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LIVRO 1 (série de 2 livros) Tudo que ela queria era um golpe perfeito. Um homem rico foi seu alvo de estudos por meses. Ela só precisava o seduzir, o envolver, o conquistar, ter sua confiança e então dar o golpe. Planos, planos e mais planos. Será que o destino lhe permitirá dar o golpe perfeito?

Capítulo 1 PRÓLOGO

Olho mais uma vez minhas anotações na agenda.

- Ele saiu!

Betina diz ao meu lado e meus olhos desviam da agenda, para a frente do prédio onde fica a empresa mais poderosa de Seattle.

- Ele vive cercado de seguranças?

- Sim!

Respondo sem desviar minha atenção. Não posso perder nada da vida do quinto homem mais rico do mundo.

- São oito homens na segurança intensa e mais vinte divididos entre empresa e casa. Fora os seguranças básicos da empresa e casa.

- Meu Deus!

Betina diz espantada.

- Por que ele?

Paul Banks entra no carro e seus seguranças se espalham entre o carro onde entrou e mais dois. Uma na frente e outro atrás.

- Porque é o golpe perfeito.

- Renata, você nunca fez isso antes. É seu primeiro golpe e quer logo o mais foda de todos?

- Vai ser o único e último. Vou tirar tudo do poderoso Banks e desaparecer. Ninguém nunca mais vai me ver e vou viver do dinheiro dele.

- Renata, primeiro tenta um golpe simples. Você pode acabar se ferrando muito nesse.

- Não! Eu quero o Paul Banks.

O carro com o meu alvo começa a se mover e ligo meu carro. Sei o caminho que vai fazer. Ele faz sempre o mesmo percurso as sextas, após o trabalho. O velho safado tem uma amante e se encontra sempre com ela as sextas. Soraia Willians vive de uma bela pensão dada por ele em uma cobertura perto daqui. Não preciso seguir o carro tão perto, já que sei seu destino.

- Quanto tempo faz que estuda os passos dele?

- Seis meses.

- Onde ele vai agora?

- Casa da amante.

- E você acha mesmo que ele vai te querer, tendo uma mulher e uma amante?

- Paul Banks é ambicioso. Ele sempre quer mais.

- Como vai fazer para se aproximar?

- Tenho um plano. Amanhã a noite é a festa de comemoração de vinte anos de sua empresa.

- Você vai na festa?

- Sim! Consegui um convite.

- Vai se aproximar dele?

- Não!

Paro o carro perto do prédio da amante dele e o vejo sair do carro usando chapéu e óculos para não ser reconhecido. Dois seguranças se unem a ele e os outros seguem com os carros para o estacionamento subsolo.

- Qual o plano?

- Sei toda a rotina dele. Na festa o farei me notar e me desejar, mas não darei bola. Ele tem que me desejar e vir atrás após a festa. Se isso acontecer, terei certeza que meu plano começou a dar certo.

- Espero que nada aconteça de errado.

- Não vai! Tenho tudo muito bem planejado. Inclusive possíveis caminhos paralelos se o plano principal der errado.

- Então só me resta te desejar boa sorte e fazer a parte que me cabe.

- Não esqueça de nada do que te pedi.

- Não esquecerei.

*************

Desço do meu carro luxuoso, em frente ao grande evento da empresa do Sr. Banks. Tem fotógrafos para todos os lados. Arrumo meu vestido e tento de todas as formas parecer divina e sexy. Posso notar a curiosidade dos fotógrafos ao me verem. Carro luxuoso e mulher sexy são sempre motivo de curiosidade. Vejo na entrada do evento seis seguranças de média confiança do Sr. Banks. Ele já deve estar no evento com sua esposa Aurora. Talvez seja interessante me tornar amiga dela. Pelo que sei, ela nem sonha que Soraia existe. Subo a pequena escada que dá acesso à entrada e sou fotografada de todos os lados. Paro em frente a porta e entrego meu convite. A mulher de terninho preto e um batom extremamente vermelho sorri ao me ver.

- Srta. Montreal!

Odiei o sobrenome que Betina me arranjou. Vivian Montreal é um péssimo nome, mas terei que atender por ele por um bom tempo. Renata Schneider não existirá para Paul Banks. Assim poderei fugir sem problemas.

- Pode entrar!

- Obrigada!

Dou um pequeno sorriso e sigo para dentro, sem parecer nervosa, mesmo tremendo por dentro. Preciso me manter segura ou tudo vai dar merda. Um garçom passa por mim e sorri de forma sensual.

- Champagne?

- Obrigada!

Pego uma taça e a seguro delicadamente, percorrendo com meus olhos a festa. Muitos homens ricos com suas mulheres troféus. Incluindo o meu alvo. Aurora parece infeliz ao lado de Banks, enquanto ele sorri para seus amigos escrotos, puxa sacos. Desvio meus olhos quando um dos seguranças me olha. Ando pela festa e paro em um balcão, deixando minha taça pela metade de bebida. Não posso beber e perder o foco. Pego um canapé e sem olhar fixamente, percebo que Aurora se afastou para ir ao banheiro. Hora de me tornar amiga dela. Finjo que mexo em minha bolsa e me direciono ao banheiro. Passo por um segurança exclusivo dela e entro no banheiro. Paro de andar ao vê-la chorando em frente ao espelho. Nossos olhos se cruzam no espelho.

- Me desculpe! Quer que eu...

Aponto para a porta e ela nega com a cabeça.

- Tudo bem! Limpa delicadamente algumas lágrimas, com uma elegância única.

- Só não estou em um dia bom.

Tiro de minha bolsa um lenço e me aproximo, entregando a ela.

- Sou Vivian!

- Acho que sabe quem eu sou!

Sorri com uma tristeza da alma.

- Não sei! Sou nova em Seattle.

Seu sorriso agora é de humor.

- Jura que não me conhece?

- Juro.

Se vira para mim e estende a mão.

- Aurora!

- Muito prazer.

Não me disse seu sobrenome e imagino que seja para evitar ser mais uma mulher lambendo a esposa do poderoso Banks.

- A festa não te agrada?

Ela começa a rir.

- Não! Pode parecer uma festa maravilhosa, mas as pessoas lá dentro são podres.

- Problema de ego?

- Muito!

- Quer fugir daqui? Podemos conversar em um restaurante, bar, onde desejar.

- Seria meu sonho, mas não posso.

Abre sua bolsa e tira de dentro um cartão.

- Me ligue amanhã, Vivian! Vamos marcar algo e quem sabe não seja uma amiga que realmente preciso.

- Se puder ser sua amiga, seria maravilhoso. Digamos que estou sozinha em Seattle.

- Me ligue para marcarmos algo. Agora preciso ir!

Revira os olhos e nós duas rimos.

- Tente se divertir.

Diz antes de sair.

- Você também!

Quando me encontro sozinha no banheiro, tenho vontade de dançar de tanta felicidade. Aurora pode ser minha ligação com o Banks. Tenho pena da coitada por ser casada com aquilo. Mas meu plano continua. Uma bela aproximação eu diria. Agora só preciso que Banks me veja. Saio do banheiro e volto a andar pela festa. Arranco olhares de muitos homens, mas não de quem eu desejo arrancar. Decido seguir para a varanda em busca de ar e pensar em um plano extra. Me apoio na grade de ferro e observo Seattle.

- Com licença!

Viro apenas minha cabeça e vejo o segurança mais importante de Banks. O seu homem de confiança. Fábio Belini é um homem solitário, com treinamento militar e severamente cuidadoso. Nada passa por ele, quando o assunto é Paul Banks. Vem se aproximando e volto a olhar Seattle.

- O Sr. Banks quer que se junte a ele e sua mulher no jantar.

Isso! Meu plano deu certo! Aurora deve ter falado de mim e isso me rendeu um convite.

- Diga ao Sr. Banks que agradeço o convite, mas não me juntarei a ele no jantar.

Fábio se apoia no ferro da grade.

- Srta. Montreal, imagino que tenha entendido errado. Não foi um convite...

Me viro e ficamos frente a frente. Ele já procurou saber sobre mim com seus amigos da polícia. Ele é rápido.

- Não me lembro de ter me apresentado? Como sabe quem sou?

- Eu sei de tudo.

Começo a rir.

- Já que sabe de tudo, deve saber que não recebo ordens. Repasse isso ao seu chefe.

Pisco e quando vou me afastar, ele segura meu braço.

- Vivian Montreal, 28 anos, solteira, sem conta bancária, sem emprego fixo, sem familiares vivos e com endereço provisório há duas quadras daqui.

- Uau!

Digo fingindo estar impressionada.

- Está tão interessado em mim que em pouco tempo, conseguiu minha ficha toda?

- Você não faz o meu tipo.

Puxo meu braço de seu aperto e sei que levantou tudo isso porque seu chefe está interessado.

- Que bom!

Desço meus olhos por seu corpo e volto a subir para seu rosto. Ele é alto, forte, cabelo castanho cortado de forma perfeita, barba rala, lábios medianos, nariz fino e olhos que ainda não decifrei a cor.

- Você também não faz meu tipo.

- Homem rico é o seu tipo?

Pergunta debochado.

- Inteligente seria o meu tipo.

Estreita os olhos para mim e vejo um pequeno sorriso no canto de sua boca.

- Agora preciso ir! Boa sorte com seu chefe ao lhe dizer que não conseguiu nada comigo.

Vou andando em direção a porta da varanda.

- Tudo que o Sr. Banks quer, ele tem!

Grita e isso era exatamente o que eu queria ouvir. Que comecem os jogos.

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