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O emocionado CEO

O emocionado CEO

Vania Grah

4.9
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21
Capítulo

Pedro Sampaio é um homem que já passou por quatro casamentos fracassados, mas não perde a esperança de encontrar o amor verdadeiro. Determinado a não desistir, ele se depara com a vida conturbada de sua assistente Flávia Gonçalves, que desde a infância sofre com a violência de seu pai. Mas quando Pedro decide intervir e ajudar Flávia, ambos descobrem que a verdadeira felicidade pode estar mais próxima do que imaginavam. Em meio a conflitos pessoais e desafios inesperados, Pedro e Flávia percebem que o amor pode ser o remédio para curar todas as feridas do passado e construir um futuro juntos. Uma história emocionante sobre coragem, superação e o poder transformador do amor.

Capítulo 1 Ignorando

Pedro Sampaio

Ignore o que não lhe convém, como por exemplo, os dramas pessoais da minha assistente Flávia Gonçalves. Ela era competente e era mais do que o suficiente, todavia, eu não era o tipo de homem que admitiria isso para ela. Eu não queria me envolver em seus problemas pessoais, no entanto, não significava que não percebia os dias em que ela chegava para trabalhar com um olho roxo. Minha assistente nem sequer tentava disfarçar com maquiagem. O mais provável era ela ser surrada por algum namorado ciumento ou algo assim, embora ela não fosse uma mulher que se cuidasse era impossível não notar sua beleza natural.

— Senhorita Gonçalves, não esqueça de mudar o horário da reunião com os portugueses. — alertei, pois não queria desmarcar meu almoço com minha mãe.

— Sim, senhor! — respondeu, desviando seu olhar do meu. Aquele era seu jeito de tentar fugir de discussões. Não posso mentir e dizer que era um ótimo chefe porque não era, costumava ser bem rígido com todos os meus funcionários.

— Agora gostaria de ficar sozinho. Por que não vai tomar um café na copa? Estou sentindo seu nervosismo à distância!

Meu comentário fez com que ela quase caísse do seu salto alto. Ela tinha que ser tão medrosa? Não é como se eu fosse deixá-la pior do que estava.

— Agradeço, estou indo agora mesmo! — respondeu saindo do meu escritório apressadamente.

Nenhuma mulher merecia sofrer violência, principalmente física. Não posso negar que algumas vezes pensei na possibilidade de bisbilhotar a vida de Flávia somente para descobrir quem e porquê lhe faziam tanto mal. Não que eu fosse ser seu salvador ou algo assim, era mais curiosidade. Ela tinha a pele tão alva e cabelos tão negros quanto a noite, era simplesmente uma mulher interessante, porém, que não sabia seu potencial.

Minha empresa era de transportes de cargas nacionais e internacionais. Foram alguns anos até conseguir acertar em um negócio que realmente pudesse dar certo. É errando que aprendemos, não é mesmo? Foi com esse pensamento que arrisquei minha pequena herança herdada do meu pai. Tornei-me um homem bem de vida com meu esforço e o que antes era uma pequena herança, transformou-se em uma grande riqueza.

Em meus trinta e nove anos aprendi muitas lições e tive experiências não muito agradáveis também. Casei quatro vezes e me divorciei em menos de dois anos de cada uma delas. Pra que casei então? Bom, um dos meus defeitos era me apaixonar perdidamente e querer supostamente a vida inteira minha mulher, entretanto, a vida toda nunca foi, pelo menos até aquele momento. Eu não tinha filhos com nenhuma das minhas ex esposas, o que era maravilhoso. Não que eu não quisesse ter filhos, mas para ter uma família, tinha que ser uma para vida inteira, não gostaria de ter filhos espalhados pelo mundo e longe dos meus olhos.

Tinha quase três anos que tinha me divorciado do meu último casamento, desde então não me envolvi mais com ninguém seriamente. O que eu esperava? Talvez um amor verdadeiro? Pode parecer falso eu dizer isso, mas sim, era isso que queria, porém, era tudo que não conseguia.

Após revisar alguns documentos finalmente consegui sair da empresa até o restaurante onde minha mãe aguardava para o nosso almoço. Minha mãe não me esperava sozinha, outra vez ela tinha aprontado para cima de mim! Caminhei em direção a sua mesa tentando disfarçar minha frustração.

— Mamãe, por que convidou Lorena? — questionei em sua orelha após beijá-la no rosto. Lorena era minha prima de segundo grau, filha de um dos meus tios. Todos da família sabíamos o quão desesperada para casar ela era, acredito que por isso minha mãe tentava empurrá-la para mim.

— Filho, não vai cumprimentar sua prima? Ela deixou de fazer as coisas dela para nos acompanhar neste almoço!

Aquela foi a resposta da minha mãe, ignorando o que havia lhe perguntado.

— Tia Ana, Pedro não sabia da minha presença? — perguntou, fingindo surpresa. Acabei fazendo careta quando ela deu aquele sorriso cínico. Ela era uma mulher muito vulgar não somente por conta de suas roupas, mas também por suas atitudes de uma mulher qualquer.

— Olá, prima Lore! Quanto tempo não é mesmo? Há nem tanto, te vi sábado passado na piscina da casa da mamãe! Foi uma grande coincidência te reencontrar hoje novamente, naquele dia também foi uma mera coincidência você surgir justo no sábado que passaria o dia inteirinho com ela...

Se eu queria que ela ficasse pelo menos um pouco desconfortável? A resposta é sim! Puxei a cadeira do lado da minha mãe e sentei para ter um dos meus piores almoços sem dúvidas.

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