Eu estava noiva de Breno Werner, uma união destinada a fundir os impérios de nossas famílias. Na minha vida passada, eu derramei minha alma na empresa falida dele, transformando-o em um titã da indústria enquanto ele me tratava com uma indiferença gelada. Mas um acidente quase fatal me deu uma segunda chance, inundando minha mente com as memórias de sua traição final. Lembrei de como ele e minha prima, Janine, esfregavam o caso deles na minha cara, me humilhando publicamente enquanto eu estava presa em um casamento sem amor. Eles roubaram meu trabalho, tomaram minha fortuna e me deixaram para morrer sozinha, uma tola que deu tudo por nada. Ele nunca me amou. Eu era apenas uma ferramenta conveniente, uma obsessão que ele podia controlar e descartar. Então, quando acordei do coma, de volta ao início de tudo, fiz um novo voto. Na festa de gala onde ele planejava me humilhar, olhei-o nos olhos e anunciei que me casaria com outra pessoa. Seu tio poderoso e recluso, Gael.
Eu estava noiva de Breno Werner, uma união destinada a fundir os impérios de nossas famílias. Na minha vida passada, eu derramei minha alma na empresa falida dele, transformando-o em um titã da indústria enquanto ele me tratava com uma indiferença gelada.
Mas um acidente quase fatal me deu uma segunda chance, inundando minha mente com as memórias de sua traição final.
Lembrei de como ele e minha prima, Janine, esfregavam o caso deles na minha cara, me humilhando publicamente enquanto eu estava presa em um casamento sem amor. Eles roubaram meu trabalho, tomaram minha fortuna e me deixaram para morrer sozinha, uma tola que deu tudo por nada.
Ele nunca me amou. Eu era apenas uma ferramenta conveniente, uma obsessão que ele podia controlar e descartar.
Então, quando acordei do coma, de volta ao início de tudo, fiz um novo voto. Na festa de gala onde ele planejava me humilhar, olhei-o nos olhos e anunciei que me casaria com outra pessoa. Seu tio poderoso e recluso, Gael.
Capítulo 1
Aline POV:
O desprezo de Breno Werner me atingiu antes mesmo de sua voz, um soco físico mesmo no salão de festas lotado. Era o mesmo olhar que eu tinha visto mil vezes nas minhas "memórias". Aquele sorriso de escárnio, reservado apenas para mim.
A gala anual do Grupo Werner estava a todo vapor. Lustres de cristal brilhavam no teto, refletindo no piso de mármore polido. Uma sinfonia tocava algo leve e arejado, mas o peso opressivo da presença de Breno me sufocava.
"Breno, olha! É a Aline!", um de seus puxa-sacos balbuciou, apontando uma taça de champanhe na minha direção.
A cabeça de Breno se virou bruscamente. Seus olhos, geralmente tão charmosos, se estreitaram em fendas. Suas sobrancelhas perfeitamente desenhadas, uma característica que Janine costumava elogiar, arquearam-se em uma paródia de surpresa.
"Ora, ora", ele arrastou as palavras, sua voz alta o suficiente para fazer algumas cabeças se virarem. "Se não é a minha... noiva."
A palavra estava carregada de gelo.
Seus amigos riram, dando-lhe cotoveladas, claramente se divertindo com o espetáculo. Meu estômago se contraiu. Eles achavam que isso era um jogo.
"O que você está fazendo aqui, Aline?", ele exigiu, aproximando-se. Seu cheiro - perfume importado caro e arrogância demais - me agrediu. "Não achei que você teria a cara de pau de aparecer depois daquele showzinho."
Showzinho? Eu pisquei, genuinamente surpresa. Minhas "memórias" haviam me preparado para muita coisa, mas não para essa agressão pública tão direta, não ainda.
Ele se inclinou, sua voz baixou, mas ainda era afiada o suficiente para cortar o barulho. "Anunciar nosso noivado para a imprensa sem a minha permissão? Sério, Aline? Você não tem vergonha?"
Minha respiração falhou. Ele estava distorcendo a narrativa, como sempre faria. Eu não tinha anunciado nada. Foram as empresas de nossas famílias, com a fusão dependendo do nosso noivado, que emitiram o comunicado conjunto. Ele sabia disso.
Mas nesta vida, onde meu acidente quase fatal de alguma forma desbloqueou um futuro que eu não tinha vivido, eu o via como ele realmente era. Um homem mimado e arrogante que me via como um acessório.
Respirei fundo e devagar, forçando meu coração acelerado a se acalmar. Era agora. O momento em que eu poderia mudar tudo.
"O homem com quem vou me casar", eu disse, minha voz surpreendentemente firme, "não é você, Breno."
Uma onda de risadas explodiu de seus amigos. Eles bateram nas costas dele, gargalhando.
"Ah, Breno, ela é hilária!", um deles engasgou entre as risadas. "Manda ela parar com esse teatrinho desesperado."
O rosto de Breno escureceu, um rubor se espalhando por suas bochechas. Humilhação. Ele odiava esse sentimento.
"Ainda está de joguinho, Aline?", ele zombou, seus olhos queimando de fúria. "Você sempre foi obcecada por mim, mas isso? Isso é um novo nível de baixeza. Tentando chamar minha atenção fingindo que vai se casar com outro?"
Ele se erguia sobre mim, seu olhar cheio de desprezo.
Então, um sorriso frio e predatório tocou seus lábios. Ele se inclinou, seu hálito quente contra minha orelha. "Olha, Aline. Vou te fazer uma proposta. Podemos manter as aparências. Você quer o status? O nome? Tudo bem. Mas você nunca vai conseguir uma certidão de casamento de mim. Você nunca será minha esposa. Eu nunca vou te reconhecer como tal."
Meus olhos se arregalaram em surpresa genuína. No futuro que eu agora lembrava, ele pelo menos fingiu me querer, me enrolou com falsas promessas. Essa honestidade crua e brutal era... diferente.
Ele não tinha dito essas coisas antes. Não em voz alta. Por que agora? Seria porque eu sabia? Porque minhas "memórias" já tinham mudado alguma coisa? Ou era Janine?
Então, seu olhar passou por cima do meu ombro, uma luz repentina - quase excitação - brilhou em seus olhos.
Virei-me para seguir sua linha de visão.
Lá estava ela. Janine. Minha prima.
Seus olhos, geralmente tão brilhantes, já estavam marejados. Ao me ver com Breno, ela engoliu em seco, seu lábio inferior tremendo.
"Ah, Aline", ela sussurrou, sua voz quase inaudível, mas perfeitamente projetada para atrair atenção. "Eu... eu soube da notícia. Parabéns. Eu realmente desejo a vocês toda a felicidade."
Antes que pudesse terminar, sua mão voou para a boca e ela explodiu em soluços teatrais.
Breno se virou, seu rosto uma máscara de fúria. "Olha o que você fez, Aline!", ele rugiu. "Você a fez chorar! Você me dá nojo!"
Eu observei, paralisada, enquanto Breno corria para Janine, puxando-a para seus braços. Ele embalou a cabeça dela, acariciando seus cabelos. Seus olhos, que momentos atrás estavam cheios de desprezo por mim, agora continham uma preocupação terna que eu raramente, ou nunca, tinha visto dirigida a mim.
A sinfonia continuou a tocar, uma melodia cruel e zombeteira.
Outros livros de Gavin
Ver Mais