O Segredo do Meu Marido, Minha Guerra Silenciosa

O Segredo do Meu Marido, Minha Guerra Silenciosa

Gavin

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Capítulo

No nosso terceiro aniversário de casamento, a "melhor amiga" do meu marido, Jade, contou para uma sala cheia de gente sobre a noite em que passou beijando uma cicatriz na cintura dele. Meu marido, Júlio, apenas riu. Ele a escolheu, não a mim. Naquela noite, encontrei o grupo secreto deles no WhatsApp. Eles me chamavam de "a mala sem alça". Mas a pior mensagem era de Júlio. Ele confessou que vinha trocando minhas pílulas anticoncepcionais por placebos há um ano, tudo isso enquanto prometia ser doador de esperma para ela. Ele me abraçou enquanto eu chorava pela minha "infertilidade inexplicável", dizendo que eu era tudo o que ele precisava. Era tudo uma mentira doentia e calculada. Na manhã seguinte, ele partiu para a viagem de aniversário dela, esquecendo que também era o meu aniversário. Ele me disse para ficar em casa. Em vez disso, entrei no meu carro e os segui. Eu estava farta de assistir meu casamento morrer. Era hora de queimar o mundo dele até as cinzas.

Capítulo 1

No nosso terceiro aniversário de casamento, a "melhor amiga" do meu marido, Jade, contou para uma sala cheia de gente sobre a noite em que passou beijando uma cicatriz na cintura dele.

Meu marido, Júlio, apenas riu. Ele a escolheu, não a mim.

Naquela noite, encontrei o grupo secreto deles no WhatsApp. Eles me chamavam de "a mala sem alça". Mas a pior mensagem era de Júlio. Ele confessou que vinha trocando minhas pílulas anticoncepcionais por placebos há um ano, tudo isso enquanto prometia ser doador de esperma para ela.

Ele me abraçou enquanto eu chorava pela minha "infertilidade inexplicável", dizendo que eu era tudo o que ele precisava. Era tudo uma mentira doentia e calculada.

Na manhã seguinte, ele partiu para a viagem de aniversário dela, esquecendo que também era o meu aniversário. Ele me disse para ficar em casa.

Em vez disso, entrei no meu carro e os segui. Eu estava farta de assistir meu casamento morrer. Era hora de queimar o mundo dele até as cinzas.

Capítulo 1

Ponto de Vista de Alice Moraes:

A 'melhor amiga' do meu marido me ensinou uma lição valiosa no nosso terceiro aniversário de casamento: um segredo compartilhado entre eles é apenas uma arma que ela ainda não usou contra mim. E hoje à noite, ela decidiu puxar o gatilho.

O tilintar dos copos e as risadas forçadas pareciam uma lixa nos meus nervos à flor da pele. Nosso apartamento, geralmente um santuário de silêncio, estava abarrotado com os amigos de Júlio - um grupo que eu secretamente chamava de "A Turma". Eram um bando de puxa-sacos que orbitavam Júlio, se aquecendo no brilho do sucesso dele, um sucesso que eu financiei com minha herança e uma montanha de dívidas.

"Ok, ok, acalmem-se!", Marcos, o colega de faculdade de Júlio, derramou um pouco de sua cerveja. "Hora de uma rodada de Verdade ou Desafio!"

Um gemido coletivo misturado com aplausos encheu a sala. Eu colei um sorriso no rosto, sentindo o braço de Júlio serpentear pela minha cintura. Ele cheirava a perfume importado caro e ao uísque que ele vinha tomando a noite toda.

A garrafa girou, parando primeiro em uma patricinha risonha, depois em um playboy que teve que virar uma cerveja. Era tudo uma diversão inofensiva e estúpida até que o gargalo da garrafa apontou diretamente para Jade Sales.

Jade, com seu cabelo loiro perfeitamente bagunçado e um sorriso que nunca alcançava seus olhos, era a rainha oficial da "Turma". Ela era a melhor amiga de Júlio desde a faculdade, um título que ela usava como uma coroa e brandia como um porrete.

Ela bateu uma unha perfeitamente feita no queixo. "Desafio, óbvio."

Marcos sorriu. "Eu te desafio a nos contar um segredo sobre o Júlio que ninguém mais sabe."

Uma luz predatória brilhou nos olhos de Jade. Ela deixou seu olhar varrer a sala, pulando deliberadamente por cima de mim, antes de pousá-lo diretamente no meu marido. O ar estalou com uma tensão que só eu parecia sentir.

"Ah, eu tenho um bom", ela ronronou, sua voz um zumbido baixo e íntimo que cortou o barulho da festa. Ela se inclinou para frente, todos os olhos na sala agora fixos nela. "A cicatriz na cintura do Júlio? Aquela pequena em forma de meia-lua?"

Minha respiração ficou presa na garganta. Eu conhecia aquela cicatriz. Eu a tracei com meus dedos mil vezes. Ele me disse que era de uma queda na infância, um acidente de bicicleta desajeitado. Uma história em que eu acreditei sem questionar.

O sorriso de Jade se alargou, uma curva lenta e cruel de seus lábios. "Aquilo foi de quando eu o empurrei numa fogueira durante o feriado da faculdade, no nosso segundo ano. Eu me senti tão, tão mal..." Ela fez uma pausa, deixando o drama pairar no ar. "Eu beijei a noite toda pra sarar e garantir que não ia infeccionar."

A sala ficou em silêncio por uma fração de segundo, uma inspiração coletiva, antes de explodir em uma baderna de assobios e gritos.

"Caramba, Jade! Arrasou!"

"Selvagem!"

"Júlio, seu safado!"

Meu sangue gelou. Parecia que um balde de água gelada tinha sido despejado sobre minha cabeça, o choque tão brutal que me deixou sem fôlego. Feriado da faculdade. Segundo ano. Essa foi a semana antes de Júlio e eu começarmos a namorar oficialmente. A semana em que ele me dizia que estava se apaixonando por mim em ligações de madrugada.

Cada risada, cada grito da "Turma" era um golpe físico. Eles não estavam apenas rindo de uma história; estavam rindo de mim. Da minha ignorância. Do espaço sagrado e privado do meu casamento que acabara de ser publicamente profanado.

Olhei para Júlio, meus olhos implorando para que ele dissesse algo, para acabar com aquilo, para defender minha dignidade.

Ele apenas riu, um rubor subindo por seu pescoço. Ele cutucou Jade com o ombro. "Jade, qual é. Não conta todos os meus segredos." Seu tom era leve, repreensivo, como se ela fosse um cachorrinho travesso em vez de uma mulher que acabara de anunciar que passou uma noite cuidando intimamente do corpo do meu marido.

Ela deu um tapa brincalhão no braço dele. "O quê? Somos melhores amigos. É isso que amigos fazem." Ela se inclinou e sussurrou algo em seu ouvido, a mão dela pousada possessivamente em seu peito. Ele riu de novo, uma risada mais profunda e genuína do que qualquer outra que eu tinha ouvido dele a noite toda.

A sala parecia estar se fechando sobre mim. O ar estava denso e irrespirável. Minha taça de champanhe parecia impossivelmente pesada em minha mão trêmula.

"Alice! Sua vez!", a voz de Marcos rompeu a névoa. A garrafa de cerveja vazia agora apontava para mim. "Verdade ou Desafio?"

Meu olhar vacilou da garrafa para Jade, que me observava com um sorriso presunçoso e desafiador. Ela tinha vencido. Ela tinha pego algo privado и belo entre meu marido e eu e transformado em um truque de festa vulgar.

Uma determinação fria e dura como aço se instalou no meu peito.

"Desafio", eu disse, minha voz baixa, mas clara.

O sorriso de Jade se alargou. "Eu te desafio a..."

"Não", eu interrompi, levantando-me. "Eu tenho meu próprio desafio."

Caminhei até a mesa de bebidas, meus movimentos deliberados. Peguei a garrafa meio cheia de vinho tinto caro - aquele que eu comprei especialmente para a ocasião. A sala se aquietou, sentindo a mudança na atmosfera.

Caminhei diretamente para onde Jade estava sentada, praticamente no colo de Júlio.

"Alice, o que você está fazendo?", Júlio perguntou, a testa franzida em confusão.

Eu o ignorei. Olhei diretamente nos olhos surpresos de Jade e, com a mão firme, lenta e deliberadamente, virei a garrafa inteira de vinho tinto sobre seu vestido branco impecável.

Um suspiro coletivo sugou o ar da sala. O líquido vermelho escuro encharcou o tecido, espalhando-se como uma flor profana e florescente contra o branco.

Jade gritou, levantando-se de um salto. "Qual é o seu problema?"

"Alice!", Júlio se levantou bruscamente, me empurrando para trás com uma força que me fez tropeçar. "Você enlouqueceu?!"

Suas mãos estavam nos meus ombros, seu rosto contorcido por uma raiva que eu nunca tinha visto dirigida a mim antes. Era sempre reservada para funcionários incompetentes ou motoristas ruins. Nunca para mim.

"Eu?", eu ri, um som cru e quebrado. "Eu sou a que enlouqueceu?" Gesticulei descontroladamente para Jade, que agora soluçava teatralmente em suas mãos. "Ela acabou de contar para uma sala cheia de gente que passou uma noite beijando seu corpo. Seu corpo que eu, sua esposa, deveria ser a única a conhecer intimamente. Isso não é insano para você?"

A sala estava mortalmente silenciosa. A Turma olhava para os próprios pés, para o teto, para qualquer lugar, menos para mim. Eles sabiam. Claro que sabiam. Isso não era um segredo; era uma piada, e eu era o alvo.

O rosto de Júlio era uma máscara de fúria. Ele rapidamente tirou o paletó e o envolveu nos ombros de Jade, protegendo-a como se eu fosse a agressora. Ele estava de costas para mim. Ele a escolheu. De novo.

"Ela era minha melhor amiga na faculdade, Júlio", Jade soluçou, sua voz abafada pelo paletó dele. "Éramos apenas crianças. Por que ela está fazendo tanto drama por isso? Não significou nada."

"Eu sei, eu sei", ele murmurou, acariciando o cabelo dela. "Ela só está sendo sensível."

Ele se virou para mim, seus olhos frios como aço. "Peça desculpas a ela. Agora."

Pedir desculpas. Ele queria que eu pedisse desculpas. A mulher que foi humilhada, cujo casamento foi desrespeitado, estava sendo ordenada a pedir desculpas à perpetradora.

O último fio frágil de esperança ao qual eu me agarrava há anos finalmente se partiu.

"Feliz aniversário, Júlio", eu disse, minha voz assustadoramente calma. Olhei-o diretamente nos olhos, deixando-o ver o espaço vasto e vazio onde meu amor por ele costumava residir.

Então me virei e fui embora.

"Alice, não se atreva a sair daqui!", ele gritou, sua voz carregada de veneno. "É o nosso aniversário!"

A hipocrisia era tão estarrecedora que era quase engraçada.

Eu не parei. Eu não olhei para trás. Caminhei até nosso quarto, minhas mãos tremendo tanto que mal consegui girar a maçaneta.

Ele me alcançou quando eu cheguei ao carro na garagem, puxando meu braço. "Que porra foi essa? Você me envergonhou! Você envergonhou a Jade!"

Arranquei meu braço de seu aperto e dei um tapa em seu rosto. O som ecoou no silêncio cavernoso da garagem, agudo e final.

Sua cabeça virou para o lado, uma marca vermelha florescendo em sua bochecha. Ele me encarou, os olhos arregalados de incredulidade.

Jade e A Turma tinham saído atrás dele, seus rostos uma mistura de choque e curiosidade mórbida.

"Estávamos apenas nos divertindo, Alice", disse Jade, sua voz pingando falsa sinceridade. "Júlio e eu somos apenas amigos. Sempre fomos apenas amigos. Você é quem está tornando isso estranho e complicado."

Ela estava me manipulando na frente de uma plateia.

"Ela está certa", disse Júlio, sua voz baixa e ameaçadora enquanto esfregava a bochecha. "Você está sempre tão paranoica. É exaustivo."

Ele deu um passo em minha direção, e por um segundo, pensei que ele poderia me bater de volta. Em vez disso, ele apenas me olhou com puro desprezo. "Diga que sente muito. Vamos voltar para dentro e terminar a festa."

A festa. Ele ainda queria voltar para a festa.

Olhei para o rosto dele, o rosto que eu amei, o rosto pelo qual sacrifiquei tudo. E pela primeira vez, não senti nada além de um vazio frio e vasto. O amor tinha sido esvaziado, deixando apenas a casca.

Ele fez sua escolha na frente de todos. Ele escolheu sua "melhor amiga" em vez de sua esposa no aniversário deles.

Virei-me sem outra palavra, entrei no meu carro e bati a porta. Ele bateu na janela, o rosto uma máscara de raiva.

"Alice! Saia do carro! Não faça uma cena!"

Liguei o motor, o rugido do V8 abafando sua voz. Não olhei no retrovisor enquanto acelerava para fora da garagem. Eu não precisava.

Eu sabia exatamente o que veria: meu marido ao lado de sua verdadeira parceira, enquanto sua esposa dirigia noite adentro, sozinha.

A luta não tinha acabado. Tinha apenas começado.

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