Login to Lera
icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon
O noivo da mãe
4.9
Comentário(s)
35.7K
Leituras
30
Capítulo

Fabiane nunca poderia imaginar que o motorista daquele aplicativo fosse lhe proporcionar a noite mais incrível, recheada de paixão, prazer... A melhor de sua vida! O que ela não sabia era que aquele misterioso homem fosse noivo de sua narcisista mãe e que por trás daquele noivado existia um acordo que a mãe não estava disposta a abrir mão e muito menos cumpri-lo. Uma história de amor, traição e uma morte que precisará ser desvendada!

Capítulo 1 A vingança

Fabiane tirou a calcinha e jogou na cama. Aquele vestido não pedia uma calcinha.

Ele se moldava sob seu corpo delgado dando aparência sexy e arrebatadora.

Até a data de hoje ela havia ficado calada, vendo as loucuras e maldades da mãe.

Dessa vez ela veria quem era Fabiane e que também sabia chamar atenção quando queria. Não gostava de escândalos, porém seria isso que ela faria na festa de cinquenta e cinco anos de sua mãe.

Elas nunca tiveram bom relacionamento e nunca ligou em não ser convidada para nenhuma de suas festas fúteis, mas naquela ela queria ir!

Ahh como queria!

Dez anos haviam se passado sem que elas tivessem algum tipo de contato físico. Ela não se importava e tinha certeza que a mãe também. Dez longos anos!

Olhou sua imagem no espelho e fez uma leve careta.

Ela era muito parecida com sua mãe.

A beleza era idêntica.

E por muitos anos ela odiava olhar-se no espelho e ver a imagem daquela mulher que sempre a tratou com desprezo.

Ela sempre havia sido humilhada e desprezada pela mãe. Durante anos Marlene Costa havia feito piadas de sua aparência, voz ou qualquer coisa que fazia, ela não cansava em ridicularizá-la na primeira oportunidade.

Fabiane possuía a beleza da mãe, mas o temperamento do pai. Um escritor calmo que havia se divorciado após várias traições. Um homem culto e inteligente, porém fora manipulado pela mulher durante anos.

Após a separação ele havia comprado uma casa no sul da Itália e desde então eles se encontravam duas a três vezes durante o ano. Ela amava o pai. Não entendia como um homem igual a ele havia conseguido viver com aquela mulher tão egoísta e má.

Um verdadeiro inferno conviver com Marlene Costa, com seu ego inflamado, sua altivez e maldade.

Foi o pai que lhe contou que a casa que um dia fora deles, aonde ela cresceu e teve sua infância e adolescência havia sido vendida pela mãe. Ele havia assinado documentos abrindo mão da casa e dando a bela propriedade que seria herança para Fabiane para Marlene. E por mais que ele havia suplicado que ela devolvesse, sua mãe havia se negado e posto a mesma a venda. Fabiane estava possessa, pois aquela casa era seu sonho. Ela planejara mudar-se, assim que terminasse seu doutorado. Mas seus planos foram interrompidos pela ambição de sua mãe e claro, ela nunca poderia aceitar que a filha herdasse alguma coisa e ela ficasse de fora. A mãe sabia que a casa era importante para ela. Ela amava aquela casa e sempre sonhou em construir uma linda família ali, família, aliás, bem diferente da dela. Um lar com amor, onde seus filhos teriam sua atenção e carinho. Ela contaria lindas histórias, faria bolos e doces deliciosos e esconderia os brinquedos na época de Natal, igual sempre sonhou, mas nunca teve, pois sua mãe achava todas aquelas datas detestáveis. Marlene nunca aceitou que a filha herdasse a propriedade sozinha. Aliás, tudo que a filha ganhava, ela fazia de tudo para ter algo igual, ou melhor.

Fabiane balançou a cabeça irritada! Como o pai pode ter assinado papeis tão importante? Ele havia ficado tão chateado e envergonhado que só havia contado para ela o que havia acontecido duas noites atrás.

Ele não contou, mas ela sabia que a mãe devia ter feito algum jogo de sedução para fazê-lo dar a propriedade assim, de mãos beijadas.

Por isso decidiu ir à festa e confrontá-la.

Se a mãe a humilhasse, como estava acostumada a fazer iria enfrentá-la. A menina boba que corria e se escondia em seu quarto não existia mais. A menina que chorava tentando entender o porquê de tanto ódio e desprezo havia crescido e se tornado uma mulher independente e disposta a tudo.

E também queria conhecer seu novo namorado.

Ou melhor: Noivo!

A mãe estava noiva de um homem vinte anos mais novo que ela.

Marlene adorava rapazes mais novos! Era mentira! Ela adorava ser centro das atenções, e não se importava se os homens eram casados, novos ou velhos.

Sempre havia sido assim.

Seus namorados ficavam encantados com o corpo escultural de sua mãe. Comparava sua mãe a ela e isso a deixava louca de raiva.

Ela era engraçada e encantadora e adorava roubar a cena, principalmente quando os amigos da filha era a platéia. Ninguém acreditava que aquela mulher sorridente, bem humorada em casa era fria, calculista e extremamente cruel.

Seus amigos diziam que ela sentia ciúmes da mãe e era impossível faze-los acreditar nela.

Fabiane sentia-se impotente e preferia não levar mais seus amigos para sua casa.

O tempo ia passando e cada vez mais a beleza dela ia sobressaindo, seu corpo tomava formas e as pessoas, principalmente os rapazes ficavam também impressionados com sua beleza.

E Marlene sabia que a filha ganhava esses atributos, por isso não suportava viver com alguém que pudesse ofuscá-la.

Típica mãe narcisista!

Desde pequena Fabiane convivia com a mãe querendo chamar atenção de todos a sua volta, competindo com a filha em tudo. Sempre querendo prová-la que ainda continuava bela e desejada. Tudo que Fabiane fazia era motivo para deboche e provocação. Nada que ela fazia era bom suficiente para a mãe. E quando ela a confrontava sua mãe a esbofeteava, e depois chorava, dizendo que Fabiane que havia provocado. Colocava-se como vítima, como a mãe incompreendida e então todos se voltavam contra ela. Normalmente as brigas acabavam com Fabiane gritando e a mãe chorando se fazendo de coitadinha.

- Que se dane Marlene! – Disse dando retoque final na maquiagem.

Naquela noite ela faria da festa da mãe um inferno.

Iria flertar com seu noivo, assim como ela fazia com os seus namorados.

Iria dançar e chamar a atenção de todos na festa!

Iria mostrar que era a filha desprezada que poucos conheciam!

Ah se ia...

A mãe podia ser bela, mas ela faria de tudo para que ela não fosse o centro da atenção justamente no seu aniversario!

Viu sua imagem no espelho:

O vestido preto deslizava por seu corpo, mostrando sutilmente suas curvas.

Suas pernas ficavam à mostra devido a abertura até a coxa.

Seus seios ficavam emoldurados sob o fino tecido.

Ela estava gostosa, sabia disso!

As sandálias davam o toque final sexy que precisava.

Escovou os cabelos negros até que ficassem brilhosos caindo no ombro. Havia dado corte neles naquela semana no intuito de ir à festa. Olhos verdes e cabelos negros!

Essa era sua marca!

Pegou sua bolsa e saiu. Voltou correndo pegando a calcinha em cima da cama e a guardando na bolsa.

Covarde, pensou ela sorrindo.

Ela havia chamado carro pelo aplicativo e ele chegou bem na hora programada.

Entrou no carro dizendo o endereço para o motorista.

Percebeu que o homem olhava admirado, porém discretamente pelo retrovisor.

Ela se ajeitou no banco, cruzando as pernas.

Ele ficou desconcertado e desviou o olhar de seu rosto.

Ela começou a reparar nele: Um belo homem, nos seus trinta e poucos anos.

Moreno, olhos escuros, cabelos curtos e deixando a barba crescer.

Oh Deus!

Fabiane amava homens com barba!

E a dele estava impecavelmente cortada.

Ele era cheiroso, ela pôde sentir isso assim que entrou no carro.

Seus olhares se cruzaram pelo retrovisor e ele disse:

- Coloque o cinto senhora, por favor!

A voz dele era rouca e sensual e ela adorou aquele som.

Ela chegou mais perto do banco dele e reparou na sua mão que segurava firmemente o volante, ele não tinha aliança. Continuou observando o motorista e percebeu que seus músculos eram firmes e que ele era com certeza um homem que praticava algum esporte ao ar livre. A calca jeans estava combinando com a camisa polo verde. Os pelos do braço eram espessos e brilhosos. E ele estava bronzeado. E estava prestando atenção nela.

Bom sinal Fabiane! Pensou ela, sentido feliz em perceber que era também inspecionada por ele.

- Ah sim, desculpe-me... Eu sempre coloco... Mas dessa vez eu pisei na bola, foi mal...

- Tudo bem...

- Eu queria muito ir com meu carro, mas ele não ficou pronto.

Normalmente ela não puxava assunto com os motoristas de aplicativos. Ela sempre ficava calada pedindo a Deus que chegasse a seu destino, mas aquele motorista estava despertando nela algo diferente e ela queria saber mais sobre ele e especialmente continuar ouvindo a sua voz e que voz!

Uma voz tão marcante e sensual que ela sentia um arrepio no corpo.

- E o que aconteceu com ele? - Perguntou o motorista interessado no assunto a olhando pelo retrovisor.

- Eu fui visitar meu pai e no caminho para o aeroporto eu entrei nesses buracos e... Bem, acabei quebrando alguma coisa, acho que ele falou sobre...

- Suspensão!

Os dois falaram juntos e caíram na risada.

E se ela estava encantada com a voz dele, sentiu um frenesi quando o som de seu riso chegou até seus ouvidos. Meu Deus que risada gostosa, pensou ela desviando o olhar do retrovisor.

- Malditos buracos! -Disse ele ainda sorrindo.

- Sim...

Ela era tímida, sempre fora, mas perto dele sentia um frisson, uma coisa estranha, uma atração assustadora. Sem perceber começou a tagarelar na intenção de saber mais dele, de ouvir com atenção cada coisa que falasse.

- Mas creio que amanhã ou depois estará pronto!

- E não vai mais precisar de mim.

- Perdão? - Perguntou ela surpresa. Ele sorriu percebendo a confusão e completou:

- Quis dizer que, quando pegar seu carro, não vai mais precisar de um motorista. Esse carro é de um amigo. Essa noite a esposa dele teve o quarto bebê e o danadinho me pediu para quebrar esse galho para ele...

Ela ouvia a tudo interessada:

- Caramba, quatro crianças... Eu sou filha única, mas sempre quis ter irmãos.

A voz dela estava melancólica e ele reparou. Mas ela sorriu e continuou a conversa:

- Quem sabe? Talvez eu precise sim de você, quero dizer do serviço - Respondeu rápido – Eu às vezes deixo o carro na garagem...

- Entendo... Bom, nesse caso - Ele abriu a porta luvas e retirou um cartão e lhe entregou – Fique com o número, pode ser que precise outro dia.

E piscou.

Fabiane sorriu de volta.

Gostava dele.

Ele era bonito, interessante e parecia muito inteligente.

- Mas me diga: Aonde uma mulher tão bonita vai sozinha a essa hora da noite?

Ahh se ele soubesse. De repente a vontade dela de ir a festa passou. Ela preferia mil vezes ficar conversando com aquele desconhecido. Sentar em algum lugar e jogar conversa fora tomando alguma bebida.

Por mais que quisesse terminar com a festa da mãe, chamar a atenção ou sei lá mais o que ela faria lá, toda vontade acabou, passou, como num passe de mágica! Ela queria ficar ali, batendo papo com o motorista desconhecido.

- Em uma festa... - Não deu maiores detalhes, afinal quem entenderia aquela loucura do relacionamento dela e da mãe?

- Ah festa! Hoje é o dia das festas... – Ele pareceu profundamente irritado.

- É, faz parte da vida! Você não gosta de festas?

Ele sorriu e respondeu:

- Eu preciso trabalhar. Então, finais de semanas eu estou esgotado, querendo comer uma pipoca e me encher de coca cola!

- E você trabalha em quê?

Ele a olhou pelo retrovisor e pareceu pensar na resposta.

- Em um escritório.

Ela não insistiu, era claro que ele não desejava falar sobre.

-Você é muito bonito e não parece que se entope de pipocas e coca cola finais de semana!

Ele riu com vontade, porque era exatamente o que fazia.

- Sério? E por que você acha isso? Eu sou um cara bem comum. Eu e meu amigo adoramos jogar bola aos domingos e voltarmos sujos pra casa e fazemos churrasco em seu quintal, com os filhos dele correndo e a esposa dele gritando com elas...

Ele ria com vontade e ela achava lindo aquele jeito descontraído e ao mesmo tempo sexy dele.

- Eu duvido... Deve ter um monte de mulheres aos seus pés e você não pára com nenhuma...

Ele riu de novo levantando a sobrancelha se divertindo e lisonjeado com as opiniões dela.

- Moça às vezes as aparências enganam. -Piscou para ela e tentou se concentrar na estrada. Aquela mulher mexia com ele, não somente aquele corpo maravilhoso, mas ele toda mexia com ele.

- Pois eu não me engano nas minhas deduções. Eu poderia apostar todo meu salário que... - ela parou o que ia dizer e viu que ele a olhava, rindo pelo retrovisor.

- O quê? Estou curioso para saber o que ia dizer.

- Que você é daqueles que... - Ela não conseguia mais terminar a frase. Estava mergulhada naqueles olhos escuros a observando pelo retrovisor. - Deixa pra lá é só uma opinião! Eu e minha boca grande...

Oscar fitou sua boca. Ela tinha uma boca carnuda e aquele batom realçava mais ainda a sensualidade dele. Ele engoliu em seco tentando se concentrar no percurso. Ah, aquela boca, pensou ele desnorteado, sentindo que estava entrando numa batalha vencida. O carro parecia agora que estava em chamas e sentia seu corpo arder. Seria perceptível o que ele sentia?

Ela encarava aqueles olhos escuros querendo ter coragem de dizer o efeito dele sobre ela.

- Fica tranquila sou apenas um motorista...

Fabiane não sabia como, mas, ouviu-se dizendo: - Eu acho você muito atraente e acho um desperdiço eu estar sentada aqui atrás!

Pronto! A coragem dessa vez veio a galope e ela percebeu quando seu olhar passou de confuso para surpresa. Seus olhos tinham agora adquiriu um brilho perigoso. Um olhar felino!

Ela estava saindo para fazer um escândalo na festa da sua mãe, porque não ser atrevida com aquele homem lindo? Mesmo sendo ele um desconhecido!

Ela estava flertando com ele e gostando de tudo aquilo!

Os olhos dele eram um misto de sentimentos. Ele visivelmente travava uma luta interior. Mas dando uma última olhada para Fabiane e suspirando ele estacionou o carro e disse com voz rouca:

- Então está esperando o que? Venha aqui para frente!

A mão de Fabiane tremia quando abriu a porta e sentou do seu lado. Não acreditava que estava sendo tão ousada e insinuante para um total e melhor, gostando demais daquilo.

Ele a comeu com os olhos e disse:

- Pronto! Agora está satisfeita? -A voz dele estava rouca e ela adorava aquilo.

Como ficar imune aquela coisa irresistível sentado ali? Como terminar a noite e não experimentar aquela boca?

Ousada respondeu:

- Não!

- Sei... E o que você quer? O que eu posso fazer para que fique totalmente satisfeita?

Seus olhares se cruzaram, e ela sentiu como se um raio a atingisse. Ele se aproximou e a beijou.

Deus do céu!

Ela deveria estar muito louca, a raiva e adrenalina misturadas com aquele homem lindo haviam destruído todo juízo que ela um dia teve.

A boca do desconhecido era tão gostosa que poderia ficar beijando ele a noite toda.

Ele a puxou para cima dele e ela sentiu toda a sua excitação, ficou assustada, mas retribuía os beijos com a mesma intensidade.

- E então? Ainda tem a mesma impressão sobre mim? - Ele quis saber enquanto mordiscava seu pescoço.

- Sim... Eu sabia que você beijava como ninguém! Soube disso assim que bati os olhos nessa boca!

- Eu juro que pensei o mesmo!

Ela sentiu suas mãos passeando nas suas pernas e coxa.

Ela levantou o corpo pra ele sentir que estava sem calcinha.

- O quê? – Começou ele quando suas mãos entraram no vestido e não encontrou a parte de baixo de sua roupa.

Eles se entreolharam e ele meneando a cabeça disse:

- Sua louca! Você está sem calcinha... Que delicia, venha cá... - Ele a puxou para mais perto. E suas carícias eram deliciosas. Ela queria sentir mais e mais sua boca em seu corpo. Ele deitou o banco do carro e ela aproveitou para tocar em seu membro.

O homem estava excitado, muito excitado e ela também.

Ele fechou os olhos e gemeu quando sentiu sua mão o tocando. Aquilo era um martírio!

Ousando mais e mais ela desceu e agora sua boca e língua estavam no lugar se suas mãos. Ele gemia.

Fabiane adorava aquilo.

Adorava homens que não se reprimiam e gemiam. E ele não se importava em demonstrar o que estava sentido. Ela não estava acostumada com aquilo. Normalmente os caras com quem saía ou eram muito cheios de si e não faziam nada certo ou eram reprimidos. Ele simplesmente se entregava cada toque que ela dava em seu corpo.

Adorava saber que ele gostava das suas caricias.

- Você gosta né? – Ele provocou-Adora me ver assim... Oh Deus, que boca deliciosa que você tem menina... Vem cá!

E a puxou de novo para sua boca. A devorando.

Fabiane não estava preparada para o que veio a seguir, ele mudou de posição com ela.

Antes olhou para fora da janela e percebeu que estava a sós, não havia risco de ninguém vê-los.

Aquilo a encantou ainda mais.

Se bem que a ideia de que pudessem ser vistos a enchia mais de tesão.

Ele retirou seu vestido com cuidado e beijou seus seios, lambendo os mamilos já intumescidos. Ela estava lânguida! E quando ele a tocou, gemeu mais forte sentindo sua umidade entre as pernas.

- Que delicia! Você é uma delicia...

E a invadiu com sua língua macia.

Fabiane se contorcia de prazer e não sabia quanto tempo mais iria suportar aquela carícia.

Ele continuava vasculhando sua parte íntima. Louca de prazer ela alisava seus cabelos segurando sua cabeça na esperança que ele continuasse aquela magia erótica entre suas pernas e ele continuou. Sem conseguir mais controlar aquele frenesi ela se entregou ao momento final, cravando suas unhas em sua cabeça, suplicando que ele não parasse. Ele rapidamente sentou e a colocou sob ele, fazendo movimentos fortes e rápidos.

Ela não podia acreditar que sentiria aquele gozo novamente com aquele desconhecido, ali dentro daquele carro.

E foi o que aconteceu.

E os dois chegaram ao ponto ápice exatamente no mesmo instante. Ela tombou sobre seu corpo suado enquanto ele gemia em seu ouvido falando coisas desconexas e ora obscenas.

Tremendo, ambos nada diziam. Estavam apenas mergulhados naquele prazer que os havia transportado para o mesmo lugar.

Ela queria dizer algo, mas o que dizer?

Ofegantes eles se beijaram e ela deitou a cabeça sobre seu ombro forte.

Ele acariciava suas costas devagar.

Apertando sua pela, sentindo a textura e percebendo a loucura que havia feito.

Oscar cheirou a desconhecida e mordeu levemente seu ombro.

Ela estava calada, mas ele percebeu que ela também estava assustada com o que havia acabado de acontecer com eles.

Ele tirou os cabelos dela de seu rosto bonito e a beijou novamente.

Era tudo o que ele queria:

Beijar aquela mulher!

E aquilo foi seu maior erro, pois ele de novo sentiu seu sangue correr por suas veias e seu membro ficar completamente ereto novamente. Ele esperava as carícias daquela mulher e ela como uma gata no cio correspondeu ao beijo e de novo os dois estavam se agarrando e transando pela segunda vez.

Exaustos, depois que terminou o ato, ela escorregou para o banco carona sorrindo.

Ele estava sério. Ela feliz e realizada. Sentindo arder cada parte do seu corpo.

Ahh dane-se, a gente não vai se ver de novo mesmo, pensou ela agora triste com essa possibilidade.

- Olha... Assim eu terei que te chamar de novo hein! – Ela tentou brincar, mas percebeu o quanto ele parecia distante e até mesmo arrependido. Fabiane engoliu seco e tentou parecer calma quando falou: - Você parece arrependido! E eu que sou a mulher aqui...

Ele riu nervoso.

- Eu, eu nem sei por que fiz isso. Normalmente eu sou mais cuidadoso!

Ela arregalou os olhos agora entendendo que não usaram preservativos nas duas vezes.

- Fique tranquilo, eu tomo remédio... E sou saudável...

Como agora os dois pareciam dois estranhos? Deixe de ser tola! Vocês são estranhos, tenha agora um pouco de dignidade e saia de cabeça erguida, pensou ela olhando para fora do carro, tentando aceitar que a magia do momento se fora.

A coisa parecia ter sido tão natural e gostosa. Porque ele estava tão distante agora? E por que ela estava envergonhada?

Pra ela também havia sido bom.

E ponto. Mentira!

Ela não queria um ponto. Queria uma vírgula, reticências.

Qualquer coisa, menos nunca mais vê-lo.

- Fica tranquilo... - Ela abriu a bolsa e retirou de lá seu celular. -Olha! Eu acho que te dei o endereço errado, na correria. Esqueci que minha a festa é em outro endereço. Deixa te passar... - Ela começou a vasculhar no celular o endereço correto e passou para ele. Fabiane estava nervosa em perceber que o desconhecido ficava a cada minuto desconfortável. Que droga! Ela havia saído para tentar ferrar a festa da mãe e se envolve naquilo? Acabou transando com um desconhecido, num táxi e nem mesmo se protegido... Envergonhada ela se reclinou na cadeira tentando parecer tranquila. Mas seu coração parecia que ia sair pela boca. Ela estava envolvida em mistos de sensações: Deliciada com tudo que passou e envergonhada e surpresa com a atitude dele agora.

Mas o que você esperava? Um pedido de namoro? Recriminava-se.

- Ok, sem problemas... - Ele arrumava a roupa e ela não pôde deixar de olhar de novo aquele corpo maravilhoso. Vontade de mandar aquela festa pro inferno e convidá-lo para ir pro seu apartamento e fazer amor à madrugada toda.

- Olha moça, não me olhe assim. Confesso que está bem difícil, manter as mãos longe de você... Se continuar, eu juro que rasgo esse seu vestido e te possuo de novo!

Fabiane olhava para ele num misto de espantada e extasiada, na verdade ela adorou ouvir aquilo.

- E porque não faz? A gente pode comprar preservativos dessa vez e irmos pro seu apartamento ou o meu.

Ele arregalou os olhos, perplexo, mas ela viu todo seu desejo por ela também.

Ela não sabia por que, mas ele lutava agora com os sentimentos.

- Sua louca! – Ele resmungou. -Se ajeita e me passa o endereço certo!- Ele evitava olhar as curvas daquele corpo tentador.

Ela lentamente colocou o vestido.

Não havia percebido que estava sem a roupa. Ficar nua na frente dele parecia algo tão natural e normal para ela. Fabiane colocou o vestido sentindo o corpo em chamas. Sabia que a noite seria muito difícil, estava frustrada e cheia de tesão ainda por aquele homem e pelo que tudo indicava ele também por ela. Ela podia ver isso em seu olhar, no modo como ele a olhava.

Vestiu-se o olhando dentro dos olhos. Demorando mais que o suficiente, provocando-o.

Ele aguardava com os olhos sob seu corpo e os dedos presos no volante, pedindo a Deus força para não agarra-la novamente.

Ela riu, gostando do efeito que exercia sob ele. Mas de repente a verdade caiu sobre ela e se...

- Qual o nome dela?- Perguntou ela, sabendo que o que o incomodava era alguma mulher que deveria estar aguardando-o em casa com seus filhos. Aquela visão a deixou chateada.

Ele pareceu surpreso, mas não respondeu. Mas também não desmentiu.

- Me passe o endereço, por favor.

Ela mostrou o endereço e ele em seguida começou o trajeto em silêncio.

Continuar lendo

Você deve gostar

Outros livros de Dado Martins

Ver Mais
Capítulo
Ler agora
Baixar livro