Eu me sentia uma idiota, tola. Às vésperas de fazer trinta anos, comportava-me como uma adolescente. "Marian, Crush é coisa de menina", pensei várias vezes. Nunca fui magra e com corpo de manequim. Sempre fui a mulher curvilínea e nada no padrão de beleza, e não conseguia parar de pensar naquele crush, ou amor platônico, ou talvez, fosse só uma paixonite, que, por não se realizar, perdurava mais. Não sabia ao certo. No entanto, eu sabia que era muita obsessão para quem apenas aspirava o perfume dele ou o observava caminhar, sempre vestido em ternos e com um finíssimo cachecol caído displicentemente pelos ombros.
Eu me sentia uma idiota, tola. Às vésperas de fazer trinta anos, comportava-me como uma adolescente. "Marian, Crush é coisa de menina", pensei várias vezes. Nunca fui magra e com corpo de manequim. Sempre fui a mulher curvilínea e nada no padrão de beleza, e não conseguia parar de pensar naquele crush, ou amor platônico, ou talvez, fosse só uma paixonite, que, por não se realizar, perdurava mais. Não sabia ao certo.
No entanto, eu sabia que era muita obsessão para quem apenas aspirava o perfume dele ou o observava caminhar, sempre vestido em ternos e com um finíssimo cachecol caído displicentemente pelos ombros.
Sempre no mesmo horário em que eu esperava o ônibus para casa, ele surgia caminhando lentamente, distraído com alguma coisa ou somente conversando ao telefone. Era sempre assim. E todas às vezes me perdia nos cabelos castanhos bem cortados, nos lábios carnudos, no rosto masculino, na barba que às vezes estava por fazer e nos olhos, castanhos e profundos, quase esverdeados, que nunca me olhavam, mas que eu observava sempre que ele passava.
E lá estava ele, uma vez mais. Me encostei no muro da casa que tinha o ponto de ônibus na frente. Era comum que naquele horário o local estivesse bem cheio. Apoiava-me na construção, deixando a calçada livre para quem quisesse ou, talvez, para ele passar. Admirava-o disfarçadamente, de soslaio enquanto ele mexia no smartphone ou conversava no aparelho. Nem sempre consegui ver as cores de seus olhos ou dar
aquela reparada no bumbum firme e gostoso que existia debaixo do tecido da calça. Isso, claro, quando ele usava algum blazer mais curto ou se mexia, de forma a revelar aquela anatomia dos deuses. Ah, aquele volume na frente me fazia comprimir as coxas ao imaginar as mais insanas fantasias.
Alguns minutos depois de ele passar, eu entrei no ônibus, seguindo minha viagem diária para casa. Enquanto via as ruas passarem, tomei a decisão mais louca da minha vida. Depois de ficar um ano só observando, faria mais. Realizaria minha fantasia. Mesmo que fosse apenas por uma noite...
Outro dia terminava, a cena era sempre a mesma. Ele passava, eu o observava, admirando-o.
O ônibus chegava, e eu perdia a visão mais bela que tinha no dia. Todo dia, ou melhor, toda noite. Sempre me enchia de coragem, de vontade e desistia. Ou a fala sumia, ou minha coragem sumia, mas algo sempre me impedia.
Entretanto, não naquele dia. Tinha tomado aquele banho de loja, arrumado os meus cabelos e me maquiado. Estava impecável e, mesmo que não fosse a versão de beleza que a sociedade gritava ser a mais bonita, eu era a melhor versão de mim naquele momento e, sim, sentia-me linda, poderosa e... louca. Quando pensava em minha ideia insana, sentia que poderia desmoronar a qualquer instante. Contudo, que fosse sandice. O não eu já tinha, e o sim, ah, o sim, esse, se viesse, seria muito, mas muito bom mesmo.
Senti minha intimidade se molhar quando apertei uma coxa contra a outra. A adrenalina corria sem controle em minhas artérias. Um frio percorreu
meu ventre, acalorou meu rosto, me deixando ansiosa.
E então ele surgiu, vestindo um terno cinza-chumbo, camisa azul-clara e sem gravata, o cachecol em tons de azul e marrom caindo pelos ombros. O perfume lembrava folhas e madeira. Seu andar sempre ereto deixava seu porte ainda mais elegante. Era o olhar de uma admiradora secreta, mas não deixava de ser verdade.
Passou por mim e, uma vez mais, parecia pensar em algo distante. Deixei o rapaz tomar uma boa distância, e o segui para descobrir finalmente aonde ele ia todas as noites em que cruzava comigo. O mistério seria solucionado finalmente.
A não mais que dois quarteirões do ponto de ônibus, lá estava. Um barzinho aconchegante. Com certeza de alto padrão, onde se servia uísque das melhores marcas e das mais caras doses.
Ao entrar no local, percebi que havia mais
homens ali. Parecia um pequeno clube para executivos. O garçom me atendeu, e me sentei em frente ao balcão. Havia perdido o rapaz de vista. Pedi uma água com gás e observei as mesas mais ocultas. De repente, senti aquele perfume marcante...
Ele sentou-se ao meu lado. Munida de toda a coragem, eu o olhei e, pela primeira vez, vi os seus olhos direcionados a mim. Seu olhar só se desviou quando recebeu o copo com alguma bebida que eu não soube identificar.
Estávamos os dois naquele lado do balcão. Ele, calado, pensando em algo. E eu quase tremendo, mas me sustentando em minha decisão.
- Olha, moço - eu falei, fitando-o. - Eu não sei seu nome, nem o que faz, nada da sua vida. Também sei que não sou o padrão de beleza, nem sou uma jovenzinha toda durinha. Tem um ano que te observo passar por mim naquele ponto de
ônibus aqui perto. Eu só sei de uma coisa - ele ouvia atentamente a minha voz baixa -, que só quero uma, apenas uma noite com você. Sem cobranças, sem ligações, sem choro, nem lamento. Apenas peço, me foda nesta noite! - A minha face devia estar vermelha, pois senti que queimava.
O rapaz arregalou os olhos, para, no instante posterior, dar um rápido sorriso de lado, que me causou um arrepio. Olhou o relógio rapidamente e se levantou. Jogou várias notas no balcão e saiu me segurando pela mão. Acenou para um táxi, que parou rapidamente. Abriu a porta para mim. Não hesitei um minuto e entrei no carro.
- Vá para o Palace Lux - sua voz soou como uma música para mim. Ele então se virou e me olhou. - A propósito, meu nome é Rafael. E vou atender ao seu pedido com uma condição. Nós dois; eu mando, você obedece.
- Certo - respondi sem discutir.
Quieta, observei a rua passando pela janela do carro. Eu sabia que aquele hotel para onde íamos pertencia ao grupo da empresa em que trabalhava e que também era um lugar luxuoso.
Sem mais demora, o táxi parou em frente ao local, as portas foram abertas e nós saímos do automóvel.
Andei lentamente para a recepção enquanto Rafael se dirigia ao recepcionista. Ele trocou algumas palavras com o funcionário e recebeu o cartão do quarto. Enquanto isso, admirei o hall, o design que mesclava moderno e antigo. Que nada, eu estava tentando acalmar meu coração. Ouvi ele me chamar.
Caminhei até o rapaz, que me conduziu ao elevador que aguardava aberto. Não houve troca de palavras ou olhares. Quando a porta se abriu novamente, me vi entrando numa elegante e espaçosa suíte.
Ouvi a porta ser trancada, mas não me atentei ao que ocorria ao meu redor. Analisava a suíte em cada detalhe.
Ao me virar para Rafael, percebi que o rapaz já havia tirado o blazer e o cachecol e tinha desabotoado alguns botões da camisa.
- Venha... qual é o seu nome mesmo? - Ele esperava com a mão estendida.
- Marian.
- Venha, Marian.
Rafael me conduziu para a cama da suíte, que era separada do restante do cômodo por portas francesas. Virou-me de costas para ele e de frente para a cama.
O vestido que usava foi levantado e as suas mãos passearam por minhas pernas. Os dedos masculinos se enroscaram na calcinha de renda que usava, arrancando-a sem muito cuidado.
Gemido alto com a expectativa. Ouvi o
barulho de zíper, e imaginei Rafael abrindo a braguilha, segurando o membro duro. Ouvi o barulho de algo sendo rasgado, e pensei que fosse uma camisinha. O barulho da borracha sendo desenrolada em seu pau confirmou minha suspeita.
Sem ver o que acontecia, me excitava com os sons que o rapaz produzia.
- Quer que eu te foda? Pois bem. Fique de quatro em cima da cama.
Não questionei, apenas obedeci e me ajoelhei na cama, usando o vestido e os sapatos negros. Estava muito excitada, e só de pensar nele me fodendo era quase como ser fodida.
Com as mãos deslizando pelo meu quadril, ele levantou o vestido. Agora só as meias 7/8 cobriam algo ali.
Com apenas parte do meu corpo despido, senti meu corpo em ebulição. Tudo eram sensações, até que ele se encaixou entre minhas pernas, afagou
minha bunda e abriu minha carne, para se enfiar nela sem mais avisos.
- Ahhh! - gritei, não porque sentisse dor ou porque houvesse me assustado. Era pelo puro tesão de ser invadida por ele, que não media a força, socando cada vez mais rápida e mais profundamente. Eu sentia o desejo que ele possuía, a rigidez com que me invadia. Senti-me a mulher mais gostosa do mundo. Estava recebendo mais daquele homem do que já recebi de muitos outros que haviam passado na minha vida.
Capítulo 1 Capitulo 1
21/03/2022
Capítulo 2 Capitulo 2
21/03/2022
Capítulo 3 Capitulo 3
21/03/2022
Capítulo 4 Capitulo 4
21/03/2022
Capítulo 5 Capitulo 5
21/03/2022
Capítulo 6 Capitulo 6
21/03/2022
Capítulo 7 Capitulo 7
21/03/2022
Capítulo 8 Capitulo 8
21/03/2022
Capítulo 9 Capitulo 9
21/03/2022
Capítulo 10 Capitulo 10
21/03/2022
Capítulo 11 Capitulo 11
21/03/2022
Capítulo 12 Capitulo 12
21/03/2022
Capítulo 13 Capitulo 13
21/03/2022
Capítulo 14 Capitulo 14
21/03/2022
Capítulo 15 Capitulo 15
21/03/2022
Capítulo 16 Capitulo 16
21/03/2022
Capítulo 17 Capitulo 17
21/03/2022
Capítulo 18 Capitulo 18
21/03/2022
Capítulo 19 Capitulo 19
21/03/2022
Capítulo 20 Capitulo 20
21/03/2022
Capítulo 21 Capitulo 21
21/03/2022
Capítulo 22 Capitulo 22
21/03/2022
Capítulo 23 Capitulo 23
21/03/2022
Capítulo 24 Capitulo 24
21/03/2022
Capítulo 25 Capitulo 25
21/03/2022
Capítulo 26 Capitulo 26
21/03/2022
Capítulo 27 Capitulo 27
21/03/2022
Capítulo 28 Capitulo 28
21/03/2022
Capítulo 29 Capitulo 29
21/03/2022
Capítulo 30 Capitulo 30
21/03/2022
Capítulo 31 Capitulo 31
21/03/2022
Capítulo 32 Capitulo 32
21/03/2022
Capítulo 33 Capitulo 33
21/03/2022
Capítulo 34 OK
21/03/2022
Capítulo 35 OK 2
21/03/2022
Capítulo 36 OK 3
21/03/2022
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