Mensagem na Madrugada

Mensagem na Madrugada

Gavin

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Capítulo

A tela do celular de Pedro acendeu no escuro, revelando uma mensagem de Clara, sua assistente. "Pedro, você já chegou em casa? Estou com um pouco de medo de ficar sozinha." Era duas da manhã. Essa mensagem, com seu tom e o horário inusitado, plantou uma semente de dúvida no meu coração. Peguei o celular dele, sem senha, e lá estava: inocente na superfície, mas a pontada de desconforto era real. Pedro acordou, me viu com o telefone na mão e, ao ler, dispensou a preocupação com um risinho, chamando-a de "grudenta". Senti a decepção me invadir e, antes que ele protestasse, liguei para ela. "Alô? Pedro?", a voz doce e feminina atendeu. Meu estômago gelou. "Não é o Pedro. É a Ana, a namorada dele", respondi, a voz fria. Houve um silêncio, seguido por um suspiro surpreso e a tentativa de Clara de se explicar. Ela desligou rapidamente. Pedro me olhou com irritação, me acusando de fazer "uma tempestade em copo d'água". Naquele momento, percebi a manipulação, a egoísmo. A ficha caiu: as desculpas, a distância, ele grudado no celular. Tudo se encaixava em uma imagem horrível. Não era mais estresse do trabalho. Era a descoberta de que o homem que eu amava estava me traindo, e a dor e a raiva me varreram. Eu não era mais a Ana que aceitaria mentiras. Com o coração partido e a alma em chamas, jurei que ele pagaria por cada lágrima. O jogo tinha começado, e eu faria as regras.

Introdução

A tela do celular de Pedro acendeu no escuro, revelando uma mensagem de Clara, sua assistente.

"Pedro, você já chegou em casa? Estou com um pouco de medo de ficar sozinha."

Era duas da manhã. Essa mensagem, com seu tom e o horário inusitado, plantou uma semente de dúvida no meu coração.

Peguei o celular dele, sem senha, e lá estava: inocente na superfície, mas a pontada de desconforto era real.

Pedro acordou, me viu com o telefone na mão e, ao ler, dispensou a preocupação com um risinho, chamando-a de "grudenta".

Senti a decepção me invadir e, antes que ele protestasse, liguei para ela.

"Alô? Pedro?", a voz doce e feminina atendeu.

Meu estômago gelou. "Não é o Pedro. É a Ana, a namorada dele", respondi, a voz fria.

Houve um silêncio, seguido por um suspiro surpreso e a tentativa de Clara de se explicar.

Ela desligou rapidamente. Pedro me olhou com irritação, me acusando de fazer "uma tempestade em copo d'água".

Naquele momento, percebi a manipulação, a egoísmo.

A ficha caiu: as desculpas, a distância, ele grudado no celular. Tudo se encaixava em uma imagem horrível.

Não era mais estresse do trabalho.

Era a descoberta de que o homem que eu amava estava me traindo, e a dor e a raiva me varreram.

Eu não era mais a Ana que aceitaria mentiras.

Com o coração partido e a alma em chamas, jurei que ele pagaria por cada lágrima.

O jogo tinha começado, e eu faria as regras.

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5.0

O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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