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QUARTZO RUBRO HÍBRIDOS

QUARTZO RUBRO HÍBRIDOS

Dhewi

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CapĂ­tulo

Nascidos na lua cheia, jovens semideus-demĂłnios saem do seu covil sombrio para atormentar o povoado da pacata cidade de Sagrados, que na verdade guarda muitos segredos, onde abriga seres misteriosos e mĂ­sticos. Joana Angelis vivia sua vida tranquila na cidadezinha onde nascera e crescera. Determinada e doce coordenava seu grupo de mĂșsica com seus amigos de escola, atĂ© conhecer o introspectivo Khaliel, que tinha uma missĂŁo a cumprir, sendo ela o alvo primoroso. Mas serĂĄ que o atraente semideus-demĂłnio resistiria a doçura e beleza da sua presa? SerĂĄ que levaria sua missĂŁo atĂ© o fim em nome de seu mestre demonĂ­aco? Uma paixĂŁo avassaladora que poderĂĄ desencadear numa temĂ­vel guerra entre poderosas espĂ©cimes sobrenaturais.

Capítulo 1 APROXIMAÇÃO

- Sagrados Ă© embelezada por quatro magnĂ­ficos parques de uma botĂąnica exuberante – iniciou Giuliana, guia turĂ­stica do local. Ela guiava o grupo de Irlandeses e outro de Japoneses que seu noivo Casmiel abandonou mais uma vez, para praça central da cidade. Ela disfarçava sua raiva contida pelo sorriso automĂĄtico produzido no seu rosto de traços venezianos.

- ContĂ©m oito capelas – continuou ela com brilho falso nos olhos azuis cinzentos. – construĂ­das em locais estratĂ©gicos que lhe dĂŁo um formato octogonal que mostrarei durante suas estadias em Sagrados - distribuiu panfletos com mapas e fotos das capelas.

- A catedral Maior dos Anjos como veem – disse apresentando a frente da catedral de estilo neogĂłtico convidando-os a entrar. – Ă© uma das maiores atraçÔes com vitrais fabulosos que destacam os seres de luz atĂ© seu exĂ­lio... – Pausou para que os turistas tirassem fotos.

Giuliana suspirou quando viu seu noivo entrar com um sorriso dissimulado passando por ela e se apresentando ao grupo de japoneses, distribuindo a eles os "flyers" que faltaram.

- Sagrados – iniciou – Ă© fonte de inspiração para historiadores e paz para peregrinos que se abstĂ©m das confusĂ”es das cidades grandes – disse Casmiel com sorriso simplĂłrio.

Olhou de relance para sua noiva que lançou de volta seu olhar de decepção. Ele sabia que isso era ruim para o relacionamento deles, então a levaria para jantar depois para reparar o erro e pedir desculpas como sempre fazia.

Casmiel conduziu seu grupo para fora e os levou para o museu Sarantis que Ă© administrado por ele e seu irmĂŁo gĂȘmeo Damiel. Da van da empresa de turismo "Angelis Connects" se podia ver a praça central florida de ipĂȘs vermelhos, amarelos e roxos. No meio um belo e enorme pinheiro. A ida durou trinta minutos apenas. Casmiel estacionou e os dirigiu para dentro do museu. O grupo de dez japoneses se impressionou com os artefatos. RelĂ­quias preciosas como pergaminhos egĂ­pcios, gregos e yantras hindus. Armas incomuns, atĂ© mesmo crĂąnios e ossadas em expositores se destacavam pelos detalhes diferentes contidos nelas.

Depois foram levados a visitar a grande biblioteca, considerada a maior fonte de conhecimento histĂłrico da cidade administrada pelo o professor Gerardi Cardes Ph.D. em lĂ­nguas, simbologia e especializado em arqueologia. Que impecavelmente conservava o local. Casmiel mencionou sobre a famĂ­lia fundadora da biblioteca, os "Damaros" que foram praticamente mortos num terrĂ­vel incĂȘndio, mas a causa ainda era um mistĂ©rio. Mencionou tambĂ©m a cidade universitĂĄria de Wangelis que era o maior interesse do grupo japonĂȘs. Todos sorriram e tiraram muitas fotos.

Assim a vida corria em Sagrados na tranquilidade de seus dois mil habitantes e visitantes curiosos pelos mistérios que rodeavam a cidade.

***

O fim da tarde se aproximava, os pĂĄssaros assobiavam nas arvores. O vento leve e frio amenizava o calor.

Em outra parte da cidade o céu agora alaranjado acima de uma das capelas que é mais como uma catedral em tamanho menor avistava-se encantadoramente num degrade marfim rosado na região oeste da cidade. As janelinhas de vitral brilhavam fazendo arco-íris no chão. O colorido estendia-se até a porta principal.

Uma estatua representando a patrona do bairro chamado Horizonte Oeste se encontrava numa posição imperativa e ao mesmo tempo meditativa com a cabeça voltada para os cĂ©us, mĂŁos juntas no peito segurando uma espada quase frente Ă  entrada. E prĂłxima a ela uma jovem de cabelos longos castanhos que reluziam com o Ășltimo ponto de raio solar. Sua face oliva iluminava-se com o efeito dourado como se o sol a maquiasse e na despedida lhe desse um beijo na promessa de retornar no dia seguinte. Um vento repentino soprara as folhas prendidas nos seus braços. Prontamente se pĂłs a juntar na esperança de recupera-las.

A pouca distùncia dai dois atraentes rapazes a fitavam da pracinha em frente à capela Santa Joana Darc. Um era robusto, cabelos ondulados caídos até os ombros, olhos escuros como sombra e expressão enigmåtica. O outro de cabelos curtos de semblante calmo e introspectivo.

- Olhe! – disse o cabelo ondulado. – encontrei o que tanto busco - sorriu de canto – bem bonita, nĂŁo acha? – Apontou chamando a atenção do seu sĂșdito.

- É – resmungou o de cabelo curto. – o que devo pensar? – Expressou frio. – vocĂȘ a quer? Eu posso capturĂĄ-la agora – disse ansioso quase se pondo de pĂ©, mas seu mestre o conteve.

- Aha – levantou o dedo sinalizando na boca. – calma vocĂȘ estĂĄ parecendo um lobo sedento por sua caça, vamos vĂȘ-la melhor. Espere... – deu uma pausa analisando o territĂłrio ao seu redor. Via o modo como Ă s pessoas circulavam pela pracinha resplandecida com brotos de ipĂȘs amarelos. Arrastou a sola do sapato sobre o chĂŁo raspando a tinta, revelando o granito pintado pelo verniz acinzentado.

- Vamos fazer este plano dar certo. No entanto serĂĄ como um teste pra vocĂȘ meu fiel escudeiro – prosseguiu medindo com o polegar e o indicador a estatua da santa que tinha a estatura de uma mulher adulta de um metro e oitenta.

- Diga o que devo fazer mestre Luci – quis saber o intitulado escudeiro.

- VocĂȘ vai se aproximar desse pessoal da capela. SondĂĄ-los, conhecĂȘ-los e conquistar a confiança deles – determinou.

- E a presa? – insistiu o escudeiro.

- Não seja apressado lobinho mau. Antes de ser devorada a caça deve ser bem preparada, assim se pode desfrutá-la com mais sabor e prazer – o mestre mordeu um dos dedos em punho fechado, após falar com sagacidade.

- VocĂȘ quer que eu a prepare, como? – indagou com frieza.

- Eu quero que a faça se apaixonar por vocĂȘ, mas nĂŁo seja tolo a ponto de se deixar levar pela paixĂŁo. Seja legal, gentil, mostre seus talentos, se tiver. Quando a minha escolhida estiver alucinadamente cega por vocĂȘ, serĂĄ presa fĂĄcil – pode atĂ© dar uns beijos, mas sĂł, entendeu? – o instruiu.

- NĂŁo sou bom em fazer papel de galĂŁ romĂąntico – o intitulado esfriou a voz – poderia ter escolhido Endolf Ă© tĂ­pico dele - falou com mais frieza e tom desinteressado.

- NĂŁo! – exclamou mestre Luci contestando – ele logo a possuiria antes de mim. Ele Ă© um lobo tarado – protestou. – Jamais. Eu escolhi vocĂȘ porque tem um dom em especial – o mestre incentivou.

- Eu, um dom? – desacreditou.

-VocĂȘ logo saberĂĄ – fez sinal para que seu intitulado levantasse. – agora vai, Ă© a hora – garantiu o mestre.

- Mas como entrarei na capela? – ele indagou receoso. – vocĂȘ mesmo disse que nĂŁo podemos? – dobrou as sobrancelhas.

- Cheque mate lobo negro, esse Ă© seu dom – disse o mestre estalando os dedos.

Então o mais fiel e habilidoso dos lucíferes seguiu em frente. "Porque eu?" pensou. "Não sou bom nisso. Eu simplesmente poderia perfura-la e levar até ele".

Os passos lhe pesavam, a mente parecia incendiar a cabeça, não tinha jeito com garotas, nunca teve, não era do seu feitio. Sedução não era o seu forte, agora teria de se moldar, controlar-se.

"É sĂł uma presa, Ă© sĂł uma presa" – repetia baixinho.

Suspirou e parou diante da moça. Abriu a palma da mão direita e como mågica atraiu algumas folhas. Um vento frio soprara novamente na tentativa de manter os papeis espalhados.

- Pronto, estão aqui – disse forçadamente seguido de um sorriso fechado.

A garota percebera sua chegada. No entanto ficara concentrada por alguns minutos. A voz que soara contida Ă  fez responder apressadamente.

– ah! Obrigada pela ajuda – disse ainda agachada colhendo os papeis restantes. Esticou a mĂŁo direita para alcançar os na mĂŁo do estranho que aparecera de repente. As mĂŁos se tocaram sem avisar, em pĂ© de frente para o rapaz, o encarou com um sorriso de agradecimento.

Agora ele a olhara mais de perto, avaliou seu rosto. Olhos amendoados, a cor de suas Ă­ris como safiras verdes o hipnotizou por um momento. Os lĂĄbios pequenos carnudos despertou nele uma vontade de mordĂȘ-los.

"Isso não pode ser minha prisão" – refletiu.

Seu vestido bege rendado até os joelhos, de alças finas e fita laçada abaixo do busto revelava sua pele levemente bronzeada por natureza o que lhe deu vontade de saborear com a língua.

"Controle-se" – respirou.

Ela tambĂ©m fixou seu olhar no dele. Olhos cor de mel fascinantemente inebriante, lĂĄbios suavemente rubros. Braços fortes, o corpo com mĂșsculos bem definidos revelados pela blusa de malha fina cor cinza – mangas longas e calça jeans preta justa. O que pareceu intrigantemente atraente e prendeu sua atenção.

A voz travada não conseguia chegar à língua para falar, mas a garota engoliu seca e esforçou-se para expressar mais uma vez sua gratidão.

– Ai! – esbaforiu. – vocĂȘ Ă© um anjo. NĂŁo sei o que seria de mim se nĂŁo tivesse aparecido. SĂŁo papĂ©is importantes. Eu sou Joana.

A mente dele se enfureceu ao escutar "anjo". As unhas cresciam fora dos dedos a fim de penetrar na pele da moça. Mas de repente a mão direita dela jå livre tocou sua face. Surpreendido afastou o rosto.

- VocĂȘ estĂĄ bem? – ela perguntou. – como se chama?

-Paullin – respondeu com voz tão penetrante que fez os pelos de Joana eriçar. Isso a fez colocar sua jaqueta preta de forma a proteger os poros da brisa outonal.

- Nunca vi vocĂȘ por aqui? – A boca dela mexendo era atraente e instigante para Paullin, tentava conter-se a cada engolir de saliva.

- Eu acabei de chegar Ă  cidade – tentou soar simpĂĄtico. – seu nome Ă© o mesmo da capela. VocĂȘ Ă© como a santa? – iniciou sua investigação.

- Ah... NĂŁo. Quem me dera – pausou ajeitando os papeis. – entĂŁo seja bem-vindo. Foi um prazer conhecĂȘ-lo - disse Joana descendo um degrau na intenção de partir. Mas o rapaz a barrou de frente.

– Seria bom se fosse... – deu um sorriso tão cativante que Joana estarreceu. – sabe... – ele arqueou uma sobrancelha de um jeito paralisante. – tipo puro, imaculado.

Ele queria que por alguma razĂŁo ela respondesse que sim, assim confirmaria todos os requisitos que precisava. Mas Joana relutou simpaticamente. Afinal quem era o rapaz que nunca tinha visto para lhe falar com intimidade?

Os olhos de Paullin passearam pelas belas feiçÔes de Joana enquanto falara. Ela saiu do devaneio que a boca cativante dele propÎs e descera os degraus. Ele a seguiu esperando obter uma resposta.

"Oh! Deus o que ele quer agora?" – pensou ela. Paullin a olhara de canto. "Eu podia levĂĄ-la agora, enforcĂĄ-la atĂ© me dar uma resposta" - pensava ele.

"O que ele está fazendo, não já deveria ter ido embora?" – Joana agitava-se em pensamentos.

- Pronto – disse ela a fim de dispensĂĄ-lo. – daqui eu vou com meu pai que estĂĄ logo ali no carro cinza - apontou para um Cruze Hatch 2012. – VĂȘ se aparece na capela. Tem um grupo de jovens, a gente sempre se reĂșne lĂĄ nas terças e quintas. Apesar dos olhares invasivos dele, quis ser gentil ao convidĂĄ-lo para visitar o grupo.

- Claro. Eu vou estar lá sim – ele confirmou.

O ''pronto'' dela o impressionou. Percebera que o queria distante, percebera sua atitude firme. ConquistĂĄ-la nĂŁo seria empolgante. Mas poderia ser algo interessante e atraente. Um desafio que arriscaria com prazer. Despediram-se. Joana entrou no carro.

Enquanto Paullin caminhou em direção à outra rua, desaparecendo nas sombras. Logo reaparecendo no clube "Yamaj", onde se reuniam os demÎnios. Uma banda tocava rock pesado romùntico. Os refletores no palco sombreavam o ambiente. Goles de uísque desciam queimando a garganta, fumaça de cigarro empestava toda parte, balançar de cabeças ritmadas curtiam o som fortemente sonorizado pela guitarra. Abraços e beijos vorazes. Dentes cravando carne humana. Ao mesmo tempo em que gozavam do ato sexual nos cantos do clube.

O submisso intitulado recebera sua recompensa, pelo menos uma parte dela. Certo de que seria fåcil executar tal designação. A autoestima imergia em cada toque agressivo no corpo feminino que se encontrava em seu domínio. A sombra de Endolf caíra sobre Paullin agora, refrescada com ar de inveja que estrebuchava pelos olhos.

- E ai o sabor lhe convĂ©m? – disse. Seus olhos negros estavam em brasa.

- Mais que o seu, com certeza – respondeu Paullin com sangue escorrendo na boca.

- Vai precisar de instrução, eu garanto – falou Endolf em tom provocativo.

- Se eu precisar, nĂŁo serĂĄ vocĂȘ que irei chamar "ordinara fripono" - Paullin rebateu.

- E esse codinome? Aha... Foi vocĂȘ que escolheu? – Endolf continuou em tom debochado. Passou o dedo indicador no seio ensanguentado da garota quase mortificada sobre o colo do seu rival que levantou a vista reprovando o ato.

- Nunca o chamaria, nunca! – falou Paullin dando-lhe certeza. – Porque tudo que vocĂȘ toca se torna podre – acrescentou.

A boca respingou gotas de sangue no rosto de Endolf que deu as costas ignorando o feito.

- EntĂŁo a presa Ă© linda? – virou o rosto de perfil para o lado de Paullin. – vocĂȘ me apresenta ela, parceiro? – NĂŁo resistiu. Endolf nĂŁo iria sair sem fazer mais uma provocação. Ele odiava Darkson por ter escolhido outro que nĂŁo fosse ele para seduzir sua vitima mais preciosa. Odiava seu substituto por saber que este nĂŁo tinha nada de sedutor e nem habilidade de conquistar garotas.

Paullin ardeu em ódio. Quebrou o pescoço da pobre moça terminando de matå-la. Levantou-se numa rapidez de menos de dois segundos e cravou suas enormes unhas nas costas de Endolf que imediatamente revidou enforcando lhe contra uma das colunas do clube.

- Tolos – Darkson vendo a cena apenas sussurrou.

Para ele fora espetacular vĂȘ-los. Sentiu prazer com a agressividade um do outro. Os separou. Segurou a garganta de cada um.

- Patifes sórdidos – disse. - não escutam nada do que eu digo hein? O que eu decidi está decidido, vermes podres.

- VocĂȘ asqueroso – disse Darkson fixando furiosamente seu olhar em Endolf. – fique na sua e nĂŁo se meta em minhas ordens ou arranco sua cabeça fora agora – Ameaçou.

- E vocĂȘ estĂșpido faça exatamente o que determinei e se falhar nĂŁo serei compassivo – falou fitando Paullin. Soltou-os no chĂŁo. Saiu abrindo caminho, cortando as cabeças de alguns a sua frente com suas unhas afiadas.

O intolerante Darkson recebera a posição de mestre dos demĂŽnios na qual fora titulado de "LĂșcifer". O novo LĂșcifer.

***

Quinta-feira...

Paullin fora apresentado por Joana ao grupo. Na sala de ensaios se via poucos assentos. Mandalas decoravam as paredes. No piso ao centro um desenho circular com flores de lĂ­rio chamou a atenção dele, principalmente pela pedra rosa que representava o estambre da flor. Sentiu um ar diferente que nunca sentira em qualquer outro lugar. O aroma de lavanda estava em todo canto. O bem-vindo de alguns lhe deixou a vontade. Ao nĂŁo ser pelo que Milena, uma das integrantes do grupo, lhe disse baixinho: ''Eu sei o que vocĂȘ estĂĄ sentindo'' – quando se aproximou para cumprimentĂĄ-lo. Isso o agitou, ele podia sentir a energia dela e que nĂŁo era bem-vindo da sua parte. ''Eu sei o que vocĂȘ Ă©'' – disse Saulo, o parceiro de Milena. Os dois podiam senti-lo estava obvio para Paullin. Seria um obstĂĄculo? Isso dificultaria um pouco, mas nĂŁo seria impossĂ­vel detĂȘ-los, apenas sorriu sem mostrar os dentes.

- Agora para vermos se o novo "gotim" Ă© bom – anunciou Cleriton o baterista da banda. – vamos ver suas habilidades com os "gotikas" - Cleriton indicou-lhe os instrumentos musicais no pequeno palco.

EntĂŁo Paullin subiu. NĂŁo pensou muito, tinha de impressiona-los para ser aceito ou do contrario teria de usar outros meios para estar perto da presa que Darkson ansiava tanto.

Milena e Saulo cochichavam com olhos vidrados no novo integrante. "O que ele Ă©?" – Milena indagou. "NĂŁo sei de onde vem ou porque estĂĄ aqui" – Saulo comentou.

"Não consigo decifrar sua força" – Sussurrou Milena.

- Chii! – Foram interrompidos por alguĂ©m. Silenciaram suas bocas, mas continuaram a questionar trocando pensamentos.

Paullin tocou cada um dos instrumentos. Mas com o baixo que demonstrou mais intensidade, fazendo variados sons brincando com as notas. Joana e o restante do grupo nĂŁo tiveram dĂșvida, precisavam de alguĂ©m assim na banda. Ao terminar desceu. Seu caminhar era pesado, a postura firme sem deixar de ser elegante. Parou diante de Joana e investiu o olhar dos ombros atĂ© a vista dela. O coração de Joana balançou com a perscrutação do rapaz. Ficou tĂ­mida e encantada ao mesmo tempo.

- Estou aprovado nĂŁo Ă©? – Falou pesaroso.

Os ouvidos de Joana pareciam se incendiar com o bafo quente da voz dele. Os olhos de um mel cristalizado fitando-a fascinaram definitivamente. Era misterioso e envolvente.

- Sim – Joana disse com dificuldade.

Paullin nĂŁo resistira. Desejou morder aqueles lĂĄbios quando se mexeram. "Uma prisĂŁo esta boca" - pensou prensando os seus.

SerĂĄ que ele resistiria a ela? SerĂĄ que o jovem demĂŽnio se controlaria para nĂŁo toma-la do seu mestre?

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