramática, Sofia."

A raiva me consumiu, e eu o confrontei, minha voz tremendo: "Pedro, quem é a sua filha? É a Clara ou a Ana?"

Com um sorriso desdenhoso, ele respondeu: "Você realmente precisa perguntar?"

Aquela insinuação, a negação de nossa filha na frente de todos, pulverizou o que restava do meu coração.

Eu era uma tola por ter acreditado em contos de fadas.

Peguei Clara nos braços, e, com os olhos secos e a voz firme, declarei: "Eu quero o divórcio."

Mas ele riu, zombando da minha dor, acreditando que eu era fraca demais para deixá-lo.

Ele não fazia ideia da mulher que ele acabara de criar.

Naquela noite, a mesma Beatriz que provocava meu marido em vídeo, me mandou uma mensagem: "Ele me disse ontem à noite que o casamento de vocês foi o maior erro da vida dele. Ele só está esperando o momento certo para se livrar de você."

A dúvida se dissipou.

Finalmente, eu estava livre.

Livre para cortar meus laços, mudar minha aparência, e, com a ajuda de meu pai, sumir do mapa, levando a única pessoa que importava de sua vida, para sempre.

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