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20
Capítulo

Um médico.... Uma paciente.... Seducao... Paixão.... E erotismo.

Capítulo 1 A paciente

Entro no hospital para mais um plantão.

- Boa noite, Fátima!

Nossa doce recepcionista sorri ao me ver.

- Boa noite, Dr. Aguiar!

Sigo pelo corredor até o vestiário dos médicos.

Entro e vou para o meu armário.

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Abro e coloco minha mochila dentro. Abro o zíper

dela e deixo aberta, enquanto retiro minha camisa.

Puxo a camiseta branca e meu jaleco de dentro da

mala e guardo a que estava.

Antes de colocar a roupa sigo para a pia e lavo o

rosto.

- Enzo...

Vejo Maurício entrar com uma cara cansada.

- Plantão difícil?

- Muito.

Ele é oncologista pediatra. O hospital onde

trabalhamos possui uma ala própria para pacientes

com câncer.

Sou oncologista também, mas cuido dos adultos.

- Ainda não aceito o fato de uma criança pura e

cheia de vida ficar assim por causa de uma doença

tão cruel.

Senta no banco e começa a tirar as roupas.

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- Existem pessoas que não merecem passar por

tanto sofrimento Maurício, mas passam.

Seco meu rosto e sigo até ele, me sentando ao seu

lado.

- Minha mãe sempre me disse: Não questione a

vontade de Deus. Ele sabe o porque.

Bato em seu ombro e me levanto.

- Pensando nisso que parei de questionar porque

certas pessoas sofrem.

Colocando minha camisa e meu jaleco, fecho a

porta do meu armário.

- Vou para o meu plantão.

- Depois passa para ver minhas crianças, por favor.

- Não tem pediatra na sua ala hoje?

- Tem...

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Revira os olhos.

- Mas não gosto da forma como Gilberto trata meus

pequenos.

- Pode deixar que passo por lá.

Sigo para fora do banheiro e ando até o balcão

central.

- Dr. Aguiar!

Cássia a médica responsável pela Oncologia se

aproxima.

- Sra. Lins.

Sorri e encosta-se no balcão, me olhando.

- Assumindo o plantão agora?

- Sim.

Respondo observando os prontuários. Sinto-a se

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aproximar e me mantenho indiferente.

Ela vem investindo pesado para sairmos e venho

arduamente ignorando.

Cássia é esposa do dono do hospital e a última

coisa que quero é encrenca e dor de cabeça.

- O que acha de um café da manhã no fim do seu

plantão?

Agarro meus prontuários e encaro seu rosto.

- Não acho que seu marido gostaria de me ver com

a doutora.

Pego uma caneta e abro um sorriso.

- Com licença, Dra. Lins!

***********

Entro no corredor da ala adulta. Jéssica me olha e já

sorri.

Ela é a enfermeira que me acompanha em meu

turno.

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- Boa noite, Dr. Aguiar!

- Boa noite, Jéssica!

Andamos lado a lado pelo corredor.

- Como estão as coisas aqui?

- O Sr. Benjamin continua o mesmo.

Começo a rir da cara dela.

O Sr. Benjamin esta em fase terminal de um câncer

no pulmão.

Mesmo sem conseguir respirar e quase sem forças,

tenta seduzir Jéssica.

- Qual foi a graça do dia?

Ela começa a rir.

- Acredita que ergui a mão dele para ver o acesso e

ele empurrou a mão para o meu seio!?

Minha risada sai alta e tento me controlar.

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- Ele disse que a mão pesou e precisava se apoiar.

- Mas e se ele realmente não aguentou a mão?

- Dr. Aguiar, se ele tivesse apenas apoiado eu

acreditaria, mas o safado apertou. Deu um aperto

forte.

Paro em frente a porta dele.

- Preparada para ver seu namorado?

- Para! Isso não tem graça.

Diz me dando um tapa no ombro.

Abro a porta do quarto e entro. O Sr. Benjamin

assim que vê Jéssica sorri.

- Boa noite, Sr. Benjamin!

Me olha e da uma piscada.

- Esta tudo bem?

Responde que sim com a cabeça.

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- Soube que o senhor esta dando trabalho para a

nossa enfermeira.

- Ela é difícil...

Sussurra com a máscara no rosto e começo a rir.

- Continua tentando, que uma hora ela cai nos seus

encantos.

- Dr. Aguiar...

Jéssica diz rindo, levando as mãos na cintura.

- Gosto da forma determinada do nosso amigo. Só

acho que deveria dar uma chance a ele.

O Sr. Benjamin sorri e sei que ela nunca se

envolveria com ele por dois motivos.

Ele é nosso paciente e tem 82 anos, o triplo da

idade dela.

- Qualquer coisa o senhor aperta o botão.

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- Certo!

Sua voz é fraca e saímos de seu quarto.

Percorro alguns leitos já conhecidos, apenas para

saber como estão e oficialmente iniciar meu turno.

- Parece que temos um paciente novo.

Vejo o prontuário de Larissa Martins. Ela é nova,

tem apenas 27 anos.

- Larissa deu entrada hoje. Leucemia descoberta

essa semana, mas não vai permanecer internada

para tratamento ainda.

Jéssica diz com os olhos tristes.

- Um mês antes de seu casamento.

Sinto um aperto no peito.

- Desmarcou?

- Sim. Ela disse que não quer se casar doente. Quer

se recuperar e casar bem. Não pretende ser um peso

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para o futuro marido.

Analiso alguns exames dela.

- Os exames estão incompletos.

- Sim. A Dra. Lins já pediu para fazer os outros e

estamos aguardando os resultados.

Seguimos pelo corredor para o quarto dela. Na

porta do quarto, vejo uma senhora e um homem da

minha idade discutindo. Provavelmente a mãe e o

noivo da paciente.

- Não vou conseguir ficar ao lado dela assim.

Ele quase grita e a mulher chora ainda mais.

- Larissa precisa de todo o apoio possível nessa

hora difícil. Você não pode abandoná-la.

O homem está nervoso e ela triste.

- Não posso perder minha vida ao lado da Larissa.

Sabe Deus quanto tempo ela vai ficar se tratando e

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se vai sobreviver.

A raiva cresce em meu peito. Minha vontade é de

expulsar esse idiota a chutes pra fora desse hospital.

Os dois percebem minha aproximação e de Jéssica

e param de falar.

- Boa noite!

Digo parando na frente do idiota.

- Boa noite!

- Sou o Dr. Aguiar, médico responsável por esse

turno.

A senhora se aproxima.

- Alguma novidade dos exames de Larissa?

- Ainda não. Estou aguardando o retorno deles.

Ela abaixa a cabeça chorando.

- Preciso ir.

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O idiota passa por mim e vai se afastando.

- José...

A mulher chama, mas ele ignora.

- Sinto muito. Esta sendo difícil para todos a

situação de Larissa.

Seguro sua mão com carinho.

- Se ele não quer ficar não obrigue. Sua filha não

merece pena de ninguém. Ela não escolheu ficar

doente e se ele não a aceita assim é porque não a

merece.

- Obrigada!

Sorri e suspira.

- Sou Deise Martins, mãe de Larissa.

- Vamos entrar e ver sua filha?

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- Claro.

Entramos e o quarto está escuro. Andamos até a

maca e vejo uma jovem linda, deitada e dormindo.

Sua pele é muito branca e seu nariz perfeito. Seus

lábios são carnudos e bem rosados.

Ela possui longos cabelos escuros. Me aproximo

mais e conforme a pouca claridade ilumina seu

rosto, vejo pequenas sardas que a deixam ainda

mais encantadora.

- Srta. Martins...

A chamo e ela suspira. Com dificuldade vai abrindo

os olhos.

Então lindos olhos azuis me encaram. Fico perdido

no azul puro e calmo de seus olhos.

Acho que nunca vi um azul tão lindo assim. Ela

parece um Anjo.

Pisca algumas vezes, tentando me olhar.

- Oi!

Sua voz é calma e doce.

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- Oi!

Um sorriso surge em seus lábios e me pego

sorrindo também.

- Sabe meu nome, mas ainda não sei o seu.

- Enzo... Enzo Aguiar seu médico

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Romance

5.0

tamborilava o tampo de vidro da mesa do escritório com uma caneta de cem dólares sem importar-me em danif ci á-la. Aquele caso estava me tirando do sério. O cliente insistia em uma ação que não tinha mérito e que não nos levaria a lugar algum - apenas a f alência do escritório. Não estava nada interessada em perder o único emprego decente que tinha conseguido desde o f im do tratamento. Já tinha pesquisado todos os precedentes possí veis e ainda não tinha encontrado uma brecha que pudesse signif icar sucesso na demanda. Meus olhos estavam cansados de tanto olhar para a tela do computador, mesmo estando de óculos o dia inteiro. Respirando f undo, levantei-me e caminhei até a cozinha. Precisava de um caf é bem forte e provavelmente os pensamentos iriam clarear. Enquanto esperava a ruidosa caf eteira preparar-me um expresso, lembrei-me da primeira vez em que pisei no Metcalf e & Matthews Advogados Associados. Tinha acabado de sair de uma clí nica de reabilitação. Nunca tinha usado drogas nem nunca tinha bebido além do admissí velem sociedade. Eu tinha dois problemas que me levaram a f icar internada para tratamento por um ano - era maní aco-depressiva e tinha tentado o suicí dioduas vezes. Na segunda vez a f amí liaachou que deveria importar-se comigo e conseguiu uma ordem judicial para me trancar em uma clí nicae f orçaruma medicação que eu não desejava. Foi um ano excelente. No iní cio, detestei o lugar e as pessoas com quem tinha que conviver. As regras eram insuportáveis. Com o passar do tempo, a compreensão do problema e o vislumbre de que sairia curada f ez com que aceitasse o tratamento. Meus antecedentes, no entanto, não auxiliaram na busca por trabalho. A f amí lianão iria me sustentar; eu já tinha vinte e nove anos, então. O namorado não iria mais me aturar depois de ter tido que lidar com meu comportamento por quase três anos. Meu único bem, um apartamento, f oi vendido para pagar o tratamento. Eu precisava de um emprego que me garantisse uma renda razoável para alugar um novo apartamento e sobreviver. - Terra chamando Layla. - A voz de Melanie me tirou do transe de vários minutos. O caf éjá estava pronto há bastante tempo, mas eu continuava divagando sobre o passado recente. - Está tudo bem com você? Melanie era a melhor amiga desde minha contratação pelo Metcalf e& Matthews. A vida tinha mudado completamente - eu era mais f eliz e tinha relacionamentos mais saudáveis. Melanie era parte f undamental naquele processo. - Sim, é o caso Gandini que está me tirando do sério. Não sei por que aceitaram esse cliente nem por que me passaram esse pepino. - Jura que não sabe? - Melanie baixou o tom de voz e também serviu-se de um caf é. - Olson não gosta de você. Ele vai f azer de tudo para te sacanear e mostrar que você não é capaz de dar conta do cargo que assumiu. - Ele tinha pretensões para a minha vaga, não é? - Recordei- me que Jeremy Olson, um advogado que estava há mais tempo no escritório, ansiava pela vaga de advogado júnior que eu consegui apenas alguns meses depois de contratada.

Inocência com sedução

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5.0

O que Taylor Magnus está fazendo aqui? Me encostei na parede com a saia subindo pela minha bunda enquanto me ajeitava na áspera parede de estuque. Eu não a ajeitei. O belo anfitrião, vestido incrivelmente bem, definitivamente percebeu. Enquanto lambia os lábios e andava na minha direção, eu sabia que ele se perguntava se eu estava usando calcinha. - É o bar mitzvah do melhor amigo da filha dele. O que você está fazendo aqui? Senhorita... Ele inclinou a cabeça para baixo e leu o nome no meu crachá de imprensa. Fitzpatrick? Aprendi com o tempo a não ficar nervosa; as pessoas farejam aproveitadoras de longe. Respirei fundo para afastar o medo. - Essa é uma festa e tanto. Trabalho na coluna de sociedade, sabe? Noticiando todo mundo que é alguém. Dei meu sorriso característico, uma expressão bem ensaiada de inocência com uma pitada de sedução. - Muito ousada, você não devia estar aqui. Essa é uma festa particular! Estava claro que ele não ia me dedurar. - Não se eu for convidada. Me abaixei um pouco na parede, fazendo minha saia subir ainda mais. - Clara Fitzpatrick, disse ele, lendo meu crachá. - Um nome muito judeu... - Vem da minha mãe. Então, você acha que Taylor vai passar o projeto da educação? Aquele dá àqueles garotos uma chance real de se educar... com faculdade, alimentação e moradia gratuitos? Eu sabia que estava pressionando, mas o cara sabia muito mais do que estava dizendo. Acho que ele esperava algo do tipo. - Ele deve assinar essa noite. Tem algo a dizer? Endireitei a gravata dele, que estava realmente torta. - Quero dizer, você é o anfitrião do pós Bar Mitzvah, recebendo na própria casa uma lista de convidados muito exclusiva".

Luxúria por uma noite

Luxúria por uma noite

Romance

5.0

Ela não conseguia decidir. Quando ele estava entre suas pernas, gemendo seu nome, ela não se importava. Sua mãe sempre a advertiu sobre homens como ele. O - bad boy. - O cara que vai te foder e te esquecer em um piscar de olhos. Mas quando você se apaixona por alguém, as coisas raramente são simples. Eles estavam fazendo amor ou apenas fodendo intensamente um ao outro? Ela só tinha certeza de uma coisa. Ela aproveitaria cada segundo com ele. ... e aguentaria cada centímetro. Kara: Não acredito que estou fazendo isso Kara: Estou com tanto medo, Meg Megan: Kara Megan: pense bem nisso!!! Megan: e se Max disser não?! Kara: Eu tenho que tentar Kara: Tô cansada de esconder a verdade Megan: ok... Megan: não importa o que aconteça... Megan: eu te amo. Kara: (emoji de coração) Kara: Eu sei, Meg Kara: Vamos torcer para que Max sinta o mesmo KARA Kara entregou sua carteirinha de estudante ao funcionário da universidade. Prendeu a respiração e olhou para o refeitório, onde sabia que encontraria Max. Mesmo tendo pago pela refeição, agora a comida era a última coisa na mente de Kara. Ela estava prestes a dizer a Max, seu melhor amigo desde o primeiro ano, que sentia algo por ele. Talvez fosse só um crush. Talvez fosse algo mais. Mas Kara sabia de uma coisa com certeza - ela estava cansada de esconder isso. Desde que Max voltou para Minnesota, depois de estudar um período fora do estado na Universidade do Texas, ela estava tentando encontrar uma maneira de dizer a ele. Deveria tentar algum grande gesto romântico? Ou deixá-lo dar o primeiro passo? E se ele não sentisse o mesmo por ela? Kara finalmente decidiu que usaria suas palavras. Ela só esperava que finalmente tivesse coragem suficiente para fazer isso. Quando entrou no refeitório, cheio de estudantes universitários desnutridos, ela logo o avistou. Aff. O menino era lindo. Um grande sorriso travesso, olhos castanhos comoventes e um corpo atlético, embora um tanto compacto - ele era tudo que Kara sempre quis. Seu - Cara Certo. - Seu cavaleiro de armadura brilhante. O escolhido. Ela acenou para ele e ele sorriu, acenando de volta. Aqui vai, ela pensou.

Faminto e sedento

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Romance

5.0

- Está morto? - Ouço uma voz perguntar, mas ela parece vir de muito longe. - Quase, mas ainda respira. O que quer que eu faça com ele? Posso acabar com a agonia do garoto com uma única bala. - Não. Valorizo a lealdade. Ele foi contra o próprio pai para proteger a Organização. Esse aí entendeu que a Irmandade[4] está acima da família. - Dizem que ele é meio maluco. - Quem de nós não é? De qualquer modo, o rapaz é corajoso. Não é qualquer um que enfrentaria um avtoritet[5] para cumprir com seu dever de lealdade ao Pakhan[6]. - Não costuma ser tão generoso, Papa[7]. Alguns diriam que um fruto nunca cai longe da árvore. E se for como o pai? - Nesse caso, por que não permitiu que o maldito seguisse com o plano para me matar? Não, o menino é água de outra pipa. E o que estou fazendo não tem a ver com generosidade, mas com pensar no futuro. Conto nos dedos de uma mão quantas pessoas morreriam realmente por mim e por minha família. É mais novo do que os meus netos. Um dia, Yerik e Grigori[8] vão estar no comando e precisarão de homens de verdade ao lado deles. Eu acho que eles continuam conversando, mas não tenho certeza. Acordo e perco a consciência várias vezes. Entretanto, entendo que o Pakhan acha que eu fiz o que fiz por ele, mas não foi. Minha decisão não teve nada a ver com alguém, mas com algo. Regras. É por elas que eu vivo. Eu nunca as quebro. Elas são o meu verdadeiro deus, muito acima do que as pessoas chamam de sentimentos ou emoções. Não tenho amor e nem raiva dentro de mim. Não consigo entender esses conceitos, já as regras, são simples: siga-as ou quebre-as. Há sempre somente duas escolhas. Preto ou branco. O cinza é uma impossibilidade e também uma desculpa para quem não consegue se manter fiel à sua palavra. Não me ofendo com xingamentos ou me dobro à tortura. Não temo a morte e nem sinto medo de nada, a não ser ter minha vida fora de padrões que estabeleci. Eu preciso dos padrões e os procuro em qualquer lugar. Quando descobriu essa minha habilidade de pensar em cem por cento do tempo de forma lógica, meu pai usou-a por muito tempo em seu trabalho na Organização. O que ele não entendeu, é que essa não era apenas uma característica minha, mas quem sou. Em tudo, todas as áreas da minha vida, busco padrões. É assim que consigo compreender o mundo ao meu redor. Foi assim que descobri a traição dele. Ele não estava somente roubando, planejava entregar o Pakhan nas mãos dos inimigo e isso desordenaria meu plano de continuar servindo à Organização. Atrapalharia as entregas de carregamentos de armas, cujas rotas calculei com precisão matemática. Traria um novo chefe para a Irmandade, que talvez quisesse modificar a planilha de lucro. Iniciar guerras desnecessárias. Eu odeio mudanças. Qualquer alteração me desestabiliza. Até mesmo uma solução alternativa para mim, tem que ser analisada de antemão. Tusso e me sinto sufocar. O ar está impregnado com uma mistura esquisita. Um dos odores é sangue, eu sei. Estou acostumado a esse cheiro desde pequeno. Aos treze anos, matei pela primeira vez. Uma ideia destorcida do meu pai para que eu fosse iniciado dentro da Organização. O outro odor, acredito que seja álcool, então acho que devo estar em um hospital. Eu não me importo, só quero ficar curado. Preciso que me costurem para que eu possa seguir com o meu trabalho. Se demorar muito, vai atrapalhar meu cronograma e eu não tolero imprevistos.

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