5.0
Comentário(s)
73.2K
Leituras
21
Capítulo

Era bom estar na estrada. É claro, pensou Chase Sullivan, que os limpadores de para-brisa mal faziam diferença sob a forte chuva daquela estranha tempestade de final de maio, mas já havia passado da hora de ele sair da festa de 70 anos da mãe. Todos os oito irmãos e irmãs juntos sob o mesmo teto eram sinônimo de muitas risadas, várias provocações... e pelo menos umas duas discussões sérias. Também não ajudara nem um pouco o fato de a acompanhante de Zach ter saído com Gabe al- guns meses antes. Junte seis irmãos com idades entre 27 e 36 e com certeza haverá confusão. Porém, como estava claro que nenhum dos dois irmãos queria um relacionamento sério com a garota, não 7/462 havia chance de eles se baterem por qualquer outro motivo que não fosse descarregar um pouco de energia com uns socos. Além disso, assim que Smith apareceu, a moça ficou tão ad- mirada que não deu atenção para mais ninguém. Chase sempre ria da maneira como as pessoas perdiam o controle com a presença do irmão que era astro do cinema. Smith era tão normal quanto todos os outros. Bem, talvez ter um iate de 45 metros frequentado por estrelas não fosse exata- mente normal. De qualquer forma, o motivo de a festa estar à beira de uma implosão era que suas irmãs gêmeas não estavam se falando. E elas não precisavam dizer uma palavra, bastava ver os olhares maldosos que uma lançava para a outra de cada lado da sala. Havia muito tempo, ele apelidara Lori e Sophie de Mazinha e Boazinha. Se não fosse pelo fato de serem cópias idênticas fis- icamente, Chase não acreditaria que faziam parte da mesma família. O estranho tinha sido que dessa vez na festa, Boazinha era quem parecia querer matar Mazinha. Se não estava en- ganado, Lori chegara até a se esconder de Sophie certa hora. 8/462 Ainda bem que tinha um motivo para sair de lá antes de elas começarem a puxar os cabelos uma da outra, Chase pensou ao fazer uma curva na estrada cada vez mais estreita que levava ao vinhedo Sullivan, na região vinícola de Napa Valley. Pelos quatro dias seguintes, faria uma sessão de fotos no vinhedo do irmão para a Jeanne & Annie, uma marca de roupas que vinha crescendo rapidamente e combinava a alta costura com o estilo caseiro. As modelos e a equipe ficariam na cidade, mas Chase iria para a casa de hóspedes de Marcus.

Capítulo 1 Um olhar de amor

CAPÍTULO UM

Era bom estar na estrada. É claro, pensou Chase Sullivan, que

os limpadores de para-brisa mal faziam diferença sob a forte

chuva daquela estranha tempestade de final de maio, mas já

havia passado da hora de ele sair da festa de 70 anos da mãe.

Todos os oito irmãos e irmãs juntos sob o mesmo teto eram

sinônimo de muitas risadas, várias provocações... e pelo menos

umas duas discussões sérias. Também não ajudara nem um

pouco o fato de a acompanhante de Zach ter saído com Gabe al-

guns meses antes.

Junte seis irmãos com idades entre 27 e 36 e com certeza

haverá confusão. Porém, como estava claro que nenhum dos

dois irmãos queria um relacionamento sério com a garota, não

7/462

havia chance de eles se baterem por qualquer outro motivo que

não fosse descarregar um pouco de energia com uns socos.

Além disso, assim que Smith apareceu, a moça ficou tão ad-

mirada que não deu atenção para mais ninguém.

Chase sempre ria da maneira como as pessoas perdiam o

controle com a presença do irmão que era astro do cinema.

Smith era tão normal quanto todos os outros. Bem, talvez ter

um iate de 45 metros frequentado por estrelas não fosse exata-

mente normal.

De qualquer forma, o motivo de a festa estar à beira de uma

implosão era que suas irmãs gêmeas não estavam se falando. E

elas não precisavam dizer uma palavra, bastava ver os olhares

maldosos que uma lançava para a outra de cada lado da sala.

Havia muito tempo, ele apelidara Lori e Sophie de Mazinha

e Boazinha. Se não fosse pelo fato de serem cópias idênticas fis-

icamente, Chase não acreditaria que faziam parte da mesma

família. O estranho tinha sido que dessa vez na festa, Boazinha

era quem parecia querer matar Mazinha. Se não estava en-

ganado, Lori chegara até a se esconder de Sophie certa hora.

8/462

Ainda bem que tinha um motivo para sair de lá antes de elas

começarem a puxar os cabelos uma da outra, Chase pensou ao

fazer uma curva na estrada cada vez mais estreita que levava ao

vinhedo Sullivan, na região vinícola de Napa Valley.

Pelos quatro dias seguintes, faria uma sessão de fotos no

vinhedo do irmão para a Jeanne & Annie, uma marca de roupas

que vinha crescendo rapidamente e combinava a alta costura

com o estilo caseiro. As modelos e a equipe ficariam na cidade,

mas Chase iria para a casa de hóspedes de Marcus.

Um raio iluminou o céu e, se houvesse acostamento sufi-

ciente na estrada, Chase teria parado para tomar um pouco de

chuva. Ele adorava a chuva. O tempo fechado mudava a aparên-

cia do mundo, podia transformar um campo comum em um

charco com milhares de pássaros em um pit stop improvisado.

O clima que deixava a maioria dos fotógrafos em desespero -

principalmente se dependiam do pôr do sol perfeito para ar-

rasar nas fotos - era exatamente o que lhe dava energia.

Era naqueles momentos, quando todo mundo estava com

frio e nada "dava certo", que a mágica acontecia. As modelos

enfim baixavam a guarda e o deixavam enxergar para além da

beleza maquiada e ver quem elas realmente eram. Chase

9/462

acreditava que era preciso existir uma verdadeira ligação emo-

cional com a câmera para que a beleza real, emoldurada pelas

roupas ou joias ou sapatos que as modelos usavam, aparecesse.

É claro que, no começo da carreira, estar cercado de tanta

beleza física fez de Chase um conquistador como todos os out-

ros homens heterossexuais do mercado. No início, tinha sido

um dos bônus do trabalho, mas, quando chegara aos 20 e tan-

tos anos e percebera que o gosto da noite não durava muito, en-

quanto suas fotografias seriam eternas, Chase diminuiu um

pouco o ritmo.

Por causa de suas viagens recentes de ida e volta da Ásia e

também por não ter encontrado ninguém que o animasse,

acabou mantendo a abstinência por cerca de um mês. Estava

planejando sair do período de seca naquela noite com Ellen,

uma das principais gerentes de Marcus, que Chase vira breve-

mente enquanto definia os detalhes para a sessão de fotos. Uma

noite de diversão e nudez sem compromisso era exatamente o

remédio de que precisava.

A ansiedade quase o impediu de notar a luz trêmula à direita

da estrada. Nos últimos trinta minutos, não havia passado por

nenhum carro, pois, em uma noite como aquela, a maioria dos

10/462

californianos lúcidos, que não tinham ideia de como dirigir com

segurança com o clima ruim, ficava em casa.

Chase diminuiu a velocidade e acendeu os faróis altos para

enxergar melhor com tanta chuva. Não apenas havia um carro

na vala, como uma pessoa caminhando sozinha no canto da es-

trada cerca de 90 metros à frente. Ela provavelmente ouviu o

carro se aproximar e virou-se para olhá-lo, e Chase pôde ver o

movimento dos longos cabelos molhados em torno dos ombros

da moça sob a luz dos faróis.

Enquanto se perguntava por que ela não estava sentada den-

tro do carro, seca e aquecida, ligando para o serviço de emer-

gência da estrada e aguardando pelo socorro, ele parou o carro

no canto da pista e saiu para tentar ajudá-la. Ela tremia en-

quanto o observava se aproximar.

- Você está ferida?

Ela cobriu um lado do rosto com uma das mãos, mas bal-

ançou a cabeça.

- Não.

11/462

Ele teve de se aproximar mais para escutá-la com o barulho

da água que atingia o asfalto e rapidamente estava se trans-

formando em granizo. Embora tivesse desligado os faróis, já

que seus olhos logo se acostumaram à escuridão, conseguiu ob-

servar com atenção o rosto dela.

Chase sentiu um aperto no peito.

Apesar dos longos cabelos colados ao rosto e ao peito, e "rato

molhado" fosse uma boa expressão para descrever-lhe a

aparência, a beleza da mulher o impressionou.

Em um instante, seus olhos de fotógrafo analisaram os

traços dela. A boca era um pouco grande demais; os olhos, um

pouco separados no rosto. Ela não chegava nem perto da

magreza das modelos, mas, pela maneira como a camiseta e o

jeans colavam em sua pele, ele pôde perceber que ela apro-

veitava bem suas tentadoras curvas. No escuro, não podia

adivinhar-lhe a cor exata dos cabelos, mas pareciam de seda,

perfeitamente macios e lisos no ponto em que lhe cobriam os

seios.

Foi apenas quando Chase a ouviu dizer "meu carro está bem

danificado, no entanto" que ele percebeu que perdera por

12/462

completo a ideia do que pretendia fazer ao estacionar e ir ao en-

contro dela.

Como sabia que estivera bebendo a imagem daquela mulher

como se morresse de sede, esforçou-se para recuperar o

equilíbrio. Já podia ver que o carro dela levara a pior. Não era

necessário um mecânico como seu irmão Zach para concluir

que o horroroso carro hatch estava beirando a perda total.

Mesmo se o para-choque dianteiro não estivesse quase aos ped-

aços por ter batido na cerca branca de uma fazenda, os pneus

carecas nunca conseguiriam tração na lama. Não naquela noite,

de qualquer forma.

Se o veículo estivesse em uma situação menos precária, ele

provavelmente diria para ela permanecer dentro dele enquanto

tentaria tirá-lo de lá. Porém, um dos pneus traseiros estava

pendurado na borda da vala.

Chase fez um movimento com o polegar na direção de seu

automóvel.

- Entre no meu carro. Podemos esperar lá por um guincho.

13/462

Teve a vaga sensação de que as palavras soaram como uma

ordem, mas o granizo começava a machucar, maldição! Os dois

precisavam sair da chuva antes que congelassem.

Porém, a mulher não se mexeu. Em vez disso, lançou-lhe um

olhar que parecia dizer que ele era completamente maluco.

- Não vou entrar no seu carro.

Ao perceber o quanto devia ser assustador, para uma mulh-

er, ficar presa e sozinha no meio de uma estrada escura, Chase

afastou-se um pouco dela. Tinha de falar alto para ela ouvi-lo

em meio ao granizo.

- Não vou atacá-la. Juro que não farei nada para machucá-

la.

Ela só faltou se encolher ao ouvir a palavra "atacá-la" e

Chase ficou alerta. Ele nunca fora um ímã para mulheres prob-

lemáticas, não era o tipo de homem que gostava de salvar pas-

sarinhos feridos. Porém, como tinha vivido com duas irmãs por

muito tempo, sempre podia adivinhar quando alguma coisa es-

tava errada.

14/462

E alguma coisa com certeza estava errada com aquela mulh-

er, além do fato de o carro dela estar praticamente preso em

uma vala lamacenta.

Como queria fazê-la se sentir segura, ele ergueu as mãos.

- Juro pela alma do meu pai que não vou machucá-la. Pode

entrar no meu carro.

Ela não recusou imediatamente e ele aproveitou essa vant-

agem, acrescentando:

- Quero apenas ajudá-la.

E ele queria mesmo. Queria mais do que seria normal com

uma desconhecida.

- Por favor - insistiu. - Deixe-me ajudá-la.

Ela o observou por bastante tempo. O granizo caía entre

eles, ao redor deles, sobre eles. Chase percebeu que prendia a

respiração, esperando a decisão dela. Não deveria se importar

com o que ela fizesse. No entanto, por algum estranho motivo,

ele se importava.

15/462

Chloe Peterson nunca se sentira tão molhada, tão infeliz...

nem tão desesperada. Tinha corrido acima do limite de velocid-

ade pelas últimas duas horas, antes de a tempestade chegar

com força total. Havia desacelerado bastante sobre o asfalto ex-

tremamente escorregadio, mas os pneus do seu carro estavam

velhos e carecas e, antes que percebesse, o automóvel deslizara

para fora da pista.

Direto para uma vala lamacenta.

Talvez tivesse sido mais fácil (e inteligente também) ficar

sentada dentro do carro e esperar a tempestade passar. Porém,

estava agitada demais para ficar parada. Precisava continuar

em movimento ou os pensamentos que rodeavam sua mente

iriam alcançá-la; assim, jogou a mochila nos ombros e saiu para

a chuva, no momento em que começou a cair o terrível granizo.

As pedrinhas machucavam-lhe a pele, mas ela gostava do

frio, da dor, pois lhe davam algo em que prestar atenção em vez

do que lhe acontecera poucas horas antes.

16/462

Ela não tinha certeza de onde se encontrava - ou para onde

estava indo -, mas esperava estar caminhando em direção à

cidade.

Durante toda a noite, as estradas se mantiveram estran-

hamente vazias, porém, mal havia começado a andar, percebera

luzes vindo atrás dela.

O medo a assaltou novamente quando o carro estacionou, e

ela precisou parar e se preparar para enfrentar a situação.

Estava sozinha em uma estrada de interior escura e molhada.

Não estava com o celular e, mesmo que estivesse, duvidava que

houvesse sinal suficiente no meio daquela chuva.

E, depois, um homem... Um homem grande... Havia saído de

um carro e caminhado em sua direção, dizendo-lhe para entrar

no automóvel dele.

De jeito nenhum.

Ele tentara convencê-la de que ficaria segura com ele. Tinha

dito todas as palavras certas, mas Chloe tinha muita experiên-

cia com pessoas assim, que diziam com facilidade uma coisa e,

depois, faziam outra.

17/462

- Não o conheço - ela disse.

Ele podia ser um assassino, podia ter um machado escon-

dido no carro. Não, iria a pé. Caminharia e encontraria um

lugar para se secar mais tarde.

Pôde ver a frustração estampada no rosto dele, sabia que o

homem iria tentar convencê-la de novo quando, de repente, o

barulho de pneus derrapando chegou até os dois. Antes que en-

tendesse o que estava acontecendo, ele a estava puxando para

junto de si. Não teve tempo de pensar em lutar contra ele, nem

cogitou isso quando percebeu uma motocicleta em alta velocid-

ade quase em cima deles.

Fechou os olhos, preparando-se para o impacto, quando o

homem, sem esforço, levantou-a e pulou na vala, segurando-a

com força.

Ela abriu os olhos bem a tempo de ver o pneu traseiro da

motocicleta deslizar e finalmente parar no mesmo ponto onde

estiveram um momento antes. Seu coração, que quase tinha

parado, começou a bater rapidamente de novo, enquanto via a

moto se afastar com velocidade.

18/462

- Você está bem?

Continuar lendo

Outros livros de renata medeirosM

Ver Mais
Inocência com sedução

Inocência com sedução

Romance

5.0

O que Taylor Magnus está fazendo aqui? Me encostei na parede com a saia subindo pela minha bunda enquanto me ajeitava na áspera parede de estuque. Eu não a ajeitei. O belo anfitrião, vestido incrivelmente bem, definitivamente percebeu. Enquanto lambia os lábios e andava na minha direção, eu sabia que ele se perguntava se eu estava usando calcinha. - É o bar mitzvah do melhor amigo da filha dele. O que você está fazendo aqui? Senhorita... Ele inclinou a cabeça para baixo e leu o nome no meu crachá de imprensa. Fitzpatrick? Aprendi com o tempo a não ficar nervosa; as pessoas farejam aproveitadoras de longe. Respirei fundo para afastar o medo. - Essa é uma festa e tanto. Trabalho na coluna de sociedade, sabe? Noticiando todo mundo que é alguém. Dei meu sorriso característico, uma expressão bem ensaiada de inocência com uma pitada de sedução. - Muito ousada, você não devia estar aqui. Essa é uma festa particular! Estava claro que ele não ia me dedurar. - Não se eu for convidada. Me abaixei um pouco na parede, fazendo minha saia subir ainda mais. - Clara Fitzpatrick, disse ele, lendo meu crachá. - Um nome muito judeu... - Vem da minha mãe. Então, você acha que Taylor vai passar o projeto da educação? Aquele dá àqueles garotos uma chance real de se educar... com faculdade, alimentação e moradia gratuitos? Eu sabia que estava pressionando, mas o cara sabia muito mais do que estava dizendo. Acho que ele esperava algo do tipo. - Ele deve assinar essa noite. Tem algo a dizer? Endireitei a gravata dele, que estava realmente torta. - Quero dizer, você é o anfitrião do pós Bar Mitzvah, recebendo na própria casa uma lista de convidados muito exclusiva".

Luxúria por uma noite

Luxúria por uma noite

Romance

5.0

Ela não conseguia decidir. Quando ele estava entre suas pernas, gemendo seu nome, ela não se importava. Sua mãe sempre a advertiu sobre homens como ele. O - bad boy. - O cara que vai te foder e te esquecer em um piscar de olhos. Mas quando você se apaixona por alguém, as coisas raramente são simples. Eles estavam fazendo amor ou apenas fodendo intensamente um ao outro? Ela só tinha certeza de uma coisa. Ela aproveitaria cada segundo com ele. ... e aguentaria cada centímetro. Kara: Não acredito que estou fazendo isso Kara: Estou com tanto medo, Meg Megan: Kara Megan: pense bem nisso!!! Megan: e se Max disser não?! Kara: Eu tenho que tentar Kara: Tô cansada de esconder a verdade Megan: ok... Megan: não importa o que aconteça... Megan: eu te amo. Kara: (emoji de coração) Kara: Eu sei, Meg Kara: Vamos torcer para que Max sinta o mesmo KARA Kara entregou sua carteirinha de estudante ao funcionário da universidade. Prendeu a respiração e olhou para o refeitório, onde sabia que encontraria Max. Mesmo tendo pago pela refeição, agora a comida era a última coisa na mente de Kara. Ela estava prestes a dizer a Max, seu melhor amigo desde o primeiro ano, que sentia algo por ele. Talvez fosse só um crush. Talvez fosse algo mais. Mas Kara sabia de uma coisa com certeza - ela estava cansada de esconder isso. Desde que Max voltou para Minnesota, depois de estudar um período fora do estado na Universidade do Texas, ela estava tentando encontrar uma maneira de dizer a ele. Deveria tentar algum grande gesto romântico? Ou deixá-lo dar o primeiro passo? E se ele não sentisse o mesmo por ela? Kara finalmente decidiu que usaria suas palavras. Ela só esperava que finalmente tivesse coragem suficiente para fazer isso. Quando entrou no refeitório, cheio de estudantes universitários desnutridos, ela logo o avistou. Aff. O menino era lindo. Um grande sorriso travesso, olhos castanhos comoventes e um corpo atlético, embora um tanto compacto - ele era tudo que Kara sempre quis. Seu - Cara Certo. - Seu cavaleiro de armadura brilhante. O escolhido. Ela acenou para ele e ele sorriu, acenando de volta. Aqui vai, ela pensou.

Jogos adultos

Jogos adultos

Romance

5.0

tamborilava o tampo de vidro da mesa do escritório com uma caneta de cem dólares sem importar-me em danif ci á-la. Aquele caso estava me tirando do sério. O cliente insistia em uma ação que não tinha mérito e que não nos levaria a lugar algum - apenas a f alência do escritório. Não estava nada interessada em perder o único emprego decente que tinha conseguido desde o f im do tratamento. Já tinha pesquisado todos os precedentes possí veis e ainda não tinha encontrado uma brecha que pudesse signif icar sucesso na demanda. Meus olhos estavam cansados de tanto olhar para a tela do computador, mesmo estando de óculos o dia inteiro. Respirando f undo, levantei-me e caminhei até a cozinha. Precisava de um caf é bem forte e provavelmente os pensamentos iriam clarear. Enquanto esperava a ruidosa caf eteira preparar-me um expresso, lembrei-me da primeira vez em que pisei no Metcalf e & Matthews Advogados Associados. Tinha acabado de sair de uma clí nica de reabilitação. Nunca tinha usado drogas nem nunca tinha bebido além do admissí velem sociedade. Eu tinha dois problemas que me levaram a f icar internada para tratamento por um ano - era maní aco-depressiva e tinha tentado o suicí dioduas vezes. Na segunda vez a f amí liaachou que deveria importar-se comigo e conseguiu uma ordem judicial para me trancar em uma clí nicae f orçaruma medicação que eu não desejava. Foi um ano excelente. No iní cio, detestei o lugar e as pessoas com quem tinha que conviver. As regras eram insuportáveis. Com o passar do tempo, a compreensão do problema e o vislumbre de que sairia curada f ez com que aceitasse o tratamento. Meus antecedentes, no entanto, não auxiliaram na busca por trabalho. A f amí lianão iria me sustentar; eu já tinha vinte e nove anos, então. O namorado não iria mais me aturar depois de ter tido que lidar com meu comportamento por quase três anos. Meu único bem, um apartamento, f oi vendido para pagar o tratamento. Eu precisava de um emprego que me garantisse uma renda razoável para alugar um novo apartamento e sobreviver. - Terra chamando Layla. - A voz de Melanie me tirou do transe de vários minutos. O caf éjá estava pronto há bastante tempo, mas eu continuava divagando sobre o passado recente. - Está tudo bem com você? Melanie era a melhor amiga desde minha contratação pelo Metcalf e& Matthews. A vida tinha mudado completamente - eu era mais f eliz e tinha relacionamentos mais saudáveis. Melanie era parte f undamental naquele processo. - Sim, é o caso Gandini que está me tirando do sério. Não sei por que aceitaram esse cliente nem por que me passaram esse pepino. - Jura que não sabe? - Melanie baixou o tom de voz e também serviu-se de um caf é. - Olson não gosta de você. Ele vai f azer de tudo para te sacanear e mostrar que você não é capaz de dar conta do cargo que assumiu. - Ele tinha pretensões para a minha vaga, não é? - Recordei- me que Jeremy Olson, um advogado que estava há mais tempo no escritório, ansiava pela vaga de advogado júnior que eu consegui apenas alguns meses depois de contratada.

Você deve gostar

O filho de um segredo

O filho de um segredo

Bencannan
5.0

Amber nunca pensou que fosse voltar a ver aqueles olhos negros . Sua mente volta para exatos oito anos atrás quando deixou sua pequena cidade sozinha e com medo, na pequena mochila somente algumas mudas de roupas e dentro de seu coração uma mágoa impossível de esquecer . Naquela noite haveria a formatura mas Amber não estaria nela, a noite anterior lhe mostrou que não adiantava sonhar, naquela cidade ela seria sempre a menina mais feia da escola, aquela que caçoavam, ao pensar nisso seus olhos queimam com lágrimas não derramadas ao lembrar a cena da noite anterior, todas aquelas líderes de torcida e os garotos do time rindo enquanto Amber tentava em vão cobrir seu corpo nu. E ele, Peter Calahan parecendo constrangido e fingindo-se assustado ao mesmo tempo, como se a "brincadeira" fosse engraçada e ser pego ali de propósito lhe fizesse lembrar que ela era a menina mais horrorosa e que ele teve que fazer o sacrifício pro divertimento dos colegas . Mas tudo isso parecia ter ficado pra trás, até aquele dia , até Amber olhar aqueles olhos negros vasculhando se ali havia algum reconhecimento, afinal de contas Amber a menina feia desengonçada filha do bêbado agora é uma pessoa completamente diferente.... Será que o seu segredo está protegido ? Será que Peter ainda se lembra dela ? Será que ele consegue imaginar as consequências que aquela brincadeira deixou em sua vida ? Será que o rico e poderoso Peter agora se sente tão poderoso sem poder mais andar ? Amber respira fundo decidida a enfrentar seja lá o que for pelo cheque mensal que vai salvar sua vida, Porém ela precisa proteger a todo custo seu segredo , Peter Calahan não pode jamais imaginar que eles têm um filho e que Amber é a mesma garota que ele humilhou e pisou no passado

MARCADA PELO TIO DO MEU NOIVO

MARCADA PELO TIO DO MEU NOIVO

IVI SANTIAGO
5.0

Em "Entre o Tio e o Altar", Isadora sempre foi o exemplo perfeito de mulher controlada: noiva de Enzo Tavares, educada, discreta e prestes a viver o casamento ideal. Mas faltando poucos dias para o "sim", a dúvida bate forte: e se ela nunca tiver realmente sentido o que é desejo de verdade? Decidida a experimentar o proibido antes de assumir um compromisso, ela marca uma noite secreta e ousada em um hotel. Porém, ao pedir pelo quarto do "senhor Tavares", comete um erro fatal: quem a recebe não é seu noivo, mas Dante Tavares, o tio - mais velho, mais intenso e perigoso. Uma noite de pecado. Um toque que vira obsessão. E agora, Isadora precisa lidar com a culpa... e com a tentação de repetir o erro. Já em "O Pecado Entre Nós", Bianca Vasconcellos é traída pelo próprio namorado quando ele a aposta em uma mesa de jogos ilegais. Cercada por homens violentos, ela quase perde tudo - até ser salva por Igor Medeiros, um estranho tão intenso quanto sombrio. Ele não deveria significar nada. Mas dias depois, o destino revela seu jogo: Igor é filho do novo noivo da mãe de Bianca. Em poucas semanas, eles se tornarão irmãos por aliança. Mas como negar o que já queimou pele, corpo e alma? Ambas as histórias mergulham no limite entre certo e errado, desejo e destruição, culpa e prazer. E em meio a laços familiares perigosos, alianças inesperadas e amores que desafiam qualquer moral, só resta uma pergunta: Até onde você iria por um pecado?

Capítulo
Ler agora
Baixar livro