Memórias Vivas, Amor Eterno

Memórias Vivas, Amor Eterno

Gavin

5.0
Comentário(s)
80
Leituras
23
Capítulo

Três anos atrás, meu amor, Gabriel andava sobre a corda bamba da máfia, um herdeiro orgulhoso e indomável. Eu, Sofia, deveria ser seu anjo da guarda, sua missão: zerar seu "índice de corrupção". Mas o destino é um trapaceiro, e eu o amei de verdade, abandonando-o no auge da nossa paixão, sem uma palavra. Para o sistema, eu era uma desertora; para ele, uma ferida aberta. O sistema implacável narrou seu colapso, sua busca insana, o caos de sua dor. Ele quase morreu, a corrupção disparou. Agora, ele é um tirano ainda mais temido. E eu? Estou de volta, não por amor, mas por desespero e dinheiro, para salvar a pessoa mais importante da minha vida. Minha plateia virtual me bombardeia com desprezo, mas ignoro. A fachada do nosso antigo apartamento, antes gasta, agora é fria, impessoal. A senha, a data em que nos conhecemos, ainda é a mesma, um fio de esperança. Mas o que encontro é um anúncio de venda, meu santuário listado no dia do meu retorno. A esperança murcha, a confusão me invade. Por que, Gabriel? Por que manter a senha e cuidar do cacto, apenas para vender tudo hoje? As palavras da audiência me cortam: "Você é um peão num jogo sádico." Uma risada amarga me escapa: "Se querem um show, terão um show!" Eu farei qualquer coisa por dinheiro. Não vou deixar que vendam nosso apartamento, minha última ligação com o Gabriel que conheci. Ligo para a imobiliária, a voz firme: "Quero comprá-lo." Uma voz suave responde: "Já há um acordo verbal." "Eu cubro qualquer oferta. Pago à vista." A pausa se estende, a voz retorna: "O Sr. Moretti falará pessoalmente." Sr. Moretti! Meu coração dispara. "Ele está a caminho para encontrar a noiva dele aqui." Noiva. A palavra me atinge como um soco. Ele está noivo. Então, sua voz profunda e rouca: "Sofia? Onde você está?" "No apartamento", sussurro. "Não saia daí. Estou indo." O passado me sufoca, o futuro me aguarda.

Introdução

Três anos atrás, meu amor, Gabriel andava sobre a corda bamba da máfia, um herdeiro orgulhoso e indomável.

Eu, Sofia, deveria ser seu anjo da guarda, sua missão: zerar seu "índice de corrupção".

Mas o destino é um trapaceiro, e eu o amei de verdade, abandonando-o no auge da nossa paixão, sem uma palavra.

Para o sistema, eu era uma desertora; para ele, uma ferida aberta.

O sistema implacável narrou seu colapso, sua busca insana, o caos de sua dor.

Ele quase morreu, a corrupção disparou.

Agora, ele é um tirano ainda mais temido.

E eu? Estou de volta, não por amor, mas por desespero e dinheiro, para salvar a pessoa mais importante da minha vida.

Minha plateia virtual me bombardeia com desprezo, mas ignoro.

A fachada do nosso antigo apartamento, antes gasta, agora é fria, impessoal.

A senha, a data em que nos conhecemos, ainda é a mesma, um fio de esperança.

Mas o que encontro é um anúncio de venda, meu santuário listado no dia do meu retorno.

A esperança murcha, a confusão me invade.

Por que, Gabriel? Por que manter a senha e cuidar do cacto, apenas para vender tudo hoje?

As palavras da audiência me cortam: "Você é um peão num jogo sádico."

Uma risada amarga me escapa: "Se querem um show, terão um show!"

Eu farei qualquer coisa por dinheiro.

Não vou deixar que vendam nosso apartamento, minha última ligação com o Gabriel que conheci.

Ligo para a imobiliária, a voz firme: "Quero comprá-lo."

Uma voz suave responde: "Já há um acordo verbal."

"Eu cubro qualquer oferta. Pago à vista."

A pausa se estende, a voz retorna: "O Sr. Moretti falará pessoalmente."

Sr. Moretti! Meu coração dispara.

"Ele está a caminho para encontrar a noiva dele aqui."

Noiva.

A palavra me atinge como um soco.

Ele está noivo.

Então, sua voz profunda e rouca: "Sofia? Onde você está?"

"No apartamento", sussurro.

"Não saia daí. Estou indo."

O passado me sufoca, o futuro me aguarda.

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Renascendo Após o Fim

Renascendo Após o Fim

Romance

5.0

Oito anos de casamento. No dia do nosso aniversário, Pedro Silva me presenteou com novecentas e noventa e nove rosas vermelhas, quase sufocando a sala com seu perfume. Qualquer outra mulher choraria de emoção, mas meu coração estava frio como uma pedra de gelo, afinal, eu acabara de receber alta do hospital após uma cirurgia. Disquei o número dele e uma jovem atendeu, a voz de Ana, sua secretária, chorosa e acusatória: "Dona Silva... me desculpe... foi tudo culpa minha." Ao fundo, a voz de Pedro, terna e consoladora: "Não chore, não foi culpa sua. Fique tranquila, eu resolvo." Minutos depois, ele finalmente atendeu, mas sua voz era fria, desprovida de qualquer afeto: "O que você quer?" Foi então que a bomba explodiu: "Pedro, vamos nos divorciar." Ele não hesitou, apenas respondeu com uma indiferença cortante: "Como você deseja." E desligou. Naquela noite, o cheiro de álcool caro e o perfume feminino de Ana impregnavam seu terno. Ele se sentou ao meu lado, oferecendo uma bolsa de grife como um suborno por sua ausência. Eu o confrontei diretamente: "Você está tendo um caso com a Ana?" Ele negou, desdenhando da minha desconfiança, me acusando de ser amarga, de afastar até nosso filho. A humilhação de ter sido impedida de buscar João na escola por sua ordem, porque "eu faria uma cena", ainda ardia. Ele se inflamou em raiva, gritando que eu não sabia "ser a esposa de Pedro Silva", que eu o envergonhava. Em meio à fúria dele, uma clareza fria me atingiu: não havia mais dor, apenas um vazio profundo. Então, com a voz mais calma e firme que consegui reunir, revelei a verdade que o mergulhou no mais absoluto silêncio: "Eu tive um aborto espontâneo hoje."

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro