Treze Anos de Suas Mentiras

Treze Anos de Suas Mentiras

Gavin

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7
Capítulo

Por treze anos, eu esperei pelo meu noivo, Bruno. Nosso casamento foi barrado noventa e nove vezes pelo conselho da família dele, ou pelo menos foi o que ele me disse. A cada vez, ele aceitava uma punição corporativa pública, bancando o mártir pelo nosso amor. Mas no dia da centésima votação, eu ouvi a verdade. O conselho tinha aprovado nosso casamento todas as vezes. Era ele quem sabotava tudo, inventando problemas para agradar sua manipuladora irmã adotiva, Carla. Naquela noite, numa "festa surpresa", ele a beijou com uma paixão que não me mostrava há anos. Quando o confrontei sobre as mentiras dela, ele me empurrou. Eu caí, minha cabeça se abriu na mesa de centro. Enquanto eu sangrava no chão, ele não me ajudou. Ficou parado, protegendo a irmã que chorava. "Peça desculpas para a Carla, Alina." Foi quando finalmente vi o homem fraco que ele era. Limpei o sangue do meu rosto, saí da vida que construímos e aceitei a proposta de casamento do maior rival dele.

Capítulo 1

Por treze anos, eu esperei pelo meu noivo, Bruno. Nosso casamento foi barrado noventa e nove vezes pelo conselho da família dele, ou pelo menos foi o que ele me disse. A cada vez, ele aceitava uma punição corporativa pública, bancando o mártir pelo nosso amor.

Mas no dia da centésima votação, eu ouvi a verdade. O conselho tinha aprovado nosso casamento todas as vezes. Era ele quem sabotava tudo, inventando problemas para agradar sua manipuladora irmã adotiva, Carla.

Naquela noite, numa "festa surpresa", ele a beijou com uma paixão que não me mostrava há anos. Quando o confrontei sobre as mentiras dela, ele me empurrou. Eu caí, minha cabeça se abriu na mesa de centro.

Enquanto eu sangrava no chão, ele não me ajudou. Ficou parado, protegendo a irmã que chorava.

"Peça desculpas para a Carla, Alina."

Foi quando finalmente vi o homem fraco que ele era. Limpei o sangue do meu rosto, saí da vida que construímos e aceitei a proposta de casamento do maior rival dele.

Capítulo 1

A luz suave do abajur projetava sombras longas sobre as costas musculosas de Bruno enquanto ele se inclinava para me beijar. Seus lábios tinham o gosto do uísque caro que ele gostava, um conforto familiar. Meus dedos traçaram a cicatriz acima do seu quadril, uma lembrança de uma aposta de infância. Treze anos. Parecia uma vida inteira. Estávamos tão perto. A centésima votação, aquela que finalmente nos tornaria oficiais, estava a apenas algumas horas de distância.

"Relaxa, Alina", ele murmurou contra meu pescoço, seu hálito quente. "Vai dar tudo certo. Desta vez, eu sinto."

Eu queria acreditar nele. Queria mesmo. Mas um calafrio de ansiedade, frio e agudo, percorreu meu corpo. Não era o nervosismo habitual de antes da votação. Algo parecia errado. Seu toque, geralmente tão elétrico, parecia vibrar com uma energia estranha, quase frenética esta noite.

Ele se afastou, seus olhos procurando os meus. "Você está bem?"

Forcei um sorriso. "Só... cansada. Foram cinco anos longos, Bruno."

Ele assentiu, passando a mão por seu cabelo escuro perfeitamente penteado. Ele era a personificação de um Monteiro, bonito e imponente, um CEO nato. Tinha que ser. O conglomerado da família Monteiro não exigia nada menos.

"Eu sei, meu bem. Eu sei." Sua voz estava carregada de uma exaustão que parecia atravessar sua fachada polida. "Mas estamos quase lá. Mais um obstáculo."

Ele segurou meu rosto, seu polegar acariciando minha bochecha. "Me destrói, Alina, que você tenha tido que passar por isso. Todas aquelas punições corporativas públicas, o escrutínio. É injusto."

Eu me inclinei em seu toque, tentando extrair segurança dele. Era verdade. Cada votação fracassada, cada "complicação de última hora", resultava em Bruno tendo que aceitar publicamente uma punição corporativa. Uma demonstração de compromisso, o conselho chamava. Uma demonstração de que ele estava disposto a sofrer por suas escolhas. Pela nossa escolha.

"Está tudo bem", sussurrei, mesmo não estando. Nunca esteve. "Nós vamos superar isso. Juntos."

Ele assentiu novamente, embora seus olhos parecessem ter um brilho de algo que eu não conseguia decifrar. Uma sombra, talvez. Ou um segredo. Ele me abraçou mais forte então, quase me esmagando, como se tentasse nos fundir em um só, para nos proteger do mundo exterior. Ou talvez, de algo dentro de si mesmo.

Mais tarde, enquanto ele dormia ao meu lado, sua respiração profunda e regular, me peguei encarando o teto. A inquietação não havia desaparecido. Pelo contrário, havia crescido, um nó se apertando em meu estômago. Bruno, o CEO poderoso e carismático, era um homem diferente na sala de reuniões. Implacável, decidido, afiado. Mas quando se tratava do nosso casamento, dessas intermináveis votações do conselho, ele era... suave. Quase passivo. Ele sempre aceitava a decisão do conselho com um suspiro, um encolher de ombros, um olhar de profunda resignação que sempre parecia dizer: *O que eu posso fazer? É tradição da família.*

Mas algo em seus olhos esta noite, um brilho quase maníaco, minou essa narrativa familiar. Um pavor gelado se instalou sobre mim. Era como assistir a uma peça, uma performance que eu já tinha visto noventa e nove vezes, e de repente notar um ator errar uma deixa, um objeto fora do lugar. A ilusão era frágil, ameaçando se quebrar.

Eu tive um pressentimento terrível. Uma premonição, fria e clara, de que esta centésima votação seria o ato final. Não porque finalmente venceríamos, mas porque algo se quebraria irrevogavelmente. Nossa história, aquela na qual eu derramei treze anos da minha vida, parecia estar chegando ao fim. Uma última e dolorosa chamada de cortina.

A família Monteiro. A influência deles permeava todos os aspectos de nossas vidas. O conselho da fundação deles detinha o poder final sobre qualquer casamento envolvendo um herdeiro direto, especialmente o CEO. A aprovação unânime era necessária. Não apenas uma maioria. Unânime. Uma tradição, eles chamavam. Uma salvaguarda contra o enfraquecimento da dinastia.

Por cinco anos, enfrentamos essa tradição. Noventa e nove vezes, a votação falhou. Noventa e nove vezes, uma "complicação de última hora" surgiu. Noventa e nove vezes, Bruno aceitou sua punição corporativa pública com aquele mesmo suspiro cansado e pesaroso. A cada vez, eu tentava me convencer de que ele estava fazendo o seu melhor, que estava lutando por nós contra uma força intransponível.

Mas a pura repetição, a natureza idêntica das falhas, começou a me irritar. Era um padrão, perfeito demais para ser acidental. E eu estava cansada de ser um peão em qualquer que fosse esse jogo.

Desta vez, eu decidi, não iria apenas esperar. Eu iria agir. Eu estaria lá. Eu veria por mim mesma.

Saí da cama ao amanhecer, deixando Bruno dormir. Minha mente estava decidida. Eu iria à reunião do conselho. Não para interferir, não para suplicar, mas para simplesmente... observar. Para finalmente entender que força mística continuava a descarrilar nosso futuro. Vesti-me rapidamente com um tailleur elegante e profissional. Meu coração batia um ritmo frenético contra minhas costelas. Não se tratava mais apenas de uma votação. Era sobre confiança. Sobre a verdade.

A sede do Grupo Monteiro se erguia contra o céu da manhã, um monolito de vidro e aço na Faria Lima. Respirei fundo, o ar frio queimando meus pulmões. Meus saltos polidos estalavam contra o piso de mármore enquanto eu me dirigia à sala de reuniões executiva no último andar. O ar ficou pesado de antecipação, ou talvez, do meu próprio pavor, à medida que me aproximava. Encontrei uma alcova discreta do lado de fora das portas fechadas, uma pequena entrada de serviço frequentemente usada pela equipe. Dali, eu podia ouvir tudo.

As vozes abafadas lá dentro subiam e desciam, uma sinfonia séria de poder. Apurei os ouvidos, meu coração martelando. Então, uma voz, clara e distinta, cortou o zumbido. Era Bruno.

"Eu entendo, senhores", disse ele, seu tom surpreendentemente firme, quase aliviado. "Parece que temos mais um... problema imprevisto."

Problema imprevisto? Meu sangue gelou. De novo?

Um suspiro coletivo, depois um coro de murmúrios dos membros do conselho.

"Ah, Bruno, meu rapaz", uma voz mais velha trovejou, provavelmente o velho Seu Horácio, o patriarca da família. "Cem votos, e ainda sem consenso. Um verdadeiro teste à sua resiliência, não diria?"

Minha respiração falhou. Cem votos. Eles tinham feito. E tinha falhado de novo. Minha mente girou. Era isso. O ponto de ruptura. Depois de todo esse tempo, toda essa espera, toda essa esperança...

Então ouvi algo que fez o mundo girar em seu eixo.

"Na verdade, Seu Horácio", disse Bruno, sua voz agora desprovida de qualquer pretensão de resignação, quase alegre, "a votação na verdade passou. Por unanimidade, para ser exato."

Meu corpo enrijeceu. O sangue sumiu do meu rosto, deixando minha pele úmida e fria. Passou? Por unanimidade? Mas ele tinha acabado de dizer que havia um "problema imprevisto". O que estava acontecendo? Minha mente lutava para processar essa contradição súbita e violenta. Era como se alguém tivesse puxado o tapete debaixo dos meus pés, apenas para revelar um abismo enorme por baixo.

Um silêncio atordoado caiu na sala, então a voz de Horácio, afiada de suspeita. "Passou? Então qual é esse 'problema imprevisto' de que você fala, Bruno? Não brinque conosco."

Bruno riu. Um som seco e sem humor que pareceu um tapa no meu rosto. "Bem, vejam bem, eu... eu inventei. De novo."

Um suspiro coletivo do conselho. Minha visão embaçou. Inventou? Ele inventou? As palavras ecoaram na minha cabeça, um refrão cruel e zombeteiro. Ele estava orquestrando isso? O tempo todo?

"Bruno!" A voz de Horácio era puro trovão agora. "Você perdeu o juízo? Por que diabos você faria uma coisa dessas? Você tem alguma ideia das implicações dessa enganação?"

Pressionei minhas costas contra a parede, meus joelhos ameaçando ceder. Meu mundo, aquele construído sobre treze anos de sonhos compartilhados e promessas não ditas, estava desmoronando ao meu redor.

"É a Carla", disse Bruno, sua voz plana, desprovida de emoção. "Ela... ela descobriu que a votação estava prestes a passar. Teve outro de seus surtos. Ameaçou... bem, fazer coisas. Coisas ruins."

Carla. Sua irmã adotiva. Meu estômago se revirou. As "complicações de última hora" não eram atos aleatórios do destino. Eram os surtos emocionais de Carla, usados como arma contra nosso futuro, com Bruno como seu cúmplice voluntário.

"Carla Monteiro?" outro membro do conselho zombou. "A garota que trabalha como sua assistente executiva? Você quer dizer que sabotou seu próprio casamento, cem vezes, por causa dos 'surtos' dela?"

"Ela é minha irmã", disse Bruno, sua voz endurecendo. "Ela passou por muita coisa. E ela depende de mim. Ela confia em mim, emocionalmente. Ela acredita que se eu me casar com a Alina, vou abandoná-la. Ela não consegue lidar com isso."

"E Alina Bastos? A mulher que você supostamente ama há treze anos?" Horácio pressionou, sua voz carregada de nojo. "E o bem-estar emocional dela? O compromisso dela? Seus anos de espera?"

Bruno ficou em silêncio por um longo momento. Imaginei-o passando a mão pelo rosto, aquele gesto familiar de exasperação. "A Alina... ela é forte. Ela entende. Ela conhece minha história com a Carla."

Não, Bruno. Eu não entendo. Minhas mãos se fecharam em punhos, minhas unhas cravando em minhas palmas. Eu não entendo nada disso.

"Você disse a ela que era o conselho, não disse?" A voz de Horácio estava fria. "Você a deixou acreditar que nós éramos os obstáculos."

"Ela não teria aceitado de outra forma", admitiu Bruno, sua voz mal um sussurro. "Ela não teria entendido as... necessidades da Carla."

"Então você prefere que ela acredite que somos tradicionalistas cruéis e arcaicos a enfrentar o comportamento manipulador da sua irmã?"

Bruno suspirou. "Não é manipulação, senhor. É... fragilidade. Ela realmente acredita que ficará sozinha. E depois do que ela passou, eu não posso... não posso ser eu a empurrá-la para o abismo."

Minha mente voltou para Carla. Aparentemente frágil, sim. Digna de pena, talvez. Mas sempre à espreita sob a superfície havia uma possessividade intensa, quase obsessiva, em relação a Bruno. Eu tinha visto, descartado como afeto de irmã. Agora, estava claro. Ela não era apenas frágil. Ela era uma arma. E Bruno era seu escudo.

"E então, você aceitará a punição corporativa, presumo?" perguntou Horácio, sua voz pingando desdém irônico.

"Sim, senhor", respondeu Bruno, sua voz firme novamente. "Eu aceitarei. É um preço pequeno a pagar para manter a paz."

Paz. Meu futuro, minha dignidade, todo o meu relacionamento, reduzido a manter a paz com uma mulher manipuladora.

Um soluço engasgado escapou dos meus lábios, mas rapidamente tapei a boca com a mão. Eu tinha que sair. Antes que me ouvissem. Antes que ele me ouvisse. A dor era imensa demais, sufocante demais para conter. Era uma dor física, profunda no meu peito, rasgando minha própria alma. Meus joelhos finalmente cederam, e eu deslizei pela parede, agarrando meu peito, ofegando por ar. O chão de mármore estava frio contra minha bochecha, espelhando a frieza que acabara de se infiltrar em meu coração.

A vibração rítmica do meu celular me assustou, cortando a névoa da minha agonia. Era uma ligação da minha tia, uma parente distante, mas a coisa mais próxima que eu tinha de família desde que meus pais faleceram. Atrapalhei-me com o telefone, meus dedos desajeitados com o choque, e atendi.

"Alina, querida? Como foi?" ela perguntou, sua voz brilhante e esperançosa. "Os Monteiro finalmente caíram em si? Você e o Bruno finalmente vão marcar a data?"

Suas palavras torceram a faca em minhas entranhas. O que eu poderia dizer? *Ah, foi maravilhoso, tia. O Bruno passou na votação, só para inventar um problema porque a irmã adotiva dele fez birra. Ele tem feito isso por cinco anos. Ele mentiu para mim, para todo mundo, para apaziguá-la.* As palavras ficaram presas na minha garganta, um gosto amargo e metálico.

"Alina? Você está aí?"

Minha voz era um sussurro rouco e quebrado. "Tia... eu..." Eu não conseguia formar as palavras. A traição era muito recente, muito profunda.

"Oh, querida, não me diga que aconteceu de novo", sua voz suavizou, tingida com uma decepção familiar. "Aquela família... eles nunca vão te aceitar de verdade, não é? O Bruno é um tolo por deixá-los enrolá-lo assim."

Ela estava mais perto da verdade do que imaginava, mas tão longe das profundezas da enganação real.

"Sabe", ela continuou, seu tom mudando, tornando-se mais decidido, "meu velho amigo, o Seu Ramalho. Sabe, Diogo Ramalho, do Grupo Ramalho? Ele tem perguntado por você. Ele sempre admirou seu trabalho, seu espírito. Ele até me fez uma proposta, por você, um tempo atrás. Eu disse a ele que você estava noiva, mas... bem, ele é um homem persistente. E um bom homem, Alina. Um homem muito bom. Ele está procurando uma esposa, alguém para construir um futuro, uma parceira de verdade. Não alguém para manter escondida por anos."

Diogo Ramalho. O nome, um contraste gritante com o de Bruno, me sacudiu. Diogo. O CEO rival, o homem que sempre me olhou com admiração aberta, nunca com a pena velada ou a compreensão condescendente que eu via nos olhos dos outros quando a família de Bruno era mencionada. Ele era estável, decidido, e sempre me tratou com respeito. Ele tinha me visto, Alina Bastos, não apenas a noiva perpetuamente em espera de Bruno Monteiro.

Minha tia fez uma pausa, permitindo que suas palavras penetrassem. "Alina, você merece coisa melhor. Você merece um homem que te coloque em primeiro lugar, inequivocamente. Um homem que não tenha medo de lutar por você, não contra você. Pense nisso, querida. Siga em frente. Construa uma nova vida. Uma vida de verdade."

As palavras ressoaram profundamente dentro de mim, um canto de sereia de esperança na paisagem desolada do meu noivado desfeito. Uma vida de verdade. Com um parceiro de verdade. Minha mente, ainda se recuperando da confissão de Bruno, tomou uma decisão súbita e drástica.

"Tia", eu disse, minha voz rouca, mas firme, "Diga ao Seu Ramalho... diga ao Diogo que eu aceito."

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