O Segredo do Covil: A Fúria da Noiva

O Segredo do Covil: A Fúria da Noiva

Gavin

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Capítulo

Sete dias antes do meu casamento, um e-mail anônimo me levou a um site exclusivo para membros chamado "A Toca". O vídeo era cru e explícito. O homem com a máscara de lobo, com seu maxilar familiar e movimentos confiantes, era meu noivo, Davi. Mas o verdadeiro soco no estômago foi reconhecer a mulher com ele: minha melhor amiga e madrinha de casamento, Carina. A traição deles se transformou em um pesadelo - um acidente de carro forjado que me custou nosso filho que ainda não tinha nascido. Logo descobri que Davi nunca me amou; ele só me pediu em casamento por causa dos contatos da minha família para financiar sua startup. Meu mundo inteiro não era apenas uma mentira; era um esquema frio e calculado que me deixou destroçada e sem meu filho. Eles acharam que tinham tirado tudo de mim. Estavam enganados. Eles tinham acabado de me dar um motivo para colocar fogo no mundo deles até não sobrar nada.

Capítulo 1

Sete dias antes do meu casamento, um e-mail anônimo me levou a um site exclusivo para membros chamado "A Toca".

O vídeo era cru e explícito. O homem com a máscara de lobo, com seu maxilar familiar e movimentos confiantes, era meu noivo, Davi.

Mas o verdadeiro soco no estômago foi reconhecer a mulher com ele: minha melhor amiga e madrinha de casamento, Carina.

A traição deles se transformou em um pesadelo - um acidente de carro forjado que me custou nosso filho que ainda não tinha nascido. Logo descobri que Davi nunca me amou; ele só me pediu em casamento por causa dos contatos da minha família para financiar sua startup.

Meu mundo inteiro não era apenas uma mentira; era um esquema frio e calculado que me deixou destroçada e sem meu filho.

Eles acharam que tinham tirado tudo de mim.

Estavam enganados. Eles tinham acabado de me dar um motivo para colocar fogo no mundo deles até não sobrar nada.

Capítulo 1

Ponto de Vista de Elisa:

Meu celular vibrou com um e-mail anônimo. Quase o apaguei - spam, provavelmente - mas o assunto, "Uma Mensagem Só Para Você, Elisa", me chamou a atenção, um sussurro estranho e perturbador no meio do barulho digital. A curiosidade, uma característica perigosa que eu possuía em abundância, me fez tocar na tela.

Um link, seco e azul, apareceu. "A Toca". Prometia algo exclusivo, apenas para membros. Meus dedos hesitaram, depois clicaram.

A tela explodiu em cores, depois em movimento. Cru, explícito, visceral. Corpos entrelaçados, movimentos dos quais eu instintivamente recuei. Minha respiração ficou presa.

O site se chamava "A Toca", todo com uma estética sombria e nomes de usuário clandestinos. Cada vídeo era um loop de casais, seus rostos escondidos por máscaras grotescas de animais. Lobos, raposas, ursos. Era um carnaval do perverso, um mundo secreto que eu nunca soube que existia.

E então, eu o vi. Um homem com uma máscara de lobo. O jeito como seus ombros se contraíam quando ele se movia, o impulso confiante de seu quadril, o timbre grave de sua voz enquanto ele murmurava algo indistinto. E aquele maxilar - afiado, quase predatório. Era Davi. Tinha que ser Davi. Meu noivo. O homem com quem eu ia me casar em sete dias.

Meu estômago se revirou, ameaçando derramar a bile sobre minha mesa meticulosamente organizada. Eu estava no trabalho, cercada por amostras de tecido e plantas arquitetônicas, tentando projetar um sonho para outra pessoa. Meu próprio sonho estava se despedaçando. Forcei um sorriso quando minha assistente espiou, seu rosto um borrão.

A imagem daquela máscara de lobo, a curva familiar de suas costas, passava em loop por trás dos meus olhos. Era um pesadelo que eu estava vivendo em plena luz do dia. Minhas mãos tremiam tanto que eu não conseguia nem desenhar uma linha reta. Eu precisava saber.

"Não estou me sentindo bem", eu disse à minha assistente, minha voz mais fraca do que eu pretendia. "Acho que preciso ir para casa."

A cidade lá fora era um borrão enquanto eu dirigia, minha mente a mil, um hamster frenético em uma roda. A vontade de descartar tudo, de chamar de uma brincadeira cruel, era esmagadora. Não podia ser ele. Podia?

De volta ao silêncio estéril do meu apartamento, reabri o link, meu coração martelando contra minhas costelas. Peguei meu celular, o contato de Davi já destacado, meu dedo a um milímetro de ligar para ele.

Então, um som súbito e estridente do alto-falante do notebook. Triiim! Triiim! Meu celular, o celular dele, tocando no vídeo na tela. O homem mascarado, aquele que parecia exatamente com Davi, nem sequer se mexeu. Ele apenas continuou se movendo, alheio, ou talvez, indiferente.

Eu assisti, congelada, uma voyeur do meu próprio coração prestes a se partir. A cena inteira e grotesca se desenrolou diante de mim. Pareceram horas, uma eternidade de agonia em câmera lenta.

Mas então, um vislumbre de algo. Estreitei os olhos. Aquela cicatriz. A que Davi fez naquele acidente de surfe anos atrás, a que descia verticalmente pela parte inferior de suas costas, uma linha branca e tênue que eu havia traçado mil vezes com a ponta dos dedos. Não estava lá. Uma onda de alívio, tão potente que quase dobrou meus joelhos, me invadiu. Não era ele. Não podia ser.

Minutos depois, ouvi sua chave girar na fechadura. A porta se abriu e Davi entrou, uma pasta em uma mão, um buquê dos meus lírios brancos favoritos na outra. Ele sorriu, aquele sorriso perfeito e fácil que me cativou por anos. "Elisa, meu amor. Dia difícil?"

Ele pousou as flores, seus olhos se suavizando ao ver meu rosto pálido. "Você parece exausta, anjo. Vem cá." Ele me envolveu em seus braços, me puxando para seu abraço forte. Seu toque parecia real, sólido, uma âncora. Eu me agarrei a ele, desesperadamente.

"Estou só cansada", murmurei em seu peito, tentando apagar as imagens da minha mente. Eu queria acreditar nele. Eu precisava acreditar nele.

Ele era tão bom nisso. Tão atencioso, tão amoroso. Ele sempre tinha sido. Lembrei-me da primeira vez que ele me disse que me amava, sob um céu estrelado em nossa primeira viagem ao exterior. Ou do jeito que ele sempre garantia que meu café estivesse exatamente como eu gostava, todas as manhanas. Ele era tão contra relacionamentos casuais, sempre dizendo que estava procurando 'a pessoa certa', por algo profundo e significativo. Ele zombava dos amigos que traíam, chamando-os de fracos.

Ele levantou meu queixo, seu olhar intenso. "Minha linda Elisa. Só mais alguns dias, e então seremos o Sr. e a Sra. Velasquez. Para sempre." Ele se inclinou, seus lábios roçando os meus, macios e familiares.

Minhas mãos, quase inconscientemente, deslizaram por suas costas, procurando. Meus dedos tocaram a pele lisa, e então, inconfundivelmente, a linha tênue e elevada daquela velha cicatriz de surfe. Estava lá. Sempre esteve lá. Minha respiração ficou presa.

Ele se afastou um pouco, seus olhos questionadores. "Tudo bem?"

"Mais do que bem", sussurrei, a mentira com gosto de cinzas na minha boca. Minha voz falhou. "Eu te amo, Davi."

Ele retribuiu o sentimento, sua voz um murmúrio grave contra meu ouvido. "Eu também te amo, Elisa. Mais do que tudo. Acredita que falta só uma semana para o nosso grande dia?" Sua voz estava carregada de emoção, ou o que eu agora percebia ser uma imitação praticada dela. Aquele calafrio em meus ossos voltou, mais frio desta vez, um presságio da tempestade.

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Observei meu marido assinar os papéis que poriam fim ao nosso casamento enquanto ele trocava mensagens com a mulher que realmente amava. Ele nem sequer olhou o cabeçalho. Apenas rabiscou a assinatura afiada e irregular que já havia selado sentenças de morte para metade de São Paulo, jogou a pasta no banco do passageiro e tocou na tela do celular novamente. "Pronto", disse ele, a voz vazia de qualquer emoção. Esse era Dante Moretti. O Subchefe. Um homem que sentia o cheiro de uma mentira a quilômetros de distância, mas não conseguiu ver que sua esposa acabara de lhe entregar um decreto de anulação de casamento, disfarçado sob uma pilha de relatórios de logística banais. Por três anos, eu esfreguei o sangue de suas camisas. Eu salvei a aliança de sua família quando sua ex, Sofia, fugiu com um civil qualquer. Em troca, ele me tratava como um móvel. Ele me deixou na chuva para salvar Sofia de uma unha quebrada. Ele me deixou sozinha no meu aniversário para beber champanhe com ela em um iate. Ele até me entregou um copo de uísque — a bebida favorita dela — esquecendo que eu desprezava o gosto. Eu era apenas um tapa-buraco. Um fantasma na minha própria casa. Então, eu parei de esperar. Queimei nosso retrato de casamento na lareira, deixei minha aliança de platina nas cinzas e embarquei em um voo só de ida para Florianópolis. Pensei que finalmente estava livre. Pensei que tinha escapado da gaiola. Mas eu subestimei Dante. Quando ele finalmente abriu aquela pasta semanas depois e percebeu que havia assinado a própria anulação sem olhar, o Ceifador não aceitou a derrota. Ele virou o mundo de cabeça para baixo para me encontrar, obcecado em reivindicar a mulher que ele mesmo já havia jogado fora.

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