A Companheira Indesejada: A Ascensão da Curandeira Prateada

A Companheira Indesejada: A Ascensão da Curandeira Prateada

Gavin

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Capítulo

Cinco anos atrás, derramei minha rara Essência Prateada no corpo moribundo do Alfa Damien, quase sacrificando minha própria vida para fechar seus ferimentos fatais. Mas quando ele acordou, era Serafina quem estava sentada à beira de sua cama com um pano úmido. Ele assumiu que ela era sua salvadora, e ela nunca o corrigiu. Agora, três semanas antes da nossa Cerimônia de Acasalamento, Damien a trouxe para nossa casa. Ela estava grávida. E carregava a marca dele no pescoço. "É uma Dívida de Vida, Isla", Damien me disse, sua voz desprovida de qualquer calor. "Ela me salvou. Os Anciãos invocaram o estatuto. Você vai aceitar isso." Ele a instalou na cobertura que deveria ser nossa. Exigiu que eu usasse meus dons de cura para cuidar de sua amante e do herdeiro "milagroso" deles. Tornei-me um fantasma na minha própria alcateia, forçada a assistir meu Companheiro Predestinado cobri-la com o amor que pertencia a mim. Ele até me ordenou que pedisse desculpas publicamente a ela pelo meu "ciúme". Mas, ao revisar o arquivo médico dela, encontrei a verdade que ele estava cego demais para ver. O feto tinha seis semanas. Ele só a havia marcado três semanas atrás. E os níveis de energia dela? Inexistentes. Ela não tinha uma gota de magia de cura no sangue. Damien pensou que eu estava me preparando para o nosso casamento. Em vez disso, peguei um marcador vermelho e risquei a data no calendário. Na manhã da cerimônia, enquanto ele esperava no altar, atendi sua ligação frenética. "Eu, Isla, rejeito você, Damien." Era hora de ele aprender exatamente o que havia jogado fora.

Capítulo 1

Cinco anos atrás, derramei minha rara Essência Prateada no corpo moribundo do Alfa Damien, quase sacrificando minha própria vida para fechar seus ferimentos fatais.

Mas quando ele acordou, era Serafina quem estava sentada à beira de sua cama com um pano úmido. Ele assumiu que ela era sua salvadora, e ela nunca o corrigiu.

Agora, três semanas antes da nossa Cerimônia de Acasalamento, Damien a trouxe para nossa casa.

Ela estava grávida. E carregava a marca dele no pescoço.

"É uma Dívida de Vida, Isla", Damien me disse, sua voz desprovida de qualquer calor. "Ela me salvou. Os Anciãos invocaram o estatuto. Você vai aceitar isso."

Ele a instalou na cobertura que deveria ser nossa. Exigiu que eu usasse meus dons de cura para cuidar de sua amante e do herdeiro "milagroso" deles.

Tornei-me um fantasma na minha própria alcateia, forçada a assistir meu Companheiro Predestinado cobri-la com o amor que pertencia a mim. Ele até me ordenou que pedisse desculpas publicamente a ela pelo meu "ciúme".

Mas, ao revisar o arquivo médico dela, encontrei a verdade que ele estava cego demais para ver.

O feto tinha seis semanas. Ele só a havia marcado três semanas atrás.

E os níveis de energia dela? Inexistentes. Ela não tinha uma gota de magia de cura no sangue.

Damien pensou que eu estava me preparando para o nosso casamento.

Em vez disso, peguei um marcador vermelho e risquei a data no calendário.

Na manhã da cerimônia, enquanto ele esperava no altar, atendi sua ligação frenética.

"Eu, Isla, rejeito você, Damien."

Era hora de ele aprender exatamente o que havia jogado fora.

Capítulo 1

Ponto de Vista da Isla:

O frasco de vidro escorregou dos meus dedos. Atingiu o chão de mármore do laboratório, estilhaçando-se em mil diamantes cintilantes. O precioso extrato de Pétala da Lua, um líquido prateado que passei três noites destilando, infiltrou-se no rejunte.

Eu não me importei. O gelo que se espalhava pelas minhas veias anestesiava a perda.

Damien estava parado na porta da minha clínica. Ele parecia um deus da guerra, alto e de ombros largos, o cabelo escuro perfeitamente penteado. Mas seus olhos, geralmente calorosos quando olhavam para mim, estavam frios. Distantes.

"É necessário, Isla", disse ele. Sua voz era profunda, um estrondo que geralmente acalmava minha loba. Hoje, soava como um juiz lendo uma sentença de morte.

"Necessário?", sussurrei. Minha voz tremia. "Você vai marcá-la? Damien, somos Companheiros Predestinados. Você não pode marcar outra. É uma violação da lei suprema da Deusa da Lua."

Damien entrou na sala. O ar ficou pesado. Era sua Aura de Alfa. No nosso mundo, o Alfa é o governante absoluto. Sua presença sozinha exige submissão. Minha loba interior, enfraquecida por anos doando minha essência para curar outros, choramingou e se encolheu em uma bola no fundo da minha mente.

"Serafina está morrendo", disse Damien, com o maxilar tenso. "O Conselho de Anciãos invocou o Estatuto da Dívida de Vida. Eles alegam que o espírito dela está solto e apenas a âncora de um Alfa pode segurá-lo. É político, Isla. Ela me salvou durante a batalha da Lua de Sangue. Os Anciãos não deixarão a alcateia parecer ingrata."

"E quanto à minha vida?", perguntei, dando um passo para trás. "E quanto ao nosso vínculo? A Cerimônia de Acasalamento é em um mês."

"É uma marcação estratégica", disse ele, acenando com a mão com desdém. "Uma formalidade para satisfazer as Leis Antigas. Assim que ela se estabilizar, pedirei ao Conselho para anulá-la. Você é uma Curandeira; entende de triagem. Fazemos o que devemos para salvar o paciente."

"Uma marca não é um curativo, Damien!", gritei, a dor no meu peito explodindo. "Envolve a mistura de almas. Envolve..."

"Chega!"

A palavra me atingiu como um golpe físico. Não foi apenas um grito. Foi o Comando Alfa.

Meu corpo congelou. Meus músculos travaram contra a minha vontade. Esse era o poder do Alfa - forçar obediência absoluta dos membros de sua alcateia. Tentei mover meu braço, limpar as lágrimas que caíam dos meus olhos, mas eu era uma estátua.

Damien caminhou até mim. Ele se impunha sobre mim, cheirando a chuva e ozônio. Estendeu a mão e limpou uma lágrima da minha bochecha, mas seu toque queimou.

"Não me questione, Isla", disse ele suavemente, perigosamente. "Estou fazendo isso pelo bem da Alcateia Sombra da Lua. Uma verdadeira Luna entenderia o sacrifício. Você vai aceitar isso. É uma ordem."

Ele liberou o Comando. Desabei no chão, ofegante em busca de ar entre o vidro quebrado e o líquido prateado derramado. Ele não ofereceu a mão para me ajudar a levantar. Virou-se e foi embora, suas botas pesadas ecoando pelo corredor.

As próximas vinte e quatro horas foram um borrão de humilhação.

Fiquei na janela da casa da alcateia, observando os SUVs pretos entrarem na garagem. Damien saiu primeiro. Ele abriu a porta traseira com uma gentileza que costumava guardar para mim.

Serafina emergiu. Parecia delicada, a pele pálida, apoiando-se pesadamente no braço de Damien. Mas quando olhou para a janela, seus olhos encontraram os meus.

Ela sorriu.

Não foi um sorriso fraco. Foi afiado. Predatório.

Damien a conduziu não para os quartos de hóspedes, mas para o elevador privativo que levava à cobertura do Alfa. A cobertura que deveria ser nosso lar após o casamento.

Passei o dia na clínica do nível inferior, tratando ferimentos leves dos guerreiros, tentando ignorar os sussurros das enfermeiras. A piedade é uma pílula amarga, e eu estava engasgando com ela.

Naquela noite, voltei para o apartamento que atualmente dividia com Damien no andar abaixo da cobertura. Ouvi a porta abrir.

Damien entrou. Parecia exausto. Afrouxou a gravata e caminhou em direção à cozinha para pegar água.

"Ela está instalada?", perguntei. Minha voz estava oca.

"Sim", disse ele, bebendo profundamente. "Ela está descansando."

Caminhei para mais perto dele. Não consegui evitar. Minha loba o procurava, desesperada por segurança. Mas quando cheguei a um metro dele, parei.

O cheiro me atingiu.

Não era apenas o cheiro de outra pessoa. No nosso mundo, o cheiro é tudo. Diz quem alguém é, como se sente e com quem esteve.

Damien cheirava a lírios e doçura enjoativa. Aquele era o cheiro de Serafina. Mas era mais profundo que isso. Estava entrelaçado em seu próprio cheiro de chuva e ozônio. Era o cheiro de mistura pós-coito. Era o cheiro de fluidos trocados, de suor misturado, de uma reivindicação feita sobre a carne.

Engasguei. Cobri minha boca e tropecei para trás.

"Você não apenas a marcou", consegui dizer, sufocada. "Você dormiu com ela."

Damien bateu o copo com força na mesa. "O ritual exigia contato total para transferir a energia! Os Anciãos insistiram no método tradicional. Eu te disse, Isla, foi uma necessidade."

"Não minta para mim!", gritei. "Eu posso sentir! O vínculo... nosso vínculo..."

Agarrei meu peito. Uma dor aguda e dilacerante rasgou meu coração. Parecia que algo estava serrando o fio dourado invisível que conectava nossas almas.

"Pare de ser dramática", Damien retrucou. *Está feito. Concentre-se em seus deveres. Serafina precisará de exames. Como futura Luna, você garantirá que ela esteja confortável.*

A voz dele ecoou na minha cabeça. Ele estava usando o Elo Mental. É a conexão telepática usada por lobos para se comunicar silenciosamente. Geralmente, era íntimo. Agora, parecia uma violação.

"Eu não vou fazer isso", disse em voz alta.

"Você vai", disse ele, virando as costas para mim. "Ou não está apta para liderar esta alcateia."

Ele foi para o quarto e bateu a porta. Fiquei na sala de estar, o silêncio zumbindo em meus ouvidos.

Na manhã seguinte, eu estava tomando café quando Serafina entrou. Ela não bateu. Estava usando a camisa social branca de Damien. Ficava larga em seu corpo, os botões de cima desabotoados.

Ela viu que eu olhava. Inclinou a cabeça para o lado, afastando o cabelo.

Lá, na junção do pescoço e ombro, havia uma marca de mordida fresca e irritada. Estava roxa e vermelha. A marca de Damien.

"Café?", perguntou ela docemente. "Damien faz o melhor café."

Ela passou por mim e jogou uma pasta na mesa. "Ah, Damien queria que você olhasse isso. Meu histórico médico. Já que você é a Curandeira."

Encarei a marca da mordida. Minha loba uivava em agonia, arranhando as paredes da minha mente, exigindo que atacássemos a intrusa. Mas me forcei a pegar a pasta. Eu era uma profissional.

Abri. Examinei os exames de sangue recentes.

Meus olhos se estreitaram. Eu era Curandeira há dez anos. Sabia ler níveis hormonais melhor do que sabia ler português.

Níveis de HCG. Picos de progesterona.

"Você está grávida", disse, minha voz inexpressiva.

"Sim", Serafina sorriu radiante, esfregando a barriga reta. "Um milagre, não é? A semente forte de Damien... ela me salvou."

Olhei para os números novamente. "Este relatório diz que o feto tem seis semanas."

Serafina congelou por uma fração de segundo. "E daí?"

"Damien disse que te marcou há três semanas. Para salvar sua vida."

Serafina riu. Era um som leve e tilintante. "Ah, Isla. Você e seus gráficos. Talvez a máquina estivesse errada. Ou talvez... talvez a 'Dívida de Vida' não fosse a única razão pela qual ele continuava vindo me ver nesses últimos meses."

Ela se inclinou para perto. "Ele nunca quis realmente uma companheira fraca, sabe. Ele precisa de uma Luna com dentes."

Ela pegou sua pasta e saiu da sala rebolando.

Fiquei sentada lá por um longo tempo. Seis semanas. Ele estava dormindo com ela muito antes da "emergência médica". A dívida de vida era uma mentira. Salvar a vida dela era uma mentira.

Olhei para o calendário na parede. A data da Cerimônia de Acasalamento estava circulada em tinta vermelha.

Peguei um marcador preto. Não risquei.

Contei os dias.

Treze dias.

Era o tempo que eu precisava para preparar minha saída sem alertar o Alfa.

Treze dias restantes.

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