Minha família estava reunida, mas o cheiro no ar não era de festa, era de pura ganância. João, meu irmão, gesticulava como um rei distribuindo seu império, prometendo quatro apartamentos novinhos após a demolição. "Um pra mãe, claro, outro pra mim e pra Ana, um pro Joãozinho, e o último... que fique para o cachorro!" Seus olhos pararam em mim, Maria. O desprezo era tão palpável que quase podia sentir o gosto amargo na boca. Ana, minha cunhada, e minha mãe, Dona Clara, me olhavam como um inseto. "Tá olhando o quê, Maria? Nem para o cachorro serve pra você morar!", Dona Clara cuspiu, seu dedo em riste. "Inveja não adianta! Deus sabe que você nasceu pra ter uma vida miserável!", Ana emendou. Eu permanecia em silêncio, sentindo o peso daquelas palavras. Foi quando meu celular vibrou. Uma mensagem de Sofia, minha filha, revelava a verdade chocante: a casa a ser demolida era a minha, e os apartamentos, meus por direito. Meu coração deu um salto. O ar que eu não sabia que estava prendendo, soltou-se dos meus pulmões. Um calor familiar começou a subir pelo meu peito, uma sensação que eu não sentia há muito tempo. Meu marido, Pedro, enviou apenas um emoji: um bonequinho relaxando numa cadeira de praia. E uma frase: "De agora em diante, conto com a minha patroa para me sustentar~" Olhei para minha família, ainda me fuzilando com os olhos, esperando uma reação. Demolir? Ah, sim. Deixem eles esperarem para ver o que seria demolido.
Minha família estava reunida, mas o cheiro no ar não era de festa, era de pura ganância.
João, meu irmão, gesticulava como um rei distribuindo seu império, prometendo quatro apartamentos novinhos após a demolição.
"Um pra mãe, claro, outro pra mim e pra Ana, um pro Joãozinho, e o último... que fique para o cachorro!"
Seus olhos pararam em mim, Maria.
O desprezo era tão palpável que quase podia sentir o gosto amargo na boca.
Ana, minha cunhada, e minha mãe, Dona Clara, me olhavam como um inseto.
"Tá olhando o quê, Maria? Nem para o cachorro serve pra você morar!", Dona Clara cuspiu, seu dedo em riste.
"Inveja não adianta! Deus sabe que você nasceu pra ter uma vida miserável!", Ana emendou.
Eu permanecia em silêncio, sentindo o peso daquelas palavras.
Foi quando meu celular vibrou.
Uma mensagem de Sofia, minha filha, revelava a verdade chocante: a casa a ser demolida era a minha, e os apartamentos, meus por direito.
Meu coração deu um salto.
O ar que eu não sabia que estava prendendo, soltou-se dos meus pulmões.
Um calor familiar começou a subir pelo meu peito, uma sensação que eu não sentia há muito tempo.
Meu marido, Pedro, enviou apenas um emoji: um bonequinho relaxando numa cadeira de praia.
E uma frase: "De agora em diante, conto com a minha patroa para me sustentar~"
Olhei para minha família, ainda me fuzilando com os olhos, esperando uma reação.
Demolir? Ah, sim.
Deixem eles esperarem para ver o que seria demolido.
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