O Segredo Mortal do Meu Marido Mafioso

O Segredo Mortal do Meu Marido Mafioso

Gavin

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Capítulo

Por anos, fui a esposa perfeita e silenciosa de Dante Moretti, o Dom da Máfia mais temido de São Paulo. Confundi seus presentes luxuosos com afeto e sua proteção fria com cuidado. Na nonagésima nona vez que pedi o divórcio, ele riu na minha cara. Uma hora depois, sua amante, Isabella, ligou para ele. - Desce - ele ordenou, me abandonando em uma esquina escura na chuva torrencial para que pudesse correr até ela. Enquanto via seu carro blindado desaparecer, finalmente entendi a verdade. Nosso casamento era uma transação, um pacto feito para quitar as dívidas do meu pai. Eu era apenas um tapa-buraco, uma substituta vivendo uma vida projetada para Isabella. Cada presente, cada gesto, era um eco dos gostos dela. Ele nunca me enxergou. Para ele, eu não era sua esposa; era uma posse. Uma obrigação que ele podia descartar quando quisesse. Ele achava que eu era fraca demais, dependente demais para revidar. Acreditava que eu não sobreviveria sem ele. Ele achava que eu iria apenas correr e me esconder. Ele estava errado. Você não escapa de um homem como Dante Moretti. Ele te caçaria até os confins da terra, não por amor, mas por orgulho. Para quebrar um pacto com um Dom, não se pode apenas fugir. É preciso estar preparada para a guerra. E ali, encharcada e abandonada, fiz um novo juramento: eu não iria apenas deixá-lo. Eu iria queimar seu mundo inteiro até as cinzas.

Capítulo 1

Por anos, fui a esposa perfeita e silenciosa de Dante Moretti, o Dom da Máfia mais temido de São Paulo. Confundi seus presentes luxuosos com afeto e sua proteção fria com cuidado.

Na nonagésima nona vez que pedi o divórcio, ele riu na minha cara. Uma hora depois, sua amante, Isabella, ligou para ele.

- Desce - ele ordenou, me abandonando em uma esquina escura na chuva torrencial para que pudesse correr até ela.

Enquanto via seu carro blindado desaparecer, finalmente entendi a verdade. Nosso casamento era uma transação, um pacto feito para quitar as dívidas do meu pai. Eu era apenas um tapa-buraco, uma substituta vivendo uma vida projetada para Isabella. Cada presente, cada gesto, era um eco dos gostos dela.

Ele nunca me enxergou. Para ele, eu não era sua esposa; era uma posse. Uma obrigação que ele podia descartar quando quisesse. Ele achava que eu era fraca demais, dependente demais para revidar. Acreditava que eu não sobreviveria sem ele.

Ele achava que eu iria apenas correr e me esconder. Ele estava errado.

Você não escapa de um homem como Dante Moretti. Ele te caçaria até os confins da terra, não por amor, mas por orgulho. Para quebrar um pacto com um Dom, não se pode apenas fugir. É preciso estar preparada para a guerra. E ali, encharcada e abandonada, fiz um novo juramento: eu não iria apenas deixá-lo. Eu iria queimar seu mundo inteiro até as cinzas.

Capítulo 1

POV Alessia:

Na nonagésima nona vez que pedi o divórcio ao meu marido, ele riu na minha cara.

Uma hora depois, eu estava em uma esquina escura na chuva fria, vendo as luzes traseiras de seu carro blindado desaparecerem na noite, com sua amante segura lá dentro. Foi quando decidi: se não podia deixá-lo, eu queimaria seu império até o chão.

Tudo começou no banco de trás daquele carro, o ar pesado com o cheiro de couro e de seu perfume importado caríssimo.

- Eu quero acabar com o pacto, Dante - eu disse, minha voz baixa, mas firme.

Para um homem como Dante Moretti - o Dom da Famiglia Moretti, o Diabo de São Paulo - isso não era um pedido. Era um insulto. Um desafio à sua autoridade absoluta.

Ele nem sequer olhou para mim. Seu olhar estava fixo na janela manchada de chuva, as luzes da cidade se transformando em borrões de ouro e vermelho.

- Não seja criança, Alessia.

- Não sou criança. Sou sua esposa. E quero que isso acabe.

Uma risada baixa e rouca vibrou em seu peito. Era um som que costumava fazer meu coração disparar. Agora, apenas me dava arrepios. Ele finalmente virou a cabeça, seus olhos escuros, tão vazios e frios quanto uma noite de inverno, pousando em mim. Ele era lindo, do jeito que uma pantera é linda antes de quebrar seu pescoço. Seu poder era algo físico, um peso palpável que esmagava o ar no pequeno espaço do carro. Este era o homem que tinha colocado o Comando do Rio de joelhos com uma única guerra brutal, o homem sobre quem outros Dons sussurravam com medo.

E ele era meu marido.

Seu celular vibrou no console entre nós. O nome na tela brilhava: Isabella.

Sua postura mudou completamente. A indiferença fria derreteu, substituída por um lampejo de algo que um dia confundi com calor.

Ele atendeu.

- Bella - disse ele, sua voz um murmúrio baixo e íntimo.

Eu poderia muito bem ser invisível. Ele ouvia, a testa franzida de preocupação.

- Você está bem?... Não, claro que não. Estou a caminho.

Ele desligou e latiu uma ordem para o motorista. O carro diminuiu a velocidade.

- Desce - ele disse para mim.

Eu o encarei, a chuva lá fora de repente parecendo muito mais fria.

- O quê?

- Eu disse, desce. - Sua voz era seca, desprovida de qualquer emoção. Ele já tinha terminado comigo, sua mente já estava com ela.

O motorista parou em uma esquina escura e vazia. A porta ao meu lado destravou com um clique suave. Uma dispensa. Um julgamento final e físico sobre o meu valor.

Eu não me movi.

Ele suspirou, um som impaciente.

- Alessia, não dificulte as coisas.

- Ela liga, e você me deixa na beira da estrada? - Minha voz tremeu, e eu me odiei por isso.

- Ela precisa de mim.

- E eu não? - A pergunta ficou no ar, patética e fraca.

Ele olhou para mim então - olhou de verdade - e eu vi a verdade em seus olhos. Ele não me via. Ele via uma obrigação. Uma transação. O juramento de sangue que ele fez à sua Nonna moribunda para quitar as dívidas médicas impagáveis do meu pai; o pacto que me tornou sua noiva da máfia, perfeita e silenciosa.

Eu havia me apaixonado desesperadamente por ele. Confundi os presentes luxuosos com afeto, a proteção fria com cuidado. A estufa fortificada que ele construiu para mim, as sessões privadas de filmes clássicos - tudo era uma performance para um fantasma. Eu só descobri a verdade há uma semana, pelo irmão dela, Marco. Cada presente, cada gesto, era um eco dos gostos de Isabella. Eu era apenas uma substituta, um tapa-buraco até que seu antigo amor voltasse.

A lembrança das palavras de Marco, "Ele nunca te viu, Sia. Não a verdadeira você", era uma pedra fria no meu estômago.

Eu saí do carro.

A porta bateu atrás de mim, o som ecoando na rua vazia. O carro blindado partiu sem olhar para trás, me deixando na chuva torrencial. A água encharcou meu vestido fino, colando-o na minha pele. Fiquei ali, tremendo, não de frio, mas da finalidade arrepiante de tudo aquilo.

Meu celular vibrou no meu bolso. Uma mensagem de Marco.

*Ele não te merece. Quando estiver pronta, estou aqui. Vou te tirar daí.*

Eu olhei para a tela, a chuva pingando no vidro. Ele achava que eu queria escapar. Ele estava errado.

Você não escapa de um homem como Dante Moretti. Ele te caçaria até os confins da terra, não por amor, mas por orgulho. Porque eu era dele. Uma posse.

Para quebrar um pacto com um Dom, não se pode apenas fugir.

É preciso estar preparada para a guerra. E ali, encharcada e descartada, percebi que eu estava. Eu não iria apenas deixá-lo; eu queimaria seu mundo até as cinzas.

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