Ela Aceitou O Contrato De Vingança

Ela Aceitou O Contrato De Vingança

Gavin

5.0
Comentário(s)
Leituras
17
Capítulo

Dediquei sete anos e cada centavo que tinha para tornar Iago o "Cantor do Ano", escrevendo as letras que ele cantava como se fossem sua alma. Em troca, recebi o fim do nosso namoro transmitido ao vivo no Instagram, enquanto ele beijava uma influenciadora no palco e me chamava de "passado". Achei que tinha chegado ao fundo do poço, até meu próprio pai me demitir para entregar minha herança e meu projeto de vida à minha meia-irmã. "Você é apenas um degrau, Eliza", disse o empresário dele, rindo da minha desgraça. Enquanto a internet me massacrava, meu pai roubava a Torre Sol, alegando que eu não tinha o "brilho" necessário para os negócios da família. Eles esperavam que eu me encolhesse, chorasse e aceitasse as migalhas. Mas quando o bilionário Artur Ulhoa me ofereceu um contrato de casamento frio e calculado, eu não vi um fim, mas uma arma. "Eu aceito", disse a ele, secando as lágrimas. "Mas não espere amor, Artur. Espere uma parceira de negócios pronta para destruir o império do meu pai e a carreira do meu ex." Afinal, eu tenho os direitos autorais de todas as músicas do Iago e as provas das fraudes fiscais do meu pai. A caçada começou.

Capítulo 1

Dediquei sete anos e cada centavo que tinha para tornar Iago o "Cantor do Ano", escrevendo as letras que ele cantava como se fossem sua alma.

Em troca, recebi o fim do nosso namoro transmitido ao vivo no Instagram, enquanto ele beijava uma influenciadora no palco e me chamava de "passado".

Achei que tinha chegado ao fundo do poço, até meu próprio pai me demitir para entregar minha herança e meu projeto de vida à minha meia-irmã.

"Você é apenas um degrau, Eliza", disse o empresário dele, rindo da minha desgraça.

Enquanto a internet me massacrava, meu pai roubava a Torre Sol, alegando que eu não tinha o "brilho" necessário para os negócios da família.

Eles esperavam que eu me encolhesse, chorasse e aceitasse as migalhas.

Mas quando o bilionário Artur Ulhoa me ofereceu um contrato de casamento frio e calculado, eu não vi um fim, mas uma arma.

"Eu aceito", disse a ele, secando as lágrimas.

"Mas não espere amor, Artur. Espere uma parceira de negócios pronta para destruir o império do meu pai e a carreira do meu ex."

Afinal, eu tenho os direitos autorais de todas as músicas do Iago e as provas das fraudes fiscais do meu pai.

A caçada começou.

Capítulo 1

Eliza De Souza POV:

A voz de Iago invadia minha casa, não pelo rádio como antes, mas por uma transmissão ao vivo no Instagram, anunciando o fim de "nós" e o início de "eles". Meu mundo virou de cabeça para baixo. Sete anos. Setenta e duas luas cheias de sacrifícios, cada centavo gasto em sua carreira, cada noite em claro escrevendo letras que ele cantava como se fossem sua própria alma. Agora, tudo queimava em cinzas na frente dos meus olhos, ao vivo, para milhões.

Iago tinha desaparecido há semanas. As mensagens não lidas se acumulavam, as ligações caíam na caixa postal. Eu me agarrava a qualquer desculpa, qualquer migalha de esperança que minha mente exausta conseguia fabricar. Ele devia estar ocupado com o festival, preparando a grande performance que o coroaria como "Cantor do Ano". Ele me disse isso. Eu acreditei.

Então, a cena se desenrolou. Iago, no palco, sob os holofotes, recebendo o prêmio. A multidão gritava. Ele sorriu, um sorriso que eu já tinha visto mil vezes, mas que agora parecia estranho, distante. Então, ele chamou Stefania Meneses ao palco. A influenciadora. A ruiva com olhos de boneca que eu via nos feeds de fofoca. Ele a beijou. Bem ali. Na frente de todos. E ali, no meu sofá, com o celular na mão, senti um pedaço da minha alma morrer.

Levei dias para aceitar o convite de Artur Ulhoa, um convite que chegou como um raio em um céu sem nuvens. Não era um convite para um encontro romântico, mas para um casamento. Um contrato. Minha mente pragmática demorou a processar, mas meu coração, já em pedaços, achou um estranho consolo na proposta. Não havia espaço para romance destruidor que Iago me deu, apenas para uma parceria fria e calculista.

Artur me recebeu com uma formalidade impecável em seu escritório impecável. Seus olhos, mesmo frios, demonstravam uma estranha sinceridade quando ele falou. "Eliza, eu entendo que isso é... não convencional. Mas acredito que podemos nos ajudar. Agradeço por considerar a proposta." Não havia súplica, apenas uma oferta de negócios. Era um respeito que Iago nunca me deu.

Lembrei-me dos anéis que Iago me prometeu. Um solitário de diamante quando sua primeira música estourasse. Um de noivado quando ele ganhasse seu primeiro grande prêmio nacional. Ele me mostrava fotos, dizia que eu era a "inspiração" por trás de cada verso. "Quando estourar, a gente casa, meu amor", ele sussurrava, com um brilho nos olhos que eu ingenuamente via como paixão.

Mas o sucesso veio. E os anéis, não. As promessas se desvaneceram como fumaça. Em vez disso, vieram as fotos dele em jatinhos particulares, com outras mulheres. Ele sempre tinha uma desculpa, sempre se fazia de vítima da "máquina da indústria". "É marketing, Eliza. Você sabe como é. A gente precisa manter a imagem." Eu, como sempre, engolia.

O amor, percebi, não morre de uma vez. Ele se esvai. Como água escorrendo por um ralo, gota a gota, até que não resta nada. A cada mentira, a cada desculpa, a cada vez que eu me sentia mais invisível ao lado dele, um pouco mais de mim se perdia.

"Eu aceito", eu disse a Artur, minha voz tão calma que me surpreendeu. "Mas não espere paixão, Artur. Espere uma parceira de negócios. Rigorosa e justa." Ele balançou a cabeça. "É tudo o que peço. E tudo o que ofereço, Eliza." Não havia promessas vazias, apenas a promessa de um acordo.

Aquele mesmo dia, a notícia do noivado de Iago com Stefania explodiu nas redes sociais. Uma live, centenas de comentários, milhões de visualizações. "O amor da minha vida", ele chamava Stefania, enquanto eu assistia, sentada à minha mesa de desenho, sentindo um alívio frio. Acabou. Finalmente acabou.

Horas depois, uma caixa Hermes chegou em casa. Dentro, um relógio cravejado de diamantes, um modelo exclusivo que eu só tinha visto em revistas de luxo. Acompanhava um cartão simples: "Para minha futura esposa. Artur." A caixa era enorme, pesada. Um relógio. Não um anel. Eu sorri, um sorriso genuíno que não sentia há muito tempo.

Havia um pequeno adesivo na parte inferior da caixa. "Edição Limitada. Número 007." Sete anos desperdiçados em Iago. Sete anos da minha vida. Sete. O universo tinha um senso de humor peculiar.

A dor que eu senti por Iago nos últimos, oh, sei lá, sete anos? Ela se desfez. Como um véu que finalmente é arrancado. Eu estava livre. E ri. Uma risada que começou baixa e se transformou em gargalhada, ecoando pelo apartamento vazio.

Peguei meu celular e postei uma foto do relógio no meu pulso, com a legenda: "Novo começo. Nova era." Não marquei Artur. Não precisei. As notícias se espalhariam sozinhas.

O telefone tocou. Era Iago. A foto de perfil dele, sorrindo. O mesmo sorriso que Stefania tinha beijado horas antes. Eu ignorei. E bloqueei o número dele. Sem hesitar.

Minha assistente, Cecília, entrou na sala, a testa franzida. "Senhora Eliza, o Iago está ligando incessantemente. Ele ligou cinco vezes em dez minutos. Quer saber o que fazer." Ela parecia irritada.

"Bloqueie", eu disse, sem olhar para cima. "Se ele encontrar outra forma de ligar, bloqueie de novo. Não quero nenhuma comunicação com ele."

Lembrei-me do empresário de Iago, um homem gorducho e arrogante, que sempre me tratava com condescendência. "Eliza, querida, você precisa entender que ele é uma estrela agora. Ele não pode se dar ao luxo de ter uma namorada que não contribua para a imagem dele." Eu era uma arquiteta. Eu desenhava projetos bilionários. Mas para eles, eu era apenas a namorada que ele escondia.

Percebi então. Eu era apenas um degrau. Um trampolim para o sucesso dele. Uma fonte inesgotável de dinheiro e apoio, enquanto ele escalava. E quando chegou ao topo, ele me chutou para longe. Eu era descartável.

"Diga a ele para não me incomodar", eu instruí Cecília, minha voz fria. "Diga que estou ocupada planejando meu casamento."

Cecília piscou. E vi um brilho de satisfação em seus olhos. Não estava enganada. Ela sempre soube. Todos sempre souberam. Menos eu.

Meu telefone tocou de novo. Era um número desconhecido. Hesitante, atendi. "Eliza, o que diabos você está fazendo?", a voz de Iago rugiu do outro lado da linha. Ele soava furioso. "Apague essa porcaria agora! Você não está se casando, Eliza! Ninguém quer você!"

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Quando o Amor Morre no Asfalto

Quando o Amor Morre no Asfalto

Moderno

5.0

Estava grávida de sete meses, o mundo parecia perfeito. A minha cunhada, Clara, e eu íamos para casa, um dia normal como tantos outros. De repente, o som de metal a rasgar. O carro capotou e o impacto atirou-me contra o vidro. Lá dentro, o pânico começou. O meu Miguel, o meu marido, o pai do meu filho, chegou ao local. Mas ele correu para a sua irmã, que gemia com um braço partido. Enquanto eu, com a barriga a sangrar, lhe suplicava ajuda, ele gritou: "Espera, Sofia! Não vês que a tua cunhada está ferida?". A última coisa que vi antes da escuridão foi ele a confortar Clara, enquanto eu sangrava sozinha. Perdi o nosso filho. No hospital, ele e a sua mãe culparam-me pelo acidente. "Talvez tenha sido para melhor", a minha sogra disse, referindo-se à morte do meu bebé. E Miguel, o meu Miguel, permaneceu em silêncio. Não me defendeu, como nunca me defendera. Percebi que toda a minha vida com ele tinha sido uma mentira. Aniversários esquecidos, dinheiro desviado para a Clara, a minha gravidez minimizada. Tudo sempre girou em torno dela, da sua irmã, do seu "laço inquebrável". Eu e o nosso filho éramos sempre a segunda opção. Como pude ser tão cega? Como pôde um homem que jurou amar-me e proteger-me abandonar-me assim? O meu filho não morreu por um acidente, mas pela frieza e egoísmo do homem que amei. Eu não estava louca, a minha dor não era apenas luto. Era raiva. Uma raiva fria e calculista. Não queria vingança, mas justiça. "Quero o divórcio." As palavras saíram com uma força gelada. Eu não pediria nada dele, apenas a minha liberdade. Mas então, descobri o extrato bancário. 5.000 euros para as facetas dentárias da Clara, pagos com o nosso dinheiro, enquanto ele me dizia que tínhamos de "apertar o cinto". Esta não era apenas uma traição emocional; era fraude. Eles queriam guerra? Iam tê-la. E eu ia ganhar a minha vida de volta.

No Altar da Traição

No Altar da Traição

Romance

5.0

Meu coração batia forte. Finalmente, o dia do meu casamento com Juliana havia chegado. Trabalhei anos em dois empregos para sustentar não só a mim, mas a toda a família dela. O pai bêbado, a mãe doente, os irmãos que precisavam de tudo. Eu faria de novo, mil vezes, por amor. Mas enquanto o padre começava a cerimônia, algo estava errado. O sorriso dela não estava ali. Ela olhava fixamente para a porta. De repente, as portas se abriram com um estrondo. Um homem alto e elegante entrou. "Marcelo!", a voz de Juliana soou, surpresa e feliz. Para meu choque, Juliana correu para os braços dele. Eles se abraçaram diante de todos, um abraço que não era de amigo. Fiquei paralisado no altar, meu sorriso congelado, uma máscara patética. Perguntei: "Juliana, o que está acontecendo?" Ela se virou para mim, o rosto contorcido em desdém. "Ricardo, me desculpe, mas eu não posso fazer isso. Eu não posso me casar com você." O salão se encheu de sussurros e risos abafados. Marcelo passou um braço possessivo pela cintura dela e me mediu de cima a baixo. "Você realmente achou que ela se casaria com um Zé Ninguém como você?" A humilhação era uma onda física, quente e sufocante. Olhei para a família dela. O Sr. Carlos deu de ombros, tomando um gole da garrafa escondida. Tios e primos, que ajudei tantas vezes, me olhavam com pena e desprezo. Eles sabiam. Todos sabiam. Eu era um palhaço no meu próprio circo. Meu coração, antes cheio de felicidade, era agora um buraco vazio. Tudo pelo que trabalhei desmoronou em um instante de traição pública. Fiquei ali, sozinho no altar, enquanto minha noiva me trocava por um homem mais rico. A dor era tão intensa que parecia irreal. Mas então, Juliana estendeu um maço de notas. "Tome. É para... Compensar pelo seu tempo. Pelos gastos com essa festa ridícula." O insulto foi tão cruel que até os parentes fofoqueiros dela ficaram constrangidos. Olhei para o dinheiro, para o rosto dela, e uma clareza fria me atingiu. Eu não precisava da caridade dela. Porque, há poucas semanas, meus pais biológicos me encontraram. Eu era um Almeida. O único herdeiro de uma das famílias mais ricas do país. Enquanto ela me humilhava por ser pobre, eu era, na verdade, infinitamente mais rico do que Marcelo. "Não, obrigado, Juliana. Pode ficar com o dinheiro. Você vai precisar mais do que eu." Eu estava livre. Finalmente. Eu era o tolo útil, o burro de carga que financiou a vida da família dela. Agora, a dor se transformava em raiva gelada. Minha bondade, lealdade e sacrifício não foram amor; foram exploração e manipulação. Eu não era o noivo traído. Eu era a vítima de um golpe cuidadosamente orquestrado. Enquanto caminhava para pegar minhas coisas, Marcelo e seus brutamontes me bloquearam. Juliana me acusou de persegui-la, de ser um parasita. Ela me jogou o dinheiro outra vez. Eu o tirei do bolso e o deixei cair no chão. "Eu não preciso da sua caridade, Juliana." Com um celular velho, disquei o número que aprendi de cor. "Pai? Aconteceu uma coisa. Podem vir me buscar?" Meu pai biológico respondeu: "Já estamos a caminho. Cinco minutos." Eu não lutaria mais. Eu iria embora. Na manhã seguinte, minha casa estava cercada. Juliana, Marcelo, o Sr. Carlos e toda sua comitiva me zombavam. "Olhem só! O sem-teto. Passou a noite na rua. Você não é nada sem nós!" O Sr. Carlos cuspiu no chão. Levantei a cabeça, exausto, mas sem dor. "Você já terminou, Juliana?" Ela zombou: "Terminei? Eu nem comecei! Você vai aprender o que acontece quando se cruza o meu caminho." Mas então, um ronco suave de motores preencheu o ar. Um Rolls-Royce Phantom preto polido apareceu no fim da rua. Seguido por dois Mercedes-Benz. Juliana, ambiciosa, pensou que fossem os contatos de Marcelo. Mas a porta do Rolls-Royce se abriu, e um mordomo impecável saiu. Ele ignorou a todos, caminhou até mim, fez uma reverência profunda e disse: "Senhor Ricardo. Perdoe-nos pelo atraso. Seus pais estão esperando no carro." O mundo de Juliana parou. "Senhor Ricardo?" O que era isso? Marcelo riu nervosamente: "Isso é uma piada? Ele é um Zé Ninguém!" O mordomo se virou, com um olhar gelado: "Eu sugiro que o senhor meça suas palavras ao se dirigir ao único herdeiro da família Almeida." O nome "Almeida" pairou no ar como uma bomba. A família mais rica do estado. O rosto do Sr. Carlos ficou branco. Juliana começou a tremer. A porta do outro lado do Rolls-Royce se abriu. Meus pais. Elegantes. Poderosos. Juliana tentou novamente, desesperada. "Ri... Ricardo... eu... eu não sabia... Me perdoe... eu te amo..." Eu me levantei do banco. Passei por ela como se ela fosse invisível. Abraçei minha mãe. Apertei a mão do meu pai. Eu não senti nada. Apenas um vazio absoluto. Meu pai se virou para Marcelo: "Vamos ver como seus negócios se saem quando todos os seus contratos forem cancelados e seus empréstimos forem cobrados. Hoje." E para a família de Juliana: "Quanto a vocês... aproveitem a casa. A ordem de despejo será entregue amanhã." Juliana correu atrás de mim. "Ricardo, por favor! Foi um erro! Eu amo você! Podemos começar de novo!" "Adeus, Juliana", eu disse. Entrei no Rolls-Royce. Eu estava indo para casa.

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro