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O barulho na cozinha era ensurdecedor, os jurados sérios, mas eu só via as quatro cadeiras vazias na área dos convidados. Minha mãe, meu pai, Daniel, meu irmão, e Lucas, meu noivo, que me prometeram estar na primeira fila da final do "Jovem Talento Culinário". A humilhação ardeu em meu rosto quando, secretamente, abri o Instagram e vi a foto: minha família e Lucas, radiantes no aeroporto, recebendo Clara, minha irmã mais nova. "Finalmente em casa! Surpresa! Melhor recepção do mundo! Amo vocês!", dizia a legenda, postada há uma hora. Eles não esqueceram; ELES ESCOLHERAM. Eu, finalista de um concurso nacional, fui abandonada por todos. Voltei para casa com o troféu de terceiro lugar e encontrei uma festa para Clara, onde ninguém notou minha chegada. Minha mãe disse: "Não seja dramática. Tivemos uma emergência". Meu irmão: "É só um concurso de comida. A família é mais importante". E Lucas, com um suspiro impaciente: "Não estrague o clima". Mas a gota d'água veio no dia seguinte, quando Clara, "acidentalmente", derramou suco em mim, e Lucas me repreendeu. Minha mãe segurou meu braço: "Não até você parar com esse drama!" Naquele momento, algo estalou. Puxei meu braço, olhei para a marca vermelha e entendi: eles me viam como um acessório. Não mais. Lucas ligou, mas sua voz cheia de desculpas baratas e acusações de "ciúmes" apenas confirmou a traição. Quando ele ameaçou nosso noivado, uma calma gelada tomou conta de mim. Peguei a aliança, senti seu peso e percebi: era uma coleira. Eu a tirei. "Não existe mais 'nós', Lucas." Bloqueei a todos. Peguei minha mala, meu caderno preto, e quando minha mãe tentou me impedir na porta, eu disse: "Você perdeu o direito de me chamar de filha há muito tempo". Saí. Não olhei para trás. Para mim, eles não existiam mais.
O barulho na cozinha era ensurdecedor, os jurados sérios, mas eu só via as quatro cadeiras vazias na área dos convidados.
Minha mãe, meu pai, Daniel, meu irmão, e Lucas, meu noivo, que me prometeram estar na primeira fila da final do "Jovem Talento Culinário".
A humilhação ardeu em meu rosto quando, secretamente, abri o Instagram e vi a foto: minha família e Lucas, radiantes no aeroporto, recebendo Clara, minha irmã mais nova.
"Finalmente em casa! Surpresa! Melhor recepção do mundo! Amo vocês!", dizia a legenda, postada há uma hora.
Eles não esqueceram; ELES ESCOLHERAM.
Eu, finalista de um concurso nacional, fui abandonada por todos.
Voltei para casa com o troféu de terceiro lugar e encontrei uma festa para Clara, onde ninguém notou minha chegada.
Minha mãe disse: "Não seja dramática. Tivemos uma emergência".
Meu irmão: "É só um concurso de comida. A família é mais importante".
E Lucas, com um suspiro impaciente: "Não estrague o clima".
Mas a gota d'água veio no dia seguinte, quando Clara, "acidentalmente", derramou suco em mim, e Lucas me repreendeu.
Minha mãe segurou meu braço: "Não até você parar com esse drama!"
Naquele momento, algo estalou.
Puxei meu braço, olhei para a marca vermelha e entendi: eles me viam como um acessório.
Não mais.
Lucas ligou, mas sua voz cheia de desculpas baratas e acusações de "ciúmes" apenas confirmou a traição.
Quando ele ameaçou nosso noivado, uma calma gelada tomou conta de mim.
Peguei a aliança, senti seu peso e percebi: era uma coleira.
Eu a tirei.
"Não existe mais 'nós', Lucas."
Bloqueei a todos.
Peguei minha mala, meu caderno preto, e quando minha mãe tentou me impedir na porta, eu disse: "Você perdeu o direito de me chamar de filha há muito tempo".
Saí.
Não olhei para trás.
Para mim, eles não existiam mais.
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